quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

'' Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha maquiagem. É pelo medo de cair de novo que meus joelhos tremem. Eu quero, no mínimo uma garantia. E eu só preciso me desfocar do sonho que me deixa míope e enxergar além, ou melhor: enxergar o que está na minha cara. Antes de dormir rezei, pedi a Deus que perdoe tanta ingratidão de minha parte, por não enxergar tudo de bom que a vida me oferece, e continuar aqui me lamentando e fazendo tudo por você.”

- Tati Bernardi.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Idealizando...

E agora eu não sei mais fazer outra coisa .

Não sei mais ser o que eu era antes de você, porque tudo que eu faço ou penso tem você como título . Faço tuas vontades, brigo, faço as pazes, brigo de novo . Te procuro e digo que te amo . É esse o nosso ciclo, sempre terminando numa declaração, pra depois voltar ao início mais uma vez . Não deixe que você se perca de mim, porque por mais que eu te irrite, eu estou aqui, eu não vou te deixar, eu quero cuidar de você, sabe . Porque eu não sei fazer outra coisa . Porque meus olhos não vêem outra coisa . Eu não quero outra coisa . Eu quero você . De novo e mais uma vez .

domingo, 18 de dezembro de 2011



Os casais bonitos são aqueles que acima de namorados, são amigos. Brincam, brigam, tiram sarro um do outro, se mordem, beliscam, mas se amam de um jeito que nenhuma pessoa do mundo consegue duvidar. Amor não é só beijos e amassos. Amor é cuidado, amor é carinho, amor também é amizade.
"As relações evaporam pelas coisas que calam. Com freqüência as pessoas perdoam palavras cruéis que foram ditas, mas como perdoar o que não foi dito? Como lidar com os espaços em branco?
A verdade é que toda vez que mando um sms de boa noite, durma bem, o que eu queria te dizer é que desejo uma boa noite, que você é a razão do meu sorriso bobo quando vejo alguma reportagem sobre bancos e que eu amo cada pedaço seu. Amo seu sorriso e seus dentes tão certos graças ao aparelho ortodôntico. Amo sua voz e como é discreto ao sorrir. Amo seu sotaque, seus discos, suas cores mesmo em dias nublados. Amo. Sei que gostaria de saber os motivos, sei que não entende, mas eu amo, apenas amo muito."

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Você se encaixa em mim de um jeito difícil de explicar. Você vai organizando seu corpo de forma que todas as partes dele, se encostam nas minhas. O seu braço comprido passa por debaixo da minha nuca, no vão exato da curvinha do meu pescoço. Acho que às vezes seu braço deve formigar por ser esmagado pela minha cabeça – mas você nunca reclama. A gente se deita e você, automaticamente, vai passando seu braço grande pelo vãozinho do meu pescoço, enquanto o outro se fecha por cima do meu busto. É quase uma chave de braço de amor. E você coloca sua perna pesada sob a minha minha, quase me esmagando. Se fosse qualquer outra criatura, pediria que ela logo tratasse de tirar tal peso de mim – mas do seu peso, eu gosto. É um amor masoquista. Quero suas pernas pesadas esmagando as minhas. E, se você dá bobeira, tranço logo meus pés nos seus. A gente se contorce pra achar um jeito da trança não limitar totalmente nossos movimentos. Passo meu pé, que perto do seu fica tão pequeno, por entre seus calcanhares e o ninho está feito. Sempre uso a desculpa de querer esquentar seus pés, a única parte do seu corpo que não é quentinha. A verdade mesmo é que quero grudar em você, centímetro por centímetro. E você então encaixa seu rosto na minha nuca. E respira. E o ar quente vai aquecendo ainda mais o meu corpo, que, a essa altura, já não sabe mais o que é o frio. E sua respiração alta é quase como um sonífero. É o extremo do aconchego, me mostrando que você está realmente ali. Eu amo até o ar que sai de você. E você puxa meu quadril imponentemente de encontro ao seu, formando o encaixe perfeito. A sensação da minha bunda no seu pau seria extremamente erótica, se não fosse o conforto proporcionado por essa posição. Nessas horas, o sexo, que, em alguns momentos, parece latejar nas nossas veias com a urgência de quem precisa de oxigênio para funcionar, de repente não parece mais tão urgente assim. De fato, ele vira coisa secundária, coadjuvante, diante do aconchego que o seu corpo grudado no meu proporciona. E nessa vida na qual mata-se um leão por dia, na qual sabe-se de cor em quem se pode confiar, e na qual por tantas vezes nos sentimos fracos e desamparados em meio a um oceano de gente, esse conforto é coisa rara. Cada centímetro do meu corpo venera cada centímetro do seu. Dali, friagem nenhuma se aproxima. E eu me recuso a pensar que aquilo não é amor. Talvez o amor que as pessoas busquem tanto, esteja nos micro-prazeres escondidos por trás das delicadezas da vida e do encaixe das conchinhas. E aí tenho certeza que naquele momento, a energia que borbulha dos nossos corpos colados nada mais é do que o amor transbordando. Me esforço pra continuar acordada, sentindo cada segundo daquilo que me completa, que me faz bem. É como celular na tomada recarregando a bateria. Mas, o injusto da conchinha é que ela alcança um nível tão alto de conforto, que já não é mais possível manter os olhos abertos. Naquele estágio entre a consciência e o sono profundo, penso pela última vez no dia que, com ou sem sexo, gosto profundamente de você. E ouvindo a sua respiração igualmente profunda, sintonizo a minha com a sua, e adormeço.