segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Seja bem vindo DAAAAAAAN ♥


Amanhã vai ser um dia muitoooooo lindooo.
Ai que maravilha é o dom da maternidade, é benção de Deus.
Esta chegando o sobrinho mais lindo do mundo,
sobrinho que é também meu irmão, meu primo... meu Denguinhozinho *_____*
já te amo, Dan, antes mesmo de ver seu rostinho lindo
pertinho de mim. Já nutro por você o mais puro
e lindo sentimento.
Deus abençoe que ocorra tudo bem...
Boa sorte, minha tia linda. Torço taaaaaaaanto aqui.
Tô tão ansiosa que parece que sou eu que vou dar luz ao neném
mais amado desse mundo. rsrsrs
Só essa notícia pra mim alegrar nesses dias tão 'escurinhos'.
Filhos são benção de Deus... Felizes das mulheres que Deus dá o
privilégio de gerar filhos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Lá vai mais um desabafo...

Desse jeito dói, desse jeito é ruim pra mim.
Não adianta mudar de faculdade, de cidade, de estado, de país,
pois o que não muda ta dentro de mim, cada dia mais intacto.
Eu faço o que pra arrumar a bagunça que você fez em meu coração,
em meus sentidos, em meus pensamentos???
Não. Eu não quero te responsabilizar por esse mal estar que tô sentindo,
nem te responsabilizar pelo que não deu certo, nem por não
me aceitar, ou aceitar essa minha forma de te amar...
Muito menos te responsabilizar pela falta de reciprocidade ao sentimento
que te ofereci. Mas sei lá...
Isso
é só pra dizer que dói mesmo.
Pra mim, eu não suportaria te ver novamente com outra.
A primeira vez te vi com outra foi um passatempo, pelo menos pelo que vi, uma curtição.
E mesmo assim, me doeu tanto. Te pedi até pra atravessar a rua quando me visse, que saisse
dos meus caminhos. Mas lá estava você, dias depois, com aquele sorriso
que sempre me despedaçava, e eu cedendo mais uma vez.
Mas agora será que tudo que eu esperei que você pudesse ser pra mim,
você ta disposto a oferecer a outra ? Assim de mão beijada...
Droga. Pra mim nenhuma mais te merece...
É que pra mim, você nasceu do meu modo, você ta na minha medida...
Pra mim, o encaixe certo era só comigo.
" Eu não consigo achar normal meninas do seu lado, eu sei elas não merecem mais que um cinema com meu melhor namorado... A minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre sua... Quem pode entender? Depois de você... Ou outros são os outros e só."

Sabe aquela leve impressão de que dessa vez eu não vou suportar? Que vou desmoronar...
Pois deixou de ser leve impressão e é forte impressão.
Parece que tenho mesmo que jogar a toalha.
Mais de um ano nessa espera de você ver o que quer de fato.
Você não me quer no 'seu pra sempre', é fato.
O que é que se faz agora, meu Deus??
Beber, sair com as amigas, encher a cara mesmo, dançar a noite toda, beijar os mais lindos da festa... e dai ? quanta futilidade. Até hoje nada disso me adiantou.
Nada disso tirou o gosto do teu beijo de mim, nada me fez esquecer cada segundo que
tive a tua companhia. E sei que nada vai fazer eu esquecer... Ora bolas, creer que te esqueceria seria idiotice, na moral.
Eu tô perdida, é sério.
" Ta doendo sim, ta doendo em mim. "
... é que me parece que ta chegando a hora de partir, de jogar a toalha de vez, de encarar a situação. É que ser passa-tempo, ser opção pra você me cansou demais. Eu gritei com minhas atitudes o tempo todo, tantas vezes, que pra mim desse jeito não dava mais, poxa...
E você não fez nada pra mudar, não fez nada pra me fazer ficar.
Teus sumiços sempre me doíam tanto...
Só que incrivelmente quando eu achava que você esquecia da minha existência, você reaparecia, dai meu coração sorria esperançoso, porém mais uma vez... todas as vezes, eu não passei de 'um momento' né? Você parece que não tem noção do quanto mais poderia receber de mim. É que tem coisas de mim que só ficam à mostra quando eu sinto segurança na relação.
Seus sumiços sempre me deixaram tão insegura
... não do meu sentimento... Jamais. Disso eu tenho convicção. Eu sei que te amo, sério mesmo. Mas teus sumiços me deixavam insegura do teu querer, de tuas intenções.
Poxa Grandão, eu não sou só bunda, peitos, pernas, não é só sexo e tesão aqui não.
Aqui tem coração, tem sentimento, tem saudade de um Dengo, aqui tem vontade de ser procurada não só pra prazer, sabe...
Ooooooooow Deus, pra mim esse foi o maior dos desabafos de minha vida.
Eu tô muito cansada. Eu não quero chorar mais.
Eu não quero te esperar mais.
Eu não quero ser uma opção mais.
É bonito dizer: " Não trate como prioridade quem te trata como opção." Mas eu não acertei viver isso, não acertei fazer isso, quando se tratava de você.
Eu juro que não queria cansar. Eu queria que fosse bem diferente.
Tô murchando que nem aquela flor.
Dessa vez eu cansei de verdade :/
Eu não preciso passar por isso. Eu não preciso ficar a mercê de você querer me levar a sério.
Como é que eu me deixei levar pela tua doçura assim?
Eu achava que já tava vacinada contra esse tipo de charminho de marmanjinho
que quer dar uma comidinha e sair fora.
Pois bem... No mais, eu desejo é tudo de bom na sua vida...
quando se ama é assim: se deseja só o bem a quem se ama.
Sorte pra você, sorte pra mim ;]

Não estou a fim de dar sem receber nada em troca.

"Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu Tonho! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
(...)Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta.
Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também."


Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumenta, exigente, insegura, carente
Toda cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeita, amor.

"Possuo manias que só consigo expressá-las quando estou sozinha, coisas que eu ainda não me acostumei a fazer ou ver, com outros à me olhar.
Jeitos, costumes, expressões, olhares! Vícios, brincadeiras, sorrisos, pensamentos...
Apenas na presença do meu melhor amigo, aquele que me faz perceber minhas imperfeições, sem ao menos me criticar, e o que me faz perceber todas as minhas qualidades, o meu espelho. Para quem eu conto histórias, sorrio, jogo charme, choro...tenho as mais distintas reações!
Uma parte de mim, permanece desconhecida aos olhos que me cercam, talvez por um ato egoísta, eu a escondo, ou talvez por proteção.
Canto sozinha no chuveiro, escrevo o 'seu' nome no box embaçado. Mas, dessa forma me sinto protegida, segura, livre das críticas e da inveja que insiste em nos rodear.
Aquela que apenas eu conheço, é destemida e determinada. Corajosa, encara, encanta, seduz.
Leio, releio, as cartas que eu não mando. Escrevo coisas que não saem dos diários antigos e empoeirados, e são os mais belos, os mais marcantes contos.
Danço, e como danço! Sou corajosa, forte, decidida. Libero os meus mais sinceros sorrisos, e as mais sagradas lágrimas. E nessa minha solidão, tudo o que sinto, vem da alma, é ilustre!"

...eu sou é assim mesmo: difícil de explicar.


"Um jeito único, como todo ser. E um único jeito, diferente de muitos, boca pequena,
muito falante. Uma meiguice que contagia. Um sorriso capaz de fazer apaixonar-se o mais distinto imperador. Coração quieto provavelmente cansado de frases repetidas. Vida simples. Sem “posuras”,se palavra não existe é por que ela é assim mesmo, difícil de explicar. Sem rotinas, estrela de brilho único, de brilho grande, escondido por traz de medos, estes facilmente superáveis. Quem conhece de perto, se encanta. Quem vê de longe se apavora. E se pergunta. De onde vem tanta beleza? Ao avesso, muito mais linda, percebe-se no “barulho de seu silêncio”... De um todo respeito. E de um pouco medo! De pavor em pavor vai vivendo, de prazer em prazer entendendo. Poucos amigos, e a linda sina de ter vindo de onde vem. Orgulho sincero da família que possui, reconhecendo o início! Mulher virtuosa, “indefectível”. Mais uma HAIOKA... Porém... ÚNICA!"

Amor e Paixão

"É muito triste quando os começos são apenas séries de únicas vezes, é como se a tarde nunca virasse noite, a maré fosse e nunca mais voltasse aos seus pés e os beijos nunca se transformassem em sexo. Quando há apenas a primeira vez, fica lamentavelmente triste saber que os abraços nunca vão se converter em cuidado e atenção, que a lua cheia nunca se aproximará dos namorados. É desconcertante a sensação de que o frio cortante na barriga nunca se engravidará de casamento de amor, de almas que se encaixam como Lego.
Começo de namoro é sempre mistura criativa, como crianças brincando de massa de modelar, é uma necessidade com pressa de acontecer, uma urgência de sentir um tipo de saudade que faz a alma ficar pequena, uma tradução de encantamento e desejo que respiram dentro da gente. Começar um namoro é uma delícia, é abrir mão da possibilidade de ser feliz sozinho, é confiar num desconhecido que pode ser um anjo, é um gostoso emaranhar de pele com mãos, de suor com pele, de saliva com dentes, de generosos fluídos que o corpo entrega. Começo de namoro é uma delicada composição de palavras e assuntos que se esvaziam ao passar das horas, assuntos que se enchem com o absorver de olhares misteriosos, reticentes e desprotegidos. Começo de namoro traz pra frente o brilho que vive no fundo dos olhos e ativa a assinatura em que um olhar se reconhece no outro.
É gostoso saber que em meio a mil pensamentos que estão na sua cabeça, um seja tão poderoso a ponto de voltar toda hora numa deliciosa cadência, o pensamento naquela pessoa. Viver em branco e preto não faz bem para os olhos, eles foram feitos para perceberem todas as cores. Quando conhecemos alguém e gostamos, ganhamos duas caixinhas de lápis de cor, vamos nos colorindo, descobrindo tonalidades, texturas e fazendo combinações de novas cores. Milagrosamente dá-se início a um mise-en-scène, um imediato e violento vício na pessoa, uma certa dependência química, simplesmente queremos mais presença da pessoa ao nosso lado, nunca é o bastante.
Quando você está muito ansiosa, você sente um desejo doido por chocolate, doces, e isso acontece por causa de um neurotransmissor chamado de serotonina, presente no chocolate. Do mesmo modo, as pessoas ficam deprimidas pela ausência deste hormônio no organismo. Quando temos um orgasmo, uma chuva de endorfinas são liberadas pela hipófise, nos causando euforia, relaxamento e sensação de recompensa. Somos química cotidiana e a paixão é orquestrada por essa química, essa fábrica de substâncias caras. Alguns estudos dizem que a paixão dura semanas, meses ou até anos, e acaba da noite para o dia, como se o corpo resolvesse desapaixonar, parar de produzir paixão. E depois? E aí? E as experiências, as implicações emocionais, sentimentais? Gosto de pensar que paixão é um fogo que queima seu estômago e faz evaporar seu sangue, contrai seus músculos e torna você um viciado, e isso me leva ao pensamento seguinte: é do útero dessa paixão quente que nasce o amor, que é um organismo abstrato, impalpável, pouco compreendido, mas o único capaz de suportar a vida. Talvez paixão seja apenas coisa do corpo, mas nós, gentilmente, colocamos açúcar nas definições de paixão, as temperamos com poesia e a ornamentamos com palavras coloridas e bonitos significados. Somos românticos, somos a parte lúdica dos processos da vida.
Antes de tudo, somos responsáveis por todas nossas escolhas, nossa felicidade e sentimentos. Às vezes elegemos para compor nossa vida amores que são verdadeiros enganos, palavras de perfume volátil e ruim, mãos que te empurrarão ribanceira abaixo como um jipe desgovernado.
Existem falsos amores nocivos à saúde, como o cigarro que incomoda amigos, lhe destrói lentamente, mas você não percebe. Falsos amores são vampiros que tiram a paz do seu sangue, mas, sobretudo, somos nós quem permitimos que estes amores impostores nos sigam, e numa rua escura sugerimos que eles mordam nossa carne mais mole e lhe damos nosso melhor.
Começo de namoro é bom, sobretudo se começarmos certo e com a pessoa certa.
O que se chama amor pode ser bem mais do que você imagina e muito menos do que você pensa, e é assim mesmo, fragmento de paradoxo escapando das explicações. Nietzsche disse que amamos mais o desejo do que o ser desejado... Ou seja, não amo você, amo a sensação boa que você me causa, amo o que está em mim. Na primeira lida é difícil digerir essas palavras tão egoístas, mas entendo que Nietzsche quis dizer. O amor é difícil de entender e nem sequer tem manual de explicação, é bobo, mas também é um pequeno sol que controla a vida fora do corpo, fora dos processos químicos.
Na deliciosa arte de começar um namoro, a paixão tropeça em nosso corpo e dessa paixão displicente brota o AMOR. Esse amor precisa ser puro e fluido como um bom texto que vai se ramificando através de palavras bem colocadas, um texto que tem um começo, um meio, e achamos que tem fim, mas não existe fim, o final é um código aberto, é a mensagem que fica ecoando na vida como uma música endereçada.
O amor é a experiência mais extraordinária da vida, é a entrega não só do corpo, mas também da alma.
Ainda produzimos paixão, eu quero me apaixonar todos os dias pelo mesmo homem, por todos os homens que vivem dentro dele. Protege-lo do frio, sentir minha mão tocar a sua pele, minha boca tocar a sua. Amor não é remédio e nem solução de problemas, amor é a recompensa por você ter se curado, ele remove cirurgicamente a solidão do peito..."

Experimente ME AMAR.


Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor, mas[é mentira rsrs] ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar, e, não me obedeça sempre, que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).
Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade.
Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica [mentira. Eu até que admiro seu gostar pela vida doméstica.]e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês, mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música, goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora.
Quero ver você nervoso[ quero ver não rsrs ], inquieto, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte!
Se nada disso funcionar ... experimente me amar!!!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


"- Ah, Grandão, sabes quem eu vi ontem à noite, naquele restaurante novo no Leblon?
- Não, Bonitinha, não sei e nem quero saber.
- Que grosseiro você foi agora. Tchau, Grandão. Boa noite.
- Desculpe-me, mas não quero saber de seus esbarrões com homens apaixonados e saudosos pela Zona Sul carioca. Não sou seu amiguinho gay, Bonitinha. Podes me poupar de certos acontecimentos totalmente irrelevantes para mim? Conte para a Paulinha, Gustavo, Alice, Bruna, Erica, para a sua analista... Não para mim, porra.
(Silêncio prolongado)
- Eu não pensei que você se importasse com esse tipo de coisa. Vive me dizendo que não nos... Quais palavras você usa há mais de uma década? Ah, lembrei: não nos bancamos.
- Eu me importo sim. É possível me poupar? É uma pequena gentileza ao meu fatigado coração, sei que consegues.
- Fatigado coração? Onde leste isso? Definitivamente, não é seu. Ok.
-
Ok. Ah, os ok´s de Haioka... Leia-se: foda-se.
(Ambos riem)
- Sua leitura é sempre tão exata...
- Eu te conheço desde que você lia horóscopo, garota.
- Eu nunca li horóscopo.
- Tenho um livro sobre seu signo, sublinhado. Você me presenteou quando estavas na faculdade. Não recorda-se?
- Não. E se eu não lembro, eu não fiz.
- Muito conveniente.
Vou esquecer-me de todas as vezes que eu fugi de ti, de todas as formas possíveis. Assim, logo não aconteceu, certo?
- Vou desligar, tá? Quero preservar meu afeto por você. Boa noite, Grandão. Beijo.
- Dorme bem, Bonitnha. Beijo. Sabes o quanto és especial para mim?
- Não, não sei. Amanhã você me conta".

(Cadernos de Luísa, Vanessa Souza Moraes)

"Oito horas da manhã. Quarta-feira. Hai dorme profundamente entre edredom e travesseiros brancos, com estampa de poás pretos. Muitos travesseiros para uma só mulher: quatro. Sono induzido, de quem só dorme com remédios. Sonhos difíceis de serem lembrados ao acordar.
O interfone toca. Uma, duas, três vezes. Ela desperta na terceira. Toca novamente. Livra-se do cobertor e dos travesseiros com certa violência e vai atender de má vontade. Pragueja e pensa quem seria inconveniente de chamá-la tão cedo. Ela raramente acorda antes das nove. Seu péssimo humor matinal é piada entre os amigos. Os familiares distantes de Hai relembram que ela era a criança mais ácida ao acordar, que os Dör tinham notícia em todas as gerações. Seu pai brincava sempre: não, meu bem, você não é da espécie que dá bom dia ao sol.
- Oi! - ela atende ríspida o interfone.
- Uma encomenda para Haioka. Pode subir? - pergunta o moço da administração do condomínio.
Ela ia responder não, irritada. Mas pensa um pouco, olha para a camisola rosa curta que veste. No entanto, se falasse não, teria que ir numa sala esquecida entre os prédios, para buscar. Ela sempre errava o caminho do lugar onde ficavam as encomendas não entregues, no labirinto entre os prédios.
- Pode. Obrigada - volta ao quarto, pega um roupão lilás de feltro no closet. Vai ao banheiro, escova dentes e cabelos. Enquanto passa um líquido adstringente no rosto, tenta recordar-se de algo comprado pela internet nos últimos dias. Nada vem à mente.
A campainha da cozinha toca e ela vai pegar a encomenda. Não é um Sedex ou um envelope pardo.
- Hmmm - interjeição de algo promissor.
É uma caixa retangular preta, envolta em uma fita dourada. Hai adora embalagens bonitas. Carine é a especialista em belas caixas, fitas e papéis de seda. Não há cartão aparente.
Volta para o quarto e senta na cama. Arruma os travesseiros e recosta-se neles. Desfaz o laço, devagar. Abre a tampa solenemente e um cheiro invade o cômodo: baunilha. Fecha os olhos e respira fundo o cheiro gostoso. Dentro da caixa há favas de baunilha, unidas com um delicado laço dourado. Embaixo, um pequeno envelope azul claro escrito: Bonitinha. Reconhece a letra, o apelido que apenas uma pessoa usa e um sorriso brota. Abre o envelope e encontra uma pequena carta. Com uma certa taquicardia, lê: "Relações baunilha acontecem e fica um gosto bom. Inesquecíveis são as que deixam um sabor inexprimível na boca. Esse gosto fica e não há comparação possível. E o sabor permanece há mais de uma década. Talvez se possa dizer que o gosto foi (re)lembrado. Sempre é possível! O que sei é que o gosto baunilha se repete. O gosto dela é só dela, não desapareceu. Ainda que tenhamos nos esforçado para apagar o gosto. Não conseguimos. O futuro é nosso, depende de nós. A falta permanece. Do sempre seu, Tonho". Os olhos claros de Hai ficam marejados. Ela vai escorregando nos travesseiros e deita na cama. Cheira a baunilha, suspira, sente uma fina pontada cortante de saudades.
- Onde andará ele? - pergunta-se, num sussurro.
Procura o celular na cabeceira da cama, entre a bagunça dos livros. Disca aqueles números que sabe de cor, mesmo nas ocasiões em que se esforçou muito para esquecer. Hai é uma mulher que nunca esquece - dádiva ou maldição, esse excesso de memória".

(Cadernos de Luísa, Vanessa Souza Moraes)

"Não quero ouvir ninguém,
não quero saber de nada,
não quero sentir nada.
Quero esperar você voltar
reta e dura como uma estátua,
porque tenho medo de me espalhar
pelo mundo e nunca mais ser sua."

Te quero taaaanto bem...é que você não sabe, mas você me tem.


"O que eu te desejo é que sejas loucamente amada/amado"...
por mim, por um outro alguém...
por quem, de fato, te queira bem...
É mentira. Além de mim não quero que sejas amado por mais ninguém,
mesmo porque recuso-me a acreditar que possa haver
no mundo alguém como eu, que te queira tão bem.
Acho que quando se gosta muito de alguém, muito mesmo...
de forma que o sentimento vai além das explicações também...
booooooom, voltando: Quando se gosta assim, não queremos ver a pessoa
se irritar, se chatear, se entristecer, nada que possa tirar dos lábios mais
lindos do mundo, da fisionomia que mais presamos admirar, nada que tire
aquele sorriso adorável.
Óh Deus... devo ser mesmo uma tonta apaixonada, uma Tonha, como diz ele rsrs
É até bonitinho quando irritadinho. Mas prefiro teu semblante de paz, a serenidade que me traz.
"Se isso não é amor, o que mais pode ser?"

"- Se você gostasse de mim de verdade...
- Gosto tanto que estou lhe oferecendo a liberdade.
O que é que a gente faz com a liberdade quando está apaixonado?
Tem coisa mais parecida com a indiferença?"

(Estrela Nua, Maria Adelaide Amaral, p. 89, Ed. Rocco)
"Você só esvazia o drama falando sobre ele. O trabalho de luto consiste também em falar sem parar sobre o assunto, até esvaziá-lo. Quando se perde a pessoa amada, é preciso falar sobre ela, fio por fio, para desinvestir a libido colocada nessa pessoa. Assim pode-se recuperar a libido para amar novamente. Quem não desinveste, pode estraçalhar-se depois".

Alguém pergunta na sala: assim ocorre nas situações amorosas, professora?

Maria Anita responde: "Neguinho te deu ponta pé, te abandonou, fale sobre isso".

(Maria Anita Carneiro Ribeiro, psicanalista - aula de 08/10/10 do mestrado)

- Deve ser por isso que postar aqui me alivia tanto... a mente às vezes torna-se até mais quietinha. HAHAHAHA


"(...) escapei, sabendo que os homens farão qualquer coisa para tê-la... embora pareçam não querê-la quando você decide que os quer. (Ah, o mistério dos homens e das mulheres: por que eles nos perseguem tão implacavelmente quando acabam ficando estarrecidos quando paramos de fugir?".

(O vício da paixão, Erica Jong, Ed. Círculo do Livro, p. 343-344)


"Espera é ou não é? Não sei responder porque sofro de urgência e fico incapacitada de julgar esse item sem me envolver emocionalmente. Não gosto de esperar".

("O relatório da coisa", do livro "Onde estivestes esta noite", Clarice Lispector)


"Você me faz falta. Antes que eu te conhecesse. Você me faz falta agora. Isso significa refazer um trajeto. Voltar a você e à falta que você me fez e me faz e há de me fazer sempre. Mesmo que eu esteja ao seu lado. Mesmo que eu sinta a sua mão dentro da minha e o seu corpo fabricando ondas de calor. O suor discreto da sua mão dentro da minha.
Há outro modo? Se é preciso (e é preciso) ter você, há outro modo?"

(Rakushisha, Adriana Lisboa, p. 121, Ed. Rocco)

... esse teu maldito silêncio :/


"Nenhuma palavra dói mais do que a ausência de palavras.
Você não é tolo e sabe muito bem disso. Você me impunha um silêncio devastador. Sumia, não dava notícias, fazia de propósito, queria me ver chegar perto da morte, paralisada, sem forças. Eu esperava o telefone tocar, ele não tocava. (...) Esperava o apito do meu computador avisando a chegada de um novo e-mail, ele não apitava. Esperava uma carta, um sinal de fumaça, uma mensagem no celular, esperava que você aparecesse e trouxesse consigo alguma palavra. Esperava e esperava e esperava. E você não vinha. Você me deixava a sós com esse silêncio que dói mais do que um grito arranhado, do que um corte profundo na carne, que dói mais do que a palavra dor".

(A chave da casa, Tatiana Salem Levy, Ed. Record, P. 139)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


"É bem simples... e acontece toda vez que eu estou pensando em você. Primeiro eu fico feliz, muito feliz. Me sinto sortuda de sentir isso. Aí eu respiro bem fundo e seguro a respiração, só pra ouvir o meu coração batendo. Depois começa a parte ruim. Minhas mãos tremem, eu fecho meus olhos e escuto o silêncio. Eu desenho luas, eu imagino cores. Um arco-íris inteiro das cores que eu vejo nos seus olhos. Depois elas somem e levam meus pensamentos junto com elas. Daí eu sigo em frente. Assobiando uma canção pra tentar espantar as lágrimas. "

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Você me quer bem, mas não vai além...

Todo mundo quer
Um alguém para amar
Geralmente é o que acontece
Você me quer bem
Mas não vai muito além
Para não me assumir
Vejo os casais nas calçadas de mãos dadas
E
os nossos amigos me pedem paciência
Dizem que o romance anterior foi ruim
E você desconta em mim
Sofro com a ilusão que me trai
O meu coração se desfaz
Toda vez que vai me apresentar
Como amiga

Vê se fica bem, meu bem
Vê se dorme bem, meu bem
Pois não estarei pra te cuidar
Nem pra te mimar
Vê se fica bem, meu bem
Vê se come bem, meu bem
Pois não estarei pra te cuidar
Nem pra te Salvar

...Você me quer bem
Mas não vai muito além
Para não me assumir
Não se trata pra não se entregar

Paciência não me refaz
Sei que a vida pode, deve me dar
Alguém inteiro.

Vá... vá saber o que você quer


Não fale mais, leve o que é seu e só

Que o sol já vem e com ele outro dia

Se descobrir,
Vá crescer,
entender e saber
O que quer, quem você quer,
Não me faça mais chorar
Como se eu fosse nada, para o ego do meu bem,
Quantas você tem? Quantas você faz sofrer?
Seduzindo o mundo, quantas ficam ao seu bel prazer?
Cresça, me deixe em paz, mesmo que eu sofra mais
Agora tudo é seu, amanha serei bem mais feliz
Cresça, me deixe em paz, mesmo que doa mais
Agora tudo é seu, amanha serei bem mais feliz
Preciso ser mais forte, para não voltar atrás
Aliviando desespero, para adiar o sofrimento .

"Teu olhos não entendiam o porquê de meu corpo te dizer uma coisa e minha boca entonar outra. Antes de te cantar a cantiga de adeus não te ensinei a dançar teus passos. Acho que eu não sabia direito quais passos seguir. Talvez essa seja a causa da imprecisão do meu canto com teu passo."

Eu que só queria te fazer feliz. Eu que só queria te amar, te mostrar o lado bom de viver.
Eu que acabei aprendendo coisas sobre você que jamais imaginei. Eu que tive minhas fraquezas expostas pelos teus lábios, outrora tão doces, agora amargos. Nada mais pode ser como antes.
Tudo foi tão intenso. O começo, o meio, o fim. É porque eu ainda não disse, mas estou a ponto de dizer: Não dá mais pra mim. Não dá mais pra fingir que não faz diferença falar ou não contigo, fingir que fica tudo bem se a gente não se vê, não dá mais. Não dá pra limitar tudo que eu queria te dizer e aquelas palavras tão bonitas que não faziam diferença pra você, amanhecem mortas dentro de mim, e são essas palavras aqui, depois de uma noite em claro, são estas palavras que ficam vivas em mim: Não sei se quero mais. E esta dúvida está sendo cada vez mais nutrida pela sua ausência, pelo seu silêncio. Eu que não tenho chorado, lavei o rosto para simular as lágrimas que precisavam cair e não caíram, eu que acreditei no nosso amor...
Eu que tinha certeza de que podíamos ser pra sempre, desconfio que foi eterno enquanto durou.

de ilusão, não dá ...


"(...) por favor não fantasie, menina, não seja demasiado adolescente."

domingo, 21 de novembro de 2010

aquela cabeça deve pensar assim...


Conheci a mulher da minha vida. Pra hoje não, que tô cansado demais, e minha única companhia vai ser o controle remoto, um pote de pipocas e minha mão dentro da cueca. Mas pra semana que vem, quem sabe, quando eu tiver a fim de dar umazinha e com um tédio da vida, daí vai vê ela pode servir pro momento, ou tomar alguma atitude inesperada de vadia desvairada, ou mulher independente e indiferente que a faça subir no meu conceito. Depois do sexo, é claro.
Ela é praticamente perfeita, cara. Daí você pode estar se questionando, ou com uma puta vontade de me perguntar, por que é que eu rejeito chamadas, não respondo essas mensagens e tento ao máximo me encher de programas entre os amigos? Não, te juro que ela não é um canhão. Aliás, bem pelo contrário. Uma baita gostosa. Pernão, cintura fina, boa de sutiã, e aparentemente, boa sem também. Cabelo natural, daqueles que dá vontade de ficar cheirando e passando a mão o tempo inteiro. E uma boca graúda, miudinha, mas quando com batom me dá aquela vontade de tirar inteiro, pra desarrumar um pouquinho tanta vaidade. É gata, tô te falando. O pior: o negócio é mais complexo do que comer e largar fora, entende. Ela se dedica a me mostrar o melhor dela, e em ser especial, única.
Ainda é inteligente. Se esforça no curso que tá terminando e faz as palavras cruzadas de manhã, comendo iogurte logo depois de lamber a tampa. Não me liga a cobrar, e nem a toda hora. E brother, ela entende ainda aquelas nossas figuras de linguagem, e ironias. Faz piadas nos momento adequados, e com a dose certa de humor - nem querendo bancar a palhaça desesperadamente, e nem com o ar arrogante dos pessimistas. Corre no calçadão um dia sim e outro não, e tem um puta gosto musical. Entende de música, assim como compreende todo o resto de um mundo que eu desconhecia até então. Lava a louça depois do jantar, mija de porta fechada, e toma cerveja. Cara, ela toma cerveja! Ponto positivo, eu sei. Além de, não ser fresca para comer. Gosta de tudo, menos de mamão- assim como eu; olha que coincidência. Me arriscaria até mesmo a dizer que, se fosse em outra vida, ela era mesmo a mulher com quem eu envelheceria do lado, e teria netinhos, e todas aquelas pieguices que a gente quer, e no fundo nem deixa claro.
E então, aqui estou eu, te contando que me policio pra não atender esse mulherão em potencial, e me vigiando pra não encher demais a bola da musa, e sim, correr da esfinge. Seria completamente melhor estar agora do lado de uma lady, bebendo cerveja, vendo filmes de ação (que ela também adora), fazendo sexo e admirando o corpo violão que ela tem. Ela é gente fina, gostosa, engraçada e inteligente. Só tem um defeito que vale por tantas boas qualidades: gosta demais de mim. Gosta tanto que me deixa livre, e desimpedido, apenas conhecedor do sentimento que ela nutre pela minha pessoa desprezível, quiçá esperando que eu tenha um pouquinho de decência e me apaixone por ela de volta também. E não consigo, não rola. Tento, e falta algo, um quê a mais, uma loucura que ela cometa e me faça identificar os possíveis futuros sinais de felicidade, ou um sumiço que me faça se tocar: olha, até sinto sua falta. Mas não. Ela está ali, sempre quando preciso, e eu não quero ir adiante porque eu sei que o estrago será grande. E que minha mediocridade é grande demais pra todo o talento que ela tem para ser a melhor mulher do mundo. Por isso é que repasso a ficha, devolvo a carta ao baralho. Ela é mulher demais pra mim, enquanto eu sou homem de menos pra ela. E a única pessoa que não se tocou disso ainda é a musa, a bela. Quem sabe o silêncio a avise, cara. Tenho total ciência de ser mesmo um ridículo, um babaca, um idiota. Burro, eu sei. Até pra filho da puta acho que sirvo. Não sei nem ao menos gostar de quem gosta de mim, porque no momento só sei gostar mesmo é de mim mesmo, e do meu ego mal massageado. Ela que é a mulher certa, na minha hora que é sempre a errada. Espero que ela entenda, e não me odeie. Não pra sempre. Mas ó: é gostosa, hein.

A resposta dela: e ainda assim eu não consegui odiá-lo.

Não desperte em mim o que não pretende preservar.


Não segure minha mão, se você não me reerguer quando eu cair no mundo. Não me pegue em casa, se você não quiser aderir minha rotina. Não elogie meu cabelo, se você toca tantos outros por aí, e muito menos meu bom gosto ao vestir, se você não souber valorizá-lo. Não ligue para saber se cheguei bem, se você realmente não se importa. Não me chame de linda, se você costuma pegar coisa pior por aí. E muito menos de querida, se você não fizer questão de o ser também comigo. Não construa planos, quando o que você quer é viver com seus amigos, e nem plante sonhos em meu jardim, se você não pretender regá-lo com freqüência. Não me apresente como amiga, se acordo ao teu lado. Não projete em mim todos os seus medos irreais, caso você não queira realmente saber das minhas fraquezas, dependências, e defeitos. Não me ofereça seu casaco, se sua intenção não for a de me aquecer toda por dentro. Não suma repentinamente, se não quiser ser riscado completamente do meu enredo. Não me convide para viajar para a praia, se você não mantém nem ao menos a promessa de me levar para jantar. Não tire meu sossego, se não é você quem irá me devolvê-lo mais tarde, e não mostre ser o máximo, se tudo que você puder me dar de si, é o mínimo. Não adianta você ser alto, se faz questão de jogar baixo, e nem usar o melhor perfume do mundo, se é só o cheiro e na verdade você também joga sujo. Não trague seu cigarro perto de mim, se suas verdades inventadas são todas intragáveis. Não se faça de vítima, se quem está no alvo do tiro, na verdade, sou eu. Não me coloque em pedestal nenhum, se sua pretensão não é de me alcançar e salvar a vida, qualquer dia. Não faça bater mais forte meu coração, se quando perto do enfarte, você não construir a ponte safenada capaz de me salvar da loucura e da enfermidade. Não jure amor eterno, se sua eternidade for somente até amanhã. Não me chame de princesa, se quando você for coroado rei, outra rainha for sentar-se ao seu lado. Não me dê flores, se sua vontade, assim como a das plantas, também murchar. Não abra a porta do seu carro, se você não estiver ali de pé, em frente à mim, de coração aberto. Não me mande cartas, se você nem ao menos souber onde moro. Não me furte o fôlego, se não for para continuar me beijando. Não arranque minhas roupas, se você não quiser também despir meus sonhos e aspirações. Não demonstre todo um sentimento, se quando com seus amigos e família, ele não parece existir. E não seque minhas lágrimas, se algum dia você também as fizer correr pelo meu rosto. Não.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


"(...) que continuava a ter muito carinho por ela e que se veriam um dia destes. Carinho. A palavreca chilra que os homens usam como preservativo do amor.
Que se foda o carinho".

Porque você sabe, você sabe do que eu estou falando.


"Porque você sabe, você sabe do que eu estou falando. Mesmo que não o diga, você sempre sabe do que eu estou falando. Porque a gente sabe. Porque há um elo invisível que nos une. Como uma música, aquela música que tocava aquele dia, lembra? Quando passávamos por aquele lugar e você olhou para mim e disse e olhou e riu e passou os dedos pelo meu rosto. Naquele exato momento, a música que tocava e nos acompanhava, os nossos risos, os nossos gestos, a música que ficara impregnada na memória junto àquele gesto, àquele amor, lembra? Porque depois, depois, ainda que o tempo passe e que eu passe e que você passe, ainda que, depois, cada vez que a música por acaso e qualquer lugar, uma festa, um filme, uma estação de trem, a música e tudo aquilo que ficou impregnado. Lembra?"

(Flores Azuis, Carola Saavedra, p. 60, Ed. Companhia das Letras)

Atrás de tudo isso, tento me esconder, mas tua imagem vai se mesclando e quando me dou conta a única coisa que sobra é você e você e você. Fico cabisbaixa, sem vida e me dou por vencida, deixo você fazer a festa em minhas memórias...
Só que dentro de minha confusão, a ternura não cede, invade-me de novo. Tenho um olho atravessado pelo detalhe do sublime.
Tenho repetido que, no que depender de mim, sempre existirá doçura para ti.
Sinto saudade é claro, principalmente das pequenas coisas, aquelas que só temos consciência da grandeza e da importância depois de vividas. Coisas simples como te encontrar e perguntar como foi o seu dia ou se estar usando as lentes. Queria te dizer coisas simples e bonitas, coisas que te mostrassem o quanto você continua importante, o quanto te guardo com carinho em muito de meus dias, coisas desse tipo, que talvez você compreenda como um abraço, ou talvez como uma mentira. Tanto faz.
Sem você, acabei assim, num quarto cheio de coisas espalhadaspelo chão, uma parede descascando, onde tudo que me toca também me machuca. Às vezes acho que não poderei agüentar e sinto uma vontade afogada de entrar na primeira coisa que se move e me deixar levar para sempre. É desse jeito mesmo, será que você pode imaginar o desconforto que tenho?
Você não sabe de minhas dilacerações e de meu coração habitado por uma fanfarra toda morta.
Fico esperando que venha sua nudez desesperada para que minhas mãos feitas de palavras passeiem por seus recônditos mais secretos. Tenho uma saudade louca, dessas que parecem que terminamos apenas ontem. Vontade louca de te buscar e estender meus braços dizendo está tudo bem. No entanto, com esquecimento repito em um tom dilacerado - não iremos nos ver por uma dessas lógicas que lutamos contra, mas que irremediavelmente seguimos com uma fé cega.

Amanhã, prometo, sempre haverá sol.

Eu não sei das outras, mas no que me diz respeito, gosto que me digam as coisas!


"SÉRGIO - Que pergunta mais idiota. Não deu para perceber...
LUÍSA - (Cortando.) Você nunca disse!
SÉRGIO - Você está fazendo um tremendo de um gênero!
LUÍSA -
Eu sou uma pessoa insegura!
SÉRGIO - Por que é que as mulheres gostam tanto que a gente diga as coisas?
LUÍSA - Eu não sei das outras, mas no que me diz respeito, gosto que me digam as coisas!

SÉRGIO - Você está acima da obviedades, Luísa! Você vive no reino das sutilezas, pelo amor de Deus não me cobre declarações!
LUÍSA - (Falsa.) É que eu sou muito carente!
SÉRGIO - Você é uma grande fingidora!
LUÍSA - Você aí de pé, querendo ir embora, me faz me sentir muito infeliz!".


(Melhor teatro - Maria Adelaide Amaral, peça: De braços abertos, ed. Global, p. 200)

"(...) Mas se você não me estender a mão, Querido, qualquer movimento que eu faça na sua direção se torna inútil e cai no vazio".

"A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraiso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada,
bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha é não poder ser imitada."


Como é bom viver sem esperar muito dos outros!
Como é bom traçar os próprios caminhos e escrever a própria história!
Não sou mais obrigada a ser perfeita.
Apesar das minhas falhas, estou apaixonada por mim .

Mudança...


"Não gostamos, temos medo dela. Mas não podemos impedí-las. Ou nos adaptamos à mudança, ou ficamos para trás. É doloroso o processo de crescer. Quem diz que não é está mentindo. Mas a verdade é que algumas vezes quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam iguais. E algumas vezes, a mudança é boa. Algumas vezes, a mudança é tudo."

Greys Anatomy

Não sei me despedir de você.

Você sabe quando alguém te ama não pelo que ele fala, mas pelo que faz. O amor não sobrevive a teorias.

"A mulher boazinha dá demais de si primeiro, e depois, negocia a reciprocidade.
A mulher poderosa só dá na medida que recebe...e olhe lá."

Entenda que, se uma pessoa realmente gosta de você, ela corre atrás . Pare de se iludir com uma pessoa que não liga e não se importa com você ou com seus sentimentos . Quem ama, cuida . Quem gosta, protege e se importa . O resto, é resto, e de resto meu bem, ninguém vive .

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sim... desde que eu te vi eu te quiz...

'Eu quiz te raptar,
Eu fiz um altar...
Pra te receber...'
"Minha dor guardo comigo. Aprendi a ser assim desde muito nova ainda.Você pode me olhar e não fazer a mínima ideia do que se passa aqui dentro. Você pode achar que estou feliz, ou que acabei deganhar na mega sena, quando na verdade acabei de perder uma pessoa que amava.Choro quando escrevo, e escrevo quando quero chorar. Minha história ninguém conhece...Minhas agonias, meus amores perdidos,meus desencontros com o meu próprio mundo, guardo pra mim.Não sei se isso é bom ou ruim. Tem gente que diz que falar ajuda a colocar pra fora o que te faz mal. Como vomitar em alguém. Despejar um balde de lixo na cabeça de alguém que não tem nada com isso. Não gosto dessa idéia. Sou meio homem nessas horas.Prefiro entrar na minha caverna, ficar muda sem falar com ninguém e resolver o assunto na minha cabeça. Aprendi muito cedo a disfarçar minha dor!Hoje não aceito qualquer coisa, já aceitei demais... Não tenho que aceitar mais nada que alguém queira me impor sem meu conscentimento. Aceitei calada as mazelas da vida, que desciam arranhando goela abaixo. Não aceito mais nada. Desculpe, não posso mais. Doí. Fere. Corta. Mas depois cicatriza. E toda cicatriz é uma pele mais forte, mais resistente, menos sensível... Não aceito que me julguem sem me conhecer. Não aceito que me conheçam pelo meu sorriso ou pela falta dele. Se eu te contar minha vida, ouça sem me interromper.Não me dê conselhos, pois o que você terá ouvido são apenas histórias e não sentimentos. Demonstre compaixão, mas jamais tenha dó de mim. Não vou me fazer de vitima, muito menos assumir uma culpa que não for minha.Não me diga onde errei, Eu sei...Conheço meus acertos mais louváveis e meus erros mais repulsivos. Se der errado, vivo meu luto de novo. Não me importo, vai doer, vai ferir, vai cicatrizar e formar uma casquinha que depois sai só de passar a mão de leve como quem toca um mosquito do corpo.Bem ou mal, minha história me fez ser quem sou. Viveria cada segundo de novo como se fosse uma despedida.Talvez eu cometesse os mesmos erros, mas jamais passaria impune até aqui.Cada um sabe de sua historia, e só isso importa. Por isso, guardo comigo minha dor, minhas agonias e meus pesadelos mais tenebrosos. Divido alegrias, as conquistas e os sonhos mais altos. Escrevo sobre o que sinto. Escrevo como uma forma de despejar meu lixo na cabeça de alguém. Acho mais limpo e igualmente purificador. Escrevo porque dor não cabe no papel ( ou eu não saberia explicar), e dessa forma, minha dor continua só minha...Guardo comigo."

É tempo de mudança


"Ando pensativa e distante ultimamente, acho que uma outra fase da minha vida está se iniciando, preciso fazer algumas escolhas, tenho que decidir qual o caminho será melhor pra mim, acho que por esse motivo tô mais caseira, curtindo mais meu cantinho, tô agarrando com unhas e dentes as oportunidades que vem surgindo, e assim tô levando a vida mas tranquila e sossegada. Já passei noites em claros pensando sobre o futuro, já chorei por pensar precipitadamente e hoje vejo que não sou mais assim. Tô vivendo um dia de cada vez, tô pensando duas vezes antes de agir, tô cuidado bem de cada passo que ando dando e de cada escolha que venho fazendo. Sei que ainda tem muito caminho pela frente, e nos caminhos, muitas curvas podem surgir, mas hoje estou mas preparada se por algum motivo o caminho for o errado. Pois sei que, se for o errado, terei coragem e humildade o suficiente pra voltar atrás e começar tudo novamente, e nesse caminho é somente eu e minha grande , que não me deixa desistir nunca, e que me faz acreditar que tudo vai dar certo no final. "

Nada nesse mundo, nem ninguém ,
por mais que faça pra impedir...
Nenhum ser vivente será capaz de mudar o sentimento
que existe aqui, em mim por ele...
Nem ele msmo com toda a sua covardia, cegueira.

Porque eu te amo sim, mesmo desse meu jeito assim um pouco tola.
Eu eu te quero sim, mesmo te pedindo demais e te dando tão pouco.
Entenda que é meu jeito, mas o amor, ah, esse ainda ta aqui no meu peito e ainda cresce todo dia.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Para o amor perdido


Fiquei triste. Num momento você estava aqui, no outro já não estava. Igual a um bicho de estimação que morre de repente e somem com o corpo.
Para onde foi tudo aquilo? Que tínhamos tão seguro. Tão certos de sua eternidade. Para onde foi, hein? Meu peito, depósito subitamente esvaziado, aperta-se no meio de tanto espaço.Tento identificar o instante, quando o que tínhamos se perdeu. Mas nem sei se o perdemos juntos ou se juntos já não estávamos. Me desespera saber que um amor, um dia desses tão grande, possa ter desaparecido com tanta facilidade.

Como já disse, estou triste; e isso me faz acreditar no poder das cartas. Não falo de tarô, mas destas, escritas e mandadas ou não mandadas. Cheias de questões e metáforas, que assim, misturadas cuidadosamente, num cafona português polido, soam mais sensatas.

Qual poder espero desta carta? Simples: que deixe registrado este meu estranho momento. Quando o que devia ser alívio revela-se angústia. E a cabeça não pára, vasculhando cantos vazios.Não gosto de perder as minhas coisas, você sabe. E hoje, cercada pela sua ausência, procuro o que procurar. Experimentando o desânimo da busca desiludida. Pois, se um amor como aquele acaba dessa maneira, vale a pena encontrar um outro? Será inteligente apostar tanto de novo?Aposto que você está pouco se lixando para isso tudo. Que seguiu sua vida tranqüilamente, como se nada de tão importante tivesse ocorrido. E está até achando graça desta minha carta, julgando-a patética e ridícula. Você, redundante como sempre.

Só há uma coisa certa a respeito disso: não desejo resposta sua. É, esta é uma daquelas cartas que não são para ser respondidas. Apenas lidas, relidas, depois picadas em pedacinhos. Sendo esse o destino mais nobre para as emoções abandonadas.

Queria apenas pedir um favor antes que você rasgue este resto do que tivemos. Se algum dia, tendo bebido demais, sei lá, você acabar pensando tolices parecidas com estas, escreva também uma carta. Mesmo sem jamais saber o que você irá dizer, sei que ela fará de mim menos ridícula. Neste amor e, por isso, em todo o resto. Pois adoraria que você fosse capaz de tanto - escrever uma carta é um ato de desmedida coragem. E eu ficaria, enfim, feliz comigo, por tê-lo amado. Um homem assim, capaz de escrever bobagens amorosas.Então é isso - como sou insuportavelmente romântica, meu Deus. Termino aqui essa história, de minha parte, contando que estas palavras façam jus ao fim do amor que senti. E deixando este testamento de dor, onde me reconheço fraca e irremediável. Porque ainda gostaria de poder acreditar que você nadaria de volta para mim.