quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Tira essa camisa
Tira sua bermuda
Tira tudo e deita aqui
Você não precisa de vestes pra estar comigo
Não quero tua roupa
Não quero aquilo que te cobre e me impede de te ver
Dispa-se
Desvista-se
E fica comigo
Vem fazer parte do meu mundo nu
Vem ser você e nada mais
E eu me mostro a ti por inteira
Mostro o que tenho de melhor e mais perverso
Vem que prometo te fazer feliz
Sem vestes, sem panos, sem máscaras...
Deixe-se levar ao menos uma vez
Porque eu quero ficar nua
Eu quero estar nua
Pra VOCÊ.




Quando o afeto de alguém que você não espera te afeta.
Quando o afeto te afeta e manifesta um algo sem explicação.
Quando o afeto te afeta e te deixa sem uma direção
Quando o afeto te afeta e não te cabe, você transborda
Quando o afeto te afeta e você quer doá-lo a todos a sua volta
Quando você não espera ser afetado
Quando você não espera por afetos
Quando você não está aberto a afetações

Pois é foi nesse instante do quando que eu me encontrava
Meu presente me/se presentificou com afetos afetáveis
Afetaram a todos e não só a mim
E diante de tanto afeto me vem uma sensação muito boa
É tempo de sincronicidade.


Estanquei o sangue de cada ferida.
Cuidei e limpei de maneira que não inflamasse.
Mas ainda me é irresistível a idéia de arrancar a casquinha mais uma vez.

Até que instante meu desejo agüenta a segurança de se esconder?
Há momentos que nem que seja no olhar eu me denuncio.
Mesmo que seja na recusa, nas pupilas que se escondem do teu fitar.
Quando você passa eu perco o foco.

Quando te conheci achei tua língua tão distante da minha. Procurei me aproximar de todas as línguas pra achar um denominador comum entre nós e assim quem sabe nos comunicarmos. Aprendi inglês, alemão, japonês, grego, persa e até aramaico. E mesmo com tantas línguas, nenhuma era a sua. Eu ainda não consegui encontrar tua língua.

Strip-Tease


"Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo
: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca."

[Strip-Tease / Martha Medeiros]



Num mundo onde o “eu te amo” foi banalizado. Chegamos a tomar café da manhã espirrando um “eu te amo”. Meio que por acaso. Não era bem a intenção. Saiu. Não foi isso que eu quis dizer. Como assim não teve a intenção?
Eu perdida em toda a banalização que o “eu te amo” se tornou, não consigo dizê-lo. As pessoas que amo parecem ter que sentir o meu amor assim sem eu precisar dizer. Alguns deles são inclusive meus amores mais seguros, aqueles que não preciso reafirmar todo dia que amo a pessoa. Pois apenas no olhar a gente sabe. A gente sabe.
Mas sempre há aquelas pessoas que a gente sente que elas não sabem o quanto são importantes pra nós e a gente simplesmente não consegue fazê-las perceber isso. Elas são parte de nós, tem nosso apreço e sentimento mais profundo e todo nosso desconcerto faz com que ela não entenda as vestes do nosso amor. Nem sempre podemos nos fazer compreender por inteiro. Pois é, mas é desse tipo de “eu te amo” calado que me incomoda. Dessas entrelinhas indecifráveis escritas em braile. É preciso contato. Mais contato pra sentir. Por mais importante que seja pra mim ainda fica um abismo. A ponte do “eu te amo” ás vezes é estreita. Nem sempre estamos preparados pra atravessar. Com cada um tem um tempo. Um momento. E mesmo se não digo não quer dizer que eu não sinto. Ás vezes tenho medo do silêncio ou de respostas automáticas e vazias que minha fala pode causar no outro lado.


Você me olhou e disse que queria tentar mesmo sabendo dos riscos das farpas e marcas que levava comigo.
Eu olhei pra você e neguei teu amor e carinho muito mais por mim do que por você. Eu sabia que ia te machucar, mas eu sabia que me machucaria muito mais receber esse amor que eu não sabia amar.

Medo de já estar apaixonada.


"Medo de se apaixonar Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente.Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira.
Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada."


(em "O Amor Esquece de Começar")

... e o medo deu em sumiço




Sentados lado a lado num banco de uma praça qualquer você me perguntou:
- Por que sumir assim? O que aconteceu?
- Tá tudo estranho você não acha?
- Como assim?
- Sei lá. O céu tá mais azul. O sol nasce sorrindo todos os dias. Os pássaros cantam na minha janela.
- É... (com um riso no rosto)
- Eu não tô acostumada com dias assim.
- Mas, não entendo, foi por isso que você sumiu?
- Quase.
- Quase o que?
- É difícil dizer.
- Se não disser nunca vai se tornar fácil.
- É que... eu tenho medo
- Medo de quê?
- Medo de me acostumar com esses dias. E se algo der errado e os dias voltarem a ser escuros e sem barulho nenhum?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

VOCÊ VEM QUANDO QUER, EU TE QUERO SE MESMO NÃO VEM


"Quem ficou ?
Eu acho que os dois: esperando um outro dia arrefecer.
Quem sofreu ?
Eu acho que ninguém: você vem quando quer eu te quero se mesmo não vem.
Eu não tenho frescor de quem se banha em mar,
mas venha que eu posso te deixar mais leve.
Você pode até gritar.
Amanhã ?
Eu acho que vou duvidar: você podia parar de uma vez em mim.
Eu não tenho frescor de quem se banha em mar,
mas venha que eu posso te deixar mais leve,
você pode até gritar.
Quer saber ?
Eu acho que vou aprender a pintar, talvez amanhã."




(A melodia de Bunny Dundee )

Meu jeito


Qual a melhor forma de te alegrar?
Qual o melhor jeito pra te ver feliz?
Como que eu falo pra não ter que errar?
Como eu aprendo com o que eu nunca fiz?

Eu sei
Que os meus defeitos
São grandes demais
Que eu sempre falto
No que satisfaz
E ainda desafino no final

Eu sei
Que tudo isso tem uma razão?
Pra tudo tem que haver a solução?
E a minha foi achar você?

Vem que eu te espero
E eu quero te dar
Todo o meu medo
Meu jeito de amar

Às vezes eu sou doce, meiga e compreensiva.
Já em outras, eu sou teimosa, chata e ciumenta.
Costumo dizer que sou uma contradição. Rotinas me cansam. O que não muda nunca em mim é o meu amor pelas pessoas importantes, a minha vontade de sorrir, e a convicção nas coisas que acredito.
Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer.
Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrelas.
Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante, e me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

DEUS É FIEL!



Só quem já viu de perto a morte, há de compreender do que eu estou falando.
Sou imensamente grata a Deus por mais uma vez me livrar da morte.
Deus livra da morte quem Ele quer e quando quer.
Embora nós como seres humanos sejamos falhos e infiéis, ainda assim,
Deus é fiel conosco. Sou prova viva disso.
O poder e o cuidado de DEUS conosco pode modificar situações tidas como irremediávelmente fatais, e transformá-las em vitórias.
Obrigada, Senhor Jesus!
O dom da vida que Deus nos deu é maravilhoso!
Por muitos momentos de adversidades, de tristezas, pensamos, desejamos até a morte, não sabendo o engano que estamos cometendo, em negar algo maravilhoso que Deus nos propicia.
Cada ser vivente que Deus projetou, foi com um intuito especial. Hoje eu sei, acredito e agradeço, pois sei que sou obra das mãos do Criador, e que Ele sonhava comigo antes mesmo de eu vir ao mundo, que Ele tem um plano especial em minha vida, e não é diferente com você, caro leitor.
Estamos sempre aptos para nos declararmos a pessoas que amamos, a demonstramos afeto a amigos, a romances, e nos esquecemos de quem mais nos ama, de quem nos protege sempre, de quem sempre sonhou conosco, de quem nunca nos abandona, de quem
nos ama incondicionalmente, na essência da palavra, do Senhor Jesus, aquele que morreu numa cruz pelos nossos pecados, para que tivéssemos vida e vida em abundância.
Por muitas vezes sabemos pedir, pedir muito... mas nos esquecemos de agradecer, agradecer a Ele, pois as Suas misericórdias se renovam sobre nossas vidas a cada amanhecer.
Louvado seja o Senhor Jesus, aquele que nos salva da morte, do homem perverso, aquele que nos concede noites de sono, alimento, paz, família, amor, saúde... Tantas coisas maravilhosas.
Para morrer, só precisa estar vivo, não há como evitarmos.
Mas só Deus sabe o momento em que cada um terá cumprido sua missão aqui na Terra.

" Na sombra de Tuas asas, eu posso descansar, e sobre as Tuas penas mal algum me alcançará. Tú és minha morada, Óh Altíssimo. Livra-me, Senhor, pois a Ti me apeguei com amor...

Eu não temerei pois Teus anjos me sustentarão. "

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


"Já não me importa se vais chegar ou se não vens, desisti de esperar alguem cuja ausência me faz companhia"

Minha sensibilidade é aguçada
não sei porque tantos
impulsos intensos
emoções descontroladas
sou forte, quero sempre mais
gosto das coisas bem divididas
extremamente ativas
não, não se engane rapaz
sou densa e emocional
mulheres não são todas iguais
.

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora... Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço."

"É esquisito, mas sempre orientei minha vida nesse sentido — o de não ter laços, o da independência, de poder cair fora na hora que quisesse."

Umas gotas de floral, yoga, meditação, música calma...


Vocês me pedem calma. Eu tento. Bebo um chá pra acalmar, umas gotas de floral, yoga, meditação, música calma.
Mas, por trás dessa aparência suave, eu tenho pressa.
Você me pede calma. Mas a pressa é proporcional aos desejos mais intensos.
E eu não sei desejar suavemente, calmamente.
Não, não é assim que funciona comigo. Eu quero beijar o vento. Gritar na beira do abismo. Pular da Golden Gate. Eu quero olhar pra baixo do topo da Torre Eiffel.
Eu, desejo me perder ao olhar seus olhos. Quero dormir com o seu cheiro.
Eu quero pegar o carro, e virar a noite dirigindo, só pra ver o pôr-do-sol na minha praia preferida e voltar logo em seguida.
É só assim que eu encontro paz. Através das minhas intensas tempestades, eu encontro minha paz de verdade.
Eu quero sentir o sol, sentir o vento, sentir.
Sentir mais do que explicar.
E eu te convido a me acompanhar, para viver um pouco sem fórmulas prontas, sem regras descabidas, sem sombras, sem medo, sem certezas.
Eu te convido para viver a VIDA, com prazer.

domingo, 26 de setembro de 2010

Seu cruel ¬¬


Uma pessoa é cruel por alimentar tuas ilusões.
Uma pessoa é cruel
quando se faz amar e foge por medo.
Uma pessoa é cruel quando tu estás em luta 'desperdiçando' todas as tuas forças para esquecê-la, e ela ressurge em ventania, reacendendo tuas brasas quase apagadas; em garoa leve no teu jardim quase seco e morto.
Uma pessoa é cruel por ser tão intensa ao teu lado, e tão desinteressada quando longe.
Uma pessoa é cruel te ignorando e sumindo, mesmo sabendo da tua preocupação com ela.
Uma pessoa é cruel quando “proíbe passear sentimentos” (Drummond), e não se permite ser amada, sendo amor o que ela mais necessita, embora muitas vezes não saiba (ou não queira saber).
Uma pessoa é cruel no momento em que não se deixa ajudar, quando o que mais quer e precisa é de ajuda.
Uma pessoa é cruel quando se reprime: quer ir e não vai, quer fazer e não faz. Simplesmente quer e pensa que não pode.
Uma pessoa é cruel quando não vive o que diz, o que sonha e o que gostaria realmente de viver. E é cruel não somente contigo: principalmente com ela mesma.
“Don’t dream it, be it!”
Cruéis do mundo!
Todo cruel é um covarde!
Cruéis do mundo... Libertem seus corações e suas mentes. Permitam-se. Livrem-se das amarras, imaginárias ou não. Ainda é cedo. Sempre é cedo para a plenitude, que espera de braços abertos, pois ninguém está aqui para ser metade ou viver conformado com o medo e a inércia.
Cruéis do mundo... Deixem de ser. Machucam o amor de quem mais os ama. Senão pelos outros, por vocês próprios, que perdem a beleza da totalidade, da inteireza, da sua liberdade (e do amor).

Meu segredo pra você ;*


Impulsiva. Passional. Intensa. Inconstante. Insône. Sensível. Extremista. Uma tímida alternativa.
Sou viciada em cafeína, mas tento substituir algumas das minhas deliciosas xícaras de café por chá, pra tentar combater minha insônia e minha alma inquieta.
Desatenta, Desastrada, Esquecida, são só alguns dos meus adjetivos.
Passo o dia inteiro travando uma luta comigo mesma, para ser uma pessoa mais calma, mais equilibrada, menos gritante, menos intensa, menos desasssossegada.
Escrevo, porque isso alivia algumas dores emocionais, e para botar pra fora um pouco do amor que eu sinto. Minha alma tem fome de letra assim como tem de música.
Ouço surfmusic, pra apaziguar, assim como todas as músicas calmas possíveis.
E em noite de insônia adoro colocar meus queridos fones de ouvido,me faz esquecer meus problemas.
Como você vê, sou imprevisível. Não tenho como te prometer que estarei linda, bem humorada, e encantadora sempre.
Eu só posso te dizer o que eu sei hoje, agora. E tudo que eu sei é que desde o dia em que eu te vi sorrindo daquele jeito do outro lado, eu sabia que nada mais seria igual, e realmente não foi. E pela milionésima vez nas últimas 24 horas eu digo que por você, EU FICO*.


"Que eu te leve..."

Deus me abençoou com um coração meiguíssimo, mas em contrapartida um pavio bem curto.
Não brigo por que gosto, mas brigo até o fim pelo que acredito.
Me sinto responsável por tudo aquilo que cativo, viro leoa pra defender quem eu amo.
Mas não ofereço terceiras chances, uma decepção me ensina a viver e a seguir, sem remorso. Abandono quem não se mostra interessado.
Não faço questão de conquistar todo mundo. Mas dou valor a quem se interessa, afinal é um desafio gostar de mim. Não sou uma pessoa fácil de se conviver. Não me interesso por qualquer coisa ou pessoa.
Dou xilique, falo o que penso, erro bastante por isso, mas volto atrás se achar necessário.

Não brinque com a sorte, comigo fica quem pode, quem merece, quem precisa, quem se mostra, quem é sincero. Mas se quiser o oposto, eu respeito. Então me respeite também. Mas não me provoque. Se quer comprar briga comigo: "BOA SORTE."

Um aviso: "Cuidado comigo".

Eu sou doce a maior parte do tempo, mas tem dias que eu acordo ácida e não quero melodrama. Não quero falar da crise política, do final da novela ou simplesmente não quero falar.
Eu adoro agito, adoro uma festa, adoro companhia, adoro longas conversas sobre todos os assuntos do mundo. Mas há às vezes em que eu só quero silêncio, meia-luz, e um ombro para deitar e dormir.
Penso sempre que o dia que eu encontrar alguém que aceite e goste de todas as minhas facetas, juro que caso. De vestido branco, papel passado, festá pós cerimônia. Tudo como manda a tradição.
Mas não aceito me doar pela metade. Ou aceita todas as mulheres que vivem em mim, ou não aceita.
Até lá continuo feliz sozinha. Aprendendo a lidar com todos esses lados de
uma mulher que numa hora é princesa e na outra é feiticeira.
Então me deixa continuar vivendo meus delírios, minhas histórias tão malucas quanto os filmes do Tim Buton. Me deixa viver que essa é a minha especialidade.
Viver do meu jeito ancioso e preguiçoso, mas ao mesmo tempo tão extravagante e impulsivo.
Por que não se deve tentar mudar a essência das pessoas. Eu nasci teimosa, moleca, princesa, mulher, às vezes sedutora, às vezes tímida. Mas se você me aceita e me pede para ficar, eu faço da sua vida uma festa diária. Sem rotina. Sem motivo pra preguiça. Sem pedaços de corações jogados pelo quarto.


Te darei o seu próprio final feliz.


Ps: Louca e Santa como já dizia Martha Medeiros. Assim que toda mulher nasce.

Por que você está ai sozinha, machucando a si mesma com tantas dúvidas, com tando apego ao que não é para ser seu, quando na verdade deveria estar linda e perfumada deixando que os outros vejam que lindo sorriso tens?
Pode parecer clichê, mas praticar o desapego é um santo remédio.
A culpa não foi dele, nem minha. Tentamos. Cada um com seu jeito, e respeitando nossos próprios limites. Não devemos exigir mais de nosos corpo,ou de nossos corações. Cada um sabe a dor que carrega em seu peito, e o quanto pode apostar. E principalmente, é necessário entender que pessoas não são brinquedos com indicações na caixa. Nunca se sabe o que o outro passou para tornar-se o que é. Assim com o outro não sabe o que te fez assim.
Cuide de si mesmo, ame o quanto puder, tente tudo sempre, mas tenha a delicadeza de saber quando é hora e parar o barco e mudá-lo de direção.


Aviso aos navegantes, com a direção do vento mudando o mar está propício para percorrer longas distâncias, e sem previsão de tempestade. Levantar âncoras marujos e deixar que o vento nos leve.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sera um atalho ou um desvio?

Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de acreditar nisso na quinta série quando a moça que trabalhava na biblioteca do meu colégio me disse que estava se separando do marido dela. Meus pais estão juntos até hoje, mas a gente sabe bem como vão as coisas ali. A moça da biblioteca chorou. Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui, vai trazer algo congelado pra gente ver ser aquecido no forno e comer enquanto falamos bobagens. Não quero te odiar. Não quero falar mal de você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem ama. Pois é, Carla, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como ontem à noite você cuidou. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você.
Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar.
Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.

(Tati Bernardi)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010


"...Porque o silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei, naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém."


''...Mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso.."
"Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?"
Eu sei o que você pensa quando olha pra mim. Talvez se eu fosse mais comportada, falasse mais baixo e não chamasse tanta atenção. Talvez se eu bebesse um pouco menos, te desse menos trabalho e não fosse tão do agora. Talvez se eu não tivesse chegado tão perto, nem te tocado tão fundo, nem sido tão eu... Talvez haveria alguma possibilidade.


"...Afastarei você com o gesto mais duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome..."

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quem vai pagar as contas desse amor pagão?


"Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro. Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de dezenove anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz?" *-*

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu quero só você...



E foi assim desde o primeiro dia. Lembro de tê-lo visto entrar na sala e pensar: "É esse". Depois de duas semanas estavamos nos abraçando e se escondendo pelos corredores da faculdade e pelas ruas da cidade. A atração foi imediata, e mais do que isso a amizade também. Sabiamos coisas um do outro como se nós conhecessemos desde sempre. Tanto que naturalmente depois de um tempo vimos que nossa história não seria um romance tradicional. Ele virou meu melhor amigo, confidente. Adorava encontra-lo no final do dia e entre um galanteio e outro, ouvi-lo contando que a garota que ele estava saindo era bonita mais burrinha, e eu dizia que o meu era divertido mas não tinha os braços dele. Essas coisas tolas, foi então que descobri o que significa uma amizade colorida. Seriamos para sempre mais do que "só amigos", mas nunca seriamos "namorados". E por ambos terem plena consciência disso o nosso relacionamento foi o melhor de nossas vidas. Era o paraíso. Não tinha pressão, não tinha ciumes, não tinha cobrança, só nós rindo de nós mesmos e dos outros, entre um beijo e outro.

Foi assim, durante muuito e muito tempo. Achei que seria sempre assim, encontra-lo e me perder. Achei que ia ficar sempre presa nesse jogo proibido mas delicioso. Mas algo aconteceu. Eu conheci alguém que me disse que eu era princesa, que amava meu colo, que preferia deitar no capô do carro e ver estrelas, e todas essas coisas que nos fazem querer ser a garota de alguém, com toda a exclusividade e loucura que vem junto. Mas é claro, eu teimosa como sou quis por uma ultima vez ter certeza de não estar trocando o meu melhor e mais seguro relacionamento por uma burrice ilogica do coração. Ontem, enquanto me afundava naquele colo que tantas vezes foi tudo que eu quis. Eu pensava em como eu gosto de ter você no meu colo. E de que por mais estranho que pareça e ninguém entenda o fato de eu gostar tanto de você eu gosto. Gosto do que você diz ser seu lado cafona. Gosto das suas músicas, das suas histórias e de como você faz eu me sentir única. De como você faz eu me sentir mais doce, mais menina, mais princesa. Ele tem braços mais fortes, barriga definida, e uma altura aconchegante. Mas no final das contas eu preferi mais uma vez você, com sua quase barriguinha, e sua altura que não é tão maior que a minha, e seu jeito estranho. Todos os homens diante dele eram nada, até você aparecer e virar tudo que eu quero.

domingo, 19 de setembro de 2010

me sinto incrivelmente ENCANTADA.

Você ri porque ele não é nada daquilo que você imaginou pra sua vida. Mas ele te convence, sem palavras, de que é o cara perfeito pra você. E faz com que tudo que você viveu antes dele pareça tão morno. Faz com que os outros caras que já passaram pela sua vida pareçam tão pouco. Ele admira seu sorriso. Diz que seu corpo é lindo. Adora seu cabelo. Suas pernas. Beija sua mão. Beija seu rosto com um carinho ingênuo. Toca sua pele e faz você se sentir uma adolescente. Ele te abraça e muda o ritmo da sua respiração. Porque, na verdade, ele mudou sua vida. Ele não fez nada pra isso, mas te faz a pessoa mais feliz do mundo. Você não quer mais nada dessa vida. Quer ele. E só. Quer ele te abraçando com aquela mão macia. Com aquele corpo quente. Aqueles olhinhos brilhando do seu lado. Aquele olhar que fala sem palavras. Aquele sorriso mais do que fofo. Aquele cara que chegou e te rendeu sem o mínimo esforço. Por quem você abandonaria todos os outros caras interessantes. Por quem você largaria todas as outras propostas. Arriscaria começar tudo de novo. Ele é o cara pra quem você olha e pensa: fica na minha vida pra sempre?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010


Está aqui. Dentro, fundo e meio escondido, mas firme. Forte não, que por um fio se equilibra tudo isso há muito tempo. Mas fio esse, que talvez seja de cobre, ouro, metais nobres. Um fio que segura, e por onde a equilibrista dentro de mim se aventura. Mesmo você não sendo bêbado, e estando longe disso, é claro.
Descobri apenas à pouco, enquanto me esforçava em fazer careta ao ouvir teu nome, gritar pro mundo que você não existe mais na minha felicidade, concordar na sua idiotice calhorda e dançar loucamente à noite. Beijar aparentes príncipes, que não tinham nem de longe a tua malandragem, e eloqüência de sapo magnífico.
Uma semana, e dois primeiros encontros. Saldo final? Nada que tenha me feito vibrar. Ou, pensar em substituir lembranças das nossas conversas sem fim, de algumas piadas internas, e o encaixe perfeito dos teus braços, sob a minha cintura. Não é tentando substituir que se esquece: só se lembra ainda mais. Em cada erro do outro, cada gafe, só se recorda mais e mais do quanto não era assim antes, com outro alguém. E isso dói. Comparar pessoas é mais ou menos como qualquer necessidade fisiológica: não é bonito, mas é inevitável. Não se pode fugir. Ainda não sei onde procurar alguém com o mesmo sorriso leve, e a maneira única de me olhar de frente, encarar com vontade. Eu tento, eu quase consegui, mas ao me colocar novamente em companhia-masculina-possível, titubeio. Vejo o banner do nosso filme, já na locadora, e quero morrer. Ouço a música que cantávamos juntos, animados e em descontração, e êxito. Quase choro. E me faço brusca, fugitiva, e desinteressada: não dá. Se paro para refletir, me torno quieta - o que é raríssimo.
Mesmo não sabendo o que fazer com tudo aqui dentro, que depois de tanto tempo, e muitos dias ainda me incomoda, tira meu sono, e rasga minha paz, sou quase uma prisioneira: me tranquei nesse beco sem saída, nessa cela obscura, e é como se tivesse engolido a chave, sem volta. Precipitei situações, e te fiz ir longe; te vi ir indo, e perdi. Talvez pra sempre, quem sabe nunca mais. E todos me dizem que não valia a pena, que não vale e muito menos, valeria. Me pergunto íntima e por dentro, quando é que isso vai passar, que me aparecerá alguém à altura, que eu me pegarei apaixonada e feliz, como já fui? Rezo, e culpo alguns santos. Peço encarecidamente que Deus veja toda essa injustiça, e cubra o mundo com o que acredito. Com amor decente, e pra quem dá amor - o certo, o que nos ensinam na catequese e o que nos é educado em casa, não é exatamente isso? Dê amor, e receberás de volta. Só ainda não encontrei motivos para acreditar piamente em tal afirmação. Nenhum, muito menos dois.
Não quero companhia, essa dor é apenas minha, e não há o que cure (a não ser, você mesmo). Sendo que está longe, e impossível. Sem preço a pagar, e muito o que fazer, me fecho novamente na minha colcha lilás, e sob a luz apagada. Dispenso caridade, tenho nojo. Nunca fui coitada, e mesmo na minha maneira Pollyanna em ver o mundo, aprontei das minhas. E por mais que provoque desejos alheios, que me sinta a rainha da noite, e que aproveite o máximo que posso, quando quieta e pensativa, sou apenas despedaçada. Me falta algo, e talvez seja minha felicidade real, meu sorriso sincero, ou quem sabe, o que por um bom tempo causou toda essa minha onda feliz e pacífica: você.
Tomada por uma saudade enorme, e um sonho ruim, disco os números que alguma vez já decorei, esqueci e apaguei. Ouço sua voz inesquecível, coração que palpita, ansiedade que toma conta. Sem muito o que fazer, e tanta coisa a dizer, desligo. Saciada, medrosa e levada; vivendo, e fazendo acontecer. E mesmo assim, sentindo enormemente a falta nobre que é estar sem a sua presença ilustre. Porque não há faculdade federal, carro importado ou paixão por mim que compre ou derrube o território que conquistaste em mim. Ainda aqui, quem manda no pedaço, e comanda ruas, movimentações e greves, é o senhor. Pode ter certeza, excelentíssimo.

charminho =)



Veja - eu não vou desistir de você. Mas também não vou te obrigar a ficar. Vou entrar na onda de ser moderninha. Independente. Fria. Mas será tudo mentira minha. Uma farça, pra ver se você se compadece e volta quetinho.

O que você ainda não sabe sobre mim...


Nessas poucas semanas, a gente até pode ter ido rápido demais, ao invés de ter se descoberto aos poucos, mais lento ainda (o que provavelmente, se assim fosse, já teria me feito cair fora..), aceleramos sem querer uma porção de passos e coisas, e não sei até que ponto tal intensidade é boa, ou maléfica. Porém, não pense que eu estou totalmente na sua mão. Por nem um segundo, acredite que já me têm, e sabe me domar, me dosar. Não. Há uma porção de verdades sobre mim que você nem sonha, e virão à cena, mais cedo, tarde, ou nunca. Aqui. Nesses relacionamentos sem nome, não sabemos por que curso tudo caminha, e eu espero que pelo menos eu tenha a generosa oportunidade de te deixar descobrir todos esses caminhos. As pistas, algumas já estão postas, à espera.
Não passa pela sua cabeça a coleção de esmaltes excêntricos que tenho, a minha paixão por tudo que é vintage e retrô e a minha TPM que quando ataca, vem com toda a força. Você nem imagina o quanto a minha família é luso-italiana-enlouquecida, e fala alto, sangue quente, age e depois se reprime. Já disseram, a família é o inferno de cada um. Amo todos os meus quatro seres inexplicáveis, mas também eles me fazem passar vergonha, em algumas ocasiões. Apesar de tudo, são boas pessoas, com corações de ouro, platina, diamante!
Você me viu dormir, mas nem imagina que sofro a anos de insônia crônica, e mesmo naquela noite, acordei diversas vezes, não sabendo se tudo aquilo era mentira, verdade, ou sonho. E que eu acordo bem, pela manhã. Não nos primeiros minutos, mas meia hora depois, já fico no meu estado ligada no 220 volts, até pelo menos o almoço, ou à tardinha. Você gosta das minhas roupas, e sabe que penso em cursar Moda. Mas nem imagina que sempre fico em dúvida entre tantas peças, e desarrumo o armário inteiro. Sabe também que eu gosto de música antiga, mas desconhece minha paixão por Belchior, o meu lado sensível que ama Chico Buarque, e se encanta pelas letras, tão poéticamente articuladas e tocáveis. E que, secretamente, escuto às vezes uma unica música sertaneja que roda aqui no modo aleatório, com vergonha de mim mesma. Tem conhecimento da minha preferência pelo Outono, mas não sabe que detesto passar frio, que quando chega o inverno eu não fico assim mais tão bronzeada, corada e bonita, e que a asma me visita às vezes, a rinite o ano todo, e a otite, quando quer. Que eu nunca coloquei um cigarro na boca, mas tive uma época de adolescente rebelde, que já passou por alguns porres, teve os pais chamados no colégio, e fugiu de casa e dormiu um tempo na avó. Conhece o meu medo gigante de quase tudo, mas desconhece que já doei sangue para o banco da medula, e que opa, quem começou isso tudo, do primeiro passo à coragem de ver você de perto, fui eu. Corajosa, essa menina! hahaha. Vê minha pintinha em cima do lábio, mas não nota no queixo, mais abaixo um pequeno corte, de quando caí de bicicleta dos parrerais lá na terra da minha avó materna. E o meu cabelo, o qual a sua pessoa tanto enaltece, já foi num só ano preto, castanho, chocolate e ruivo. Sim, hoje é loiro e natural, californiano. Um milagre, em termos capilares. E olha, quando nos falamos, sinto sua falta. Te ver ali, e não saber o que se passa, algumas vezes me dói, e sensível que sou, já chorei na dúvida. Prefiro tudo ao vivo, em cores, do que essa virtualidade toda. Depois de provar o maravilhoso, quem se acostuma com o mais ou menos? Não é a mesma coisa, e disso acho que você também já sabe. Vê meu romantismo em cada pequeno detalhe, e não enxerga toda a minha insegurança, o meu maior anseio: que tudo vá, tão logo chegou.
E sabe que eu escrevo bem, que esse talvez seja meu dom, mas nem sonha com o blog, e muito menos, que nos dias presentes, você é alvo e assunto - mas bom, tudo do bem, não se preocupe.
Devem haver ainda tantas coisas que não sabemos um do outro, mas fico pensando em quando isso tudo será revelado. Sim, minha mania de olhar pro futuro, mirar e ver, sonhar. A isso você também não foi apresentado ainda..Não se assuste, por favor. Sou ainda real, gosto das minhas mulherzices, e tenho meu lado romântico. É que com falhas, abertas e expostas, nos acolhemos e encontramos realidade, onde tudo parece tão vago e surrealista. Mas, prazer, essa é um pouco de mim.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Queria poder encher a boca para dizer: eu te odeio. Detestar absolutamente tudo em você, desde a sua altura imensa, suas mãos charmosas, à sua sinceridade de gentil boa praça. Sua leveza de viver, tão incompatível à minha densidade ferrenha. Impedir que nada mais mexa comigo e meu humor, como algum dia acelerou o peito, me fez suar as mãos e sorrir feito uma figura dopada; irracional. Abominar a sua preocupação com a minha pessoa - mesmo não sendo mais próximo, e sim exilado da minha convivência. Por mim, essa ditadura inábil. As artimanhas infantis que ainda arquiteta pra saber sobre o que ando fazendo, minhas mudanças físicas, meu estado de espírito. E é um ódio que não chega. Não me vem nunca. Pombo correio desgovernado, celular desligado, chuva.
Mesmo enumerando algumas razões descabidas para que eu consiga inserir desprezo, na imensidão de sentimentos que ainda existe aqui, anda impossível. Se eu me arrependi? Como sempre. Sei que conviver com a minha personalidade forte é algo complicado. Incompreensível. Enlouqueço, e então, quando me toco do tamanho do transtorno que causei, já foi. Passionalidade no sangue, e essa urgência em viver, impressa na alma. Agora, completamente opostos que somos, tento não pensar em você nenhuma vez ao dia, não querer morrer quando leio o seu nome pichado em algum muro, e segurar as lágrimas quando passa qualquer com outro homem com o seu perfume, que eu amo. Simplesmente não aguento mais ver horas iguais, e nada de diferente acontecer na minha vida. Não era para alguém estar pensando em mim? Quem é que pensa tanto, e não age nunca? Deixe o medo de lado, minha loucura não te atinge.
Venha, ligue. Se arrependa você também, para que eu me sinta menos sozinha e confusa, menos reprimida, até normal.
Não tem sido fácil. As pessoas se cansam de mim sofrível assim, dessa minha angústia quilométrica, e que vai, volta, se alterna entre a felicidade imensa de quando você retorna; infelicidade ferina quando se esvai, livre. Ninguém me entende por completo. Dizem todos: "sai dessa fossa, vamos curtir a noite, celebrar a vida." Até que consigo dançar até o chão, rebolar com provocação, beber mas não esqueço que você existe. Sabendo que não terá regresso, me culpo um pouco, te penso tanto. Colocar linha na agulha e fechar o ponto, dar o nó para que feche. Se ao menos eu renegasse o seu gosto musical com gosto, e enjoasse do seu sotaque acertado, facilitaria. Execrasse o seu dilema de vida, a sua inconstância que me fazia surtar. Fico então lembrando que teu silêncio era conivente ao meu, sentada ao teu lado enquanto comia, ou participava de alguma conversa banal com seus amigos. Que eu consiga seguir em frente, sem esperar pela tua mão no meu ombro, por você em esquina qualquer. Ou veja com maior claridade que o que é melhor pra nós dois, seria fugir dessas faíscas, fagulhas e centelhas que vibram, quando juntos. Mas que não aquecem suficientemente, quando separados. Por enquanto, apenas eu e essa falta sufocante, que aperta e fere, machuca e tira a paz - quase minha sombra, acompanhando até mesmo em momentos de privacidade, e invadindo pensamentos, falas e uma rotina inteira. Que eu consiga olhar para os seus defeitos com mais realidade, e menos enfeites. Que se for ainda tempo, ou ainda houver salvação, você também veja que errados estamos os dois, e olhar nos olhos pode ser uma solução. Porque me resumo entre cansada de plantar uma amargura que não quero, e não vejo nenhuma outra alternativa a não ser te querer de volta, sempre. Semente que não brota, raiz que não pega, trem que descarrilha. Virar de costas sem olhar pra trás tem sido árduo, torturante. Corpo no chão, cansaço vil, folhas e folhas em branco. Me rendo. Quando será que tudo vai voltar a fazer algum sentido
?

Difícil ser transparente?
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros, mas ser transparente é muito mais do que isso...
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar dos nossos sentimentos!
Muitos de nós preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nossos seres, mas se agíssemos com o coração, poderíamos evitar muita dor.
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura!
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível. Que consigamos apenas docemente viver, sentir e amar.
E que você seja não só razão, mas também coração. Não só um escudo, mas também sentimento.
Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar!

domingo, 12 de setembro de 2010

Você nem sonha... mais acaba de ZERAR A MINHA VIDA!

'' Minha vida era vestir a armadura e relembrar com dor pela milésima vez todos os últimos podres de todas as pessoas podres que passaram ultimamente pela minha vida. Você acaba de zerar tudo.
Com a parte mais quente das suas costas, com o seu medo de beijo na orelha e com o seu jeito de se desculpar por falar demais e balançar os pés, você acaba de me salvar.
Este texto é pra te falar uma coisa boba. É pra te pedir que não tenha medo.
Sabe esses textos que eu publico aqui falando bobagem? Sabe esses textos falando que eu sei disso e sei daquilo? Eu não sei de nada.
Eu só queria ser salva das pedras, eu só queria aprender a pegar carona nas ondas. Eu só queria poder chegar em casa e ver tudo diferente. Ver tudo bonito. Ver tudo como de fato é. E você salvou minha vida.
O mundo está lindo. Não tenha medo. Eu só queria que esta minha vontade de perdoar o mundo durasse.
Hoje eu não odiei o Bradesco, a Vivo, meus pais, o IPTU, o motoqueiro que me manda ir mais para o lado, o cara que fala caipira, aquela garota que você sabe quem é. Hoje eu não odiei nada nem ninguém. Eu apenas fiquei lembrando, a cada segundo, que você se desesperou pra encontrar meu brinco de coração. Você quis encontrar meu coração pequenininho no escuro. E você encontrou. E você salvou meu dia, minha semana. E salvar meu dia já são zilhões de quilômetros.
Você é meu herói
. Não tenha medo deste texto. Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. Nem desse meu agora ser do tamanho do mundo.
Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo. E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer ou não sabe querer. Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio. Hoje eu só fecho os olhos e lembro de você me pedindo sem graça para eu não deixar ninguém ocupar o lugar da minha canga. Tudo o que eu mais queria, por trás de todos esses meus textos tão modernos, sarcásticos e malandros, era de alguém que me pedisse para guardar o lugar. Tá guardado. O da canga e de todo o resto.

(...) Hoje, depois de muito tempo, eu acordei e não me olhei no espelho. Eu não precisei confirmar se eu era bonita. Eu acordei tendo certeza. Não tenha medo. Eu sou só uma menina boba com medo da vida. Mas hoje eu não tenho medo de nada, eu apenas fecho os olhos e lembro de você me dando aquela flor, fazendo piada ruim às sete da manhã, me lendo no escuro mesmo com dor de cabeça. Eu posso sentir isso de novo. Que bom.
Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Sabe o que eu fiz hoje? As pazes com o Bob Marley, com o Bob Dylan e até com o ovomaltine do Bob's. As pazes com os casais que se balançam abraçados enquanto não esperam nada, as pazes com as pessoas que não sabem ver o que eu vejo. E eu só vejo você me ensinando a dar estrela. Eu só vejo você enchendo minha vida de estrelas. Se você puder, não tenha medo. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes.''

sábado, 11 de setembro de 2010


Acordo e adormeço em permanente desassossego que embora me traquilize, só me assanha. Ontem, andei por toda cidade e vi artistas se beijando. Passei então a entender a possibilidade dos encontros. E sei que algumas palavras fazem cócegas na minha língua e difícil é esquecer o passado pra se convencer que um futuro novo virá. Eu não esqueço nada. Não sei esquecer o que senti. E também, nada suavizo. A verdade é essa. Bebi um pouco de champanhe com sede e ansiedade e fez um pouco de efeito. O suficiente para eu sentir o incomodo dos sapatos e tira-los sorrateiramente por debaixo da mesa. Toca uma salsa e sigo pra pista. Que calor. Descalça e moderna dancei uma hora sob olhares de gente que insiste em me querer lento. E meu ritmo é outro. Meu querer é na fundeza dos alcances. Pedi uma vodca e acendi um cigarro. Agora, outros casais se beijam. E isso deve fazer parte do encontro. Ou não. E existe algo mais que uma vontade, algo mais que uma lembrança, algo mais que uma saudade dos dias que aos poucos o tempo se encarrega de afastar. Existe algo que eleva minha alma de loucas tempestades, que me alucina quando solitária, sou mulher. Que eu diga sem piedade todos os meus pensamentos, todas as palavras, cante minhas preces, confesse meus pecados, sussurre minhas culpas prediletas, acuse meus crimes bárbaros que me roubam as poucas horas do meu sono. Eu penso em você. E que fique claro: Não é lembrar não. È pensar e pensar e pensar a esmo. E adoro as horas que você chega. Arrumo a casa, faço comida, faço a cama e fico amiúde feito aquele poema antigo que você lia em desespero, porque metade dele era você. Você veio e nunca mais consegui acreditar em horóscopo, Fernando Pessoa, Vinicius, Raduan e beijo de língua. Eu insisti em você e absorvo tudo que nos uniu desde o primeiro segundo e digo que amo você, que eu te amo, te amo e que me estraçalho toda por você. Escrevo um bilhete com telefone e endereço e deixo em algum cômodo da sua casa. O engraçado é bancar a puta numa história em que sou uma personagem neo-romântica e ouço as mesmas músicas que ouvia quando o teu abraço era meu alcance. E ainda insisto em te querer, homem vil. Faço de você o diabo roubando a cruz e ainda assim me assumo inteira sua. E minha carne treme em euforia quando sei que divide meus lençóis com outras carnes porque sei que você me trai e volta sempre com sede. Eu aceito e me escandalizo em drama. Engulo seus erros e esqueço. O amor tem disso. Faz a gente perder a identidade quando passamos a ser alimento um do outro pra suavizar a euforia da nossa briga. Era tanto falar, tanto choro e boca comendo boca e língua lambendo sexo. Éramos uma festa pagã. E nos queríamos tanto naqueles últimos dias que quase te devorei nos meus movimentos de ir e vir. Nua, presa pela cintura e como recompensa, uma mordida no pescoço. E a casa toda se agita: a sala, o quarto, a cozinha, a estantes, os livros, a parede onde nos rasgamos e negligenciamos tudo que vinha de nós. E o sangue faz queimar nossas veias num balé ritmado de tanto que se quer. Estou meio tonta e há gente que se encontra tão sublime, tão completamente encontrada que acho até que só essa gente pode partir e permanecer. Faz vento, faz medo, faz tempo e agora, nos tornamos o amarelar de um belo retrato sorridente esquecido no passado. E rápido é o efeito da droga, assim como um beijo. Outra dose e até mais.