quinta-feira, 28 de julho de 2011

“Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro Sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Fingi de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém….Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.”

- Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

... Aquele amor que faz sentir segurança, extrema felicidade por estar perto do outro. Pode ser amigo, tio, primo, mãe, pai, piriquito ou papagaio, mas transborde amor! O sentimento mais bem requisitado do mundo, o mais solicitado entre as nações. Inclusive, acho que o amor deveria cobrar por ser tão aclamado. Pois ninguém se dá de graça, mas o amor não, ele tem que estar sempre presente, e sempre acelerando corações.

O amor é cheio de magnitude, carrega consigo virtudes e sensibilidade. Então falar de amor não é pra todos, nem pra mim. Mas
senti-lo (sinta a perfeição) é de graça, é para todos!

Só não ama quem não quer se dá ao amor, pois todos querem ser amados, mas não são todos que se permitem amar! Existem barreiras que nos tornam tremendos babacas, só amamos as pessoas que tem bens, só amamos os brancos de olhos azuis, só amamos depois de perceber que vale a pena amar. Veja bem meu querido, AMOR é de graça! Deve-se amar não pelo que o outro é, mas pelo prazer de sentir um sentimento puro. Pureza está extinta nos tempos de hoje, pra tudo há um duplo sentido, pra tudo há outra versão, mas pro amor não! Pro amor tudo é limpo, transparente, pro amor sempre vale a pena tentar. Então se for pra falar de amor, voltemos a amar. Isso basta!
A gente faz as coisas pra matar pessoas dentro da gente e morre junto. A gente faz pra ferir quem pouco sente nossa existência e vai, aos poucos, deixando de existir pra gente mesmo. A gente faz pra provar que também existe sem amor e acorda se procurando no dia seguinte. Era só pra ser algo divertido e vira um drama. O amor era pra ser amor e virou só um troço que acabou porque eu esqueci que era pra ser divertido e pensar isso do amor me ofende. Viver é duríssimo.

sábado, 23 de julho de 2011

Quanto mais te tenho, mas eu te desejo!

A princípio você era uma válvula de escape, como tantos outros foram... era apenas, um paliativo pra a dor que havia em meu peito. Com o tempo eu fui percebendo que já não aguentava passar meus fins de semana sem você, que não havia graça sem meu passatempo predileto. Passou mais um tempinho... e você deixou de ser só aquele passatempinho, e se tornou o inspirador dos meus melhores sorrisos. Não só isso, mas também, o meu melhor amigo, aquele colo nas minhas angústias; E comecei, então a abrir mão de festinhas e curtições momentâneas, pra estar com alguém que sabia prolongar o extâse dos bons momentos que me proporcionava, não só de química, carne, pele, mas aquele êxtase de bem estar mesmo sabe?! De me sentir protegida, acolhida e o principal... amada!
Logo, como não amar alguém que me fazia tanto bem? Como não amar quem tanto se dedica ao meu bem estar?!
Ai meu amor próprio me alertou: "Esquece tudo que já te fez sofrer, solta esse medo! Se joga, menina, se entrega, se dedica ao teu próprio bem. Tem um futuro lindinho ai pela frente basta você apostar na novidade!"
E foi isso que fiz, me dediquei em oferecer-te a reciprocidade de tudo aquilo que me dedicavas. Não de forma fingida, forçada, mas com intensidade, com pureza na alma, com vontade mesmo.
E hoje me sinto feliz por te ter em minha vida. Sou imensamente grata por cada colo que você me dá, por cada conselho, por cada vez que você recorre a mim também para apoiar-te, aconselhar-te, pra compartilhar comigo suas alegrias e tristezas.
Te amo, meu Jujubinha, e minha vida é bem melhor, desde que você se fez presente.
Então coração, a gente anda precisando conversar. Eu estou confusa. Você está mais ainda. Sempre que eu tento conversar com alguém, eles me dizem “siga o seu coração”… mas, quer saber? Você é tão idiota quanto eu. Quero dizer, toma jeito. Aprende a ser forte. Cria coragem, inventa uma armadura. Eu tô tentando ser forte, mas você… Ai, coração, você, sempre tão frágil, me faz sonhar coisas que eu não queria sonhar. Meu cérebro pediu pra eu te avisar que ele não quer mais relembrar as coisas que você ainda anda guardando encaixotadas, ai dentro. Ei, coração tolo… você não percebe que anda me machucando?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pirulitos viram cigarros, inocentes viram vadias, dever de casa vai para o lixo, celulares conectados no twitter durante a aulas, detenção se tornam suspensão, refrigerante se torna vodka, bicicletas viram carros, beijos viram sexo. Vocês se lembram quando proteção era capacete? Quando a pior coisa que podiam levar de um garoto era cosequinhas? Quando o ombro do pai era o lugar mais alto e inatingível e nossa mãe era uma heróina? Alias lembra quando heróina era o feminino de herói? De quando seu pior inimigo era seu irmão? De quando war era só um jogo de carta? De quando a unica droga que você conhecia era remédio para a tosse? De quando remédio para tosse era realmente usado para curar tosse? De quando usar saia não te transformava em uma vadia? De quando a maior dor que sentia era ralar os joelhos e quando os “adeus” duravam só até a manhã seguinte? E nós não podíamos esperar para crescer? E agora tudo o que queremos fazer é voltar no tempo.


(Brena Braz)

sábado, 16 de julho de 2011

Linda a combinação da camisão com calça jeans. Ele tem cabelo feio daqueles que tornam o cafuné mais divertido e usa meia bonitas. Ele tem um cheiro bom daqueles que só melhoram conforme o perfume vai saindo. Testosterona jovial. Que homem se preocupa exatamente com as meias? O da minha vida, claro. Ele é o homem da minha vida. Mas ele tem só 21 anos e bebe mais que o Zeca Pagodinho! Dane-se. Essa boquinha pequena dele, com esse biquinho de mau humor, tem o tamanho certo para aquela minha outra boquinha sempre em crise. O ombro é largo e dá pra dormir uma tarde inteira ali. É ele. É ele!
Ops. Ele acaba de falar que gosta mesmo é de balada no interior. Com os brothers. Lá as garotinhas são loucas pra descolar um urbaninho de Palio. Droga. Achei que era dessa vez.
Achou mesmo, sua louca? Um garoto de 19 anos que usa as meias que a mãe compra pra ele?
Louca.
Olha lá, olha lá! Amor das antigas pintando na área. Ele não passa um mês sem fazer contato com a nave mãe. No caso, eu. No caso a mulher mais desesperada que eu conheço pra ser mãe.
Hormônios filhos da puta. Nem sei o que fazer com um bebê depois, nem quero fazer nada com ele. A não ser brincar um pouquinho, beijar a barrigona e depois largar ele lá na minha mãe e ir pegar o garoto da boquinha pequena. Só por uma noite. Uma noite já dá pra fazer um bebê?
Fazer um bebê com outro bebê. Sua louca, maluca, depósito de hormônios enlouquecidamente solitários e inúteis.
Olha lá o amor antigo pintando na área. Ele quer almoçar. Que graça esse cara vê em almoçar tanto comigo? Ele tem tesão em me ver largando tudo no prato? Nunca consigo comer direito na presença dele. Não sei ao certo se por amor ou nojo. Tenho nojo de andar pra trás. O mesmo nojo que tenho de sequer pensar em sexo anal. Mas vivo andando pra trás e tenho certo tesão em retroceder.
É como se a vida dissesse: "eita povo burro mas divertido". Talvez um dia eu faça mesmo sexo anal. Talvez um dia eu conheça um homem que mereça me foder a luz do dia. E não sozinha, no meu choro baixinho embaixo das cobertas.
Que você quer agora, heim tio? Ele diz que minha perna está grossa como nunca, depois diz que quer só um cafezinho e bater um papinho. E eu não vou não. Preguiça daquele gemidinho contido dele. Queria que ele berrasse. Queria que ele berrasse: casa logo comigo! Não vou mais te enrolar, coxuda! Casa logo comigooooooo!
Ele é contido pra gostar, pra gozar, pra casar. Um dia ele explode. Tomara que nesse dia caia um pouco de dinheiro do céu. Pra alguma coisa alguém que só me enche há tantos anos tem que servir. Olha lá quem chegou. Abro a porta e ele fica meio sem graça. Ele sabe que veio aqui pra me pegar, eu sei que convidei ele pra ser pega. Mas a gente já conversou tanto sobre a fome humana e a guerra do horror, que nos vimos na obrigação de enrolar um pouco antes de virar animais. Ele mexe nos meus dvds e nos meus livros. Depois tá liberado mexer no pinto. A gente se ama tanto como amigo que beleza.
É isso. Só queria ser amada. Só isso. Precisa casar comigo não, precisa me engravidar não. Basta me olhar assim, basta morrer de rir comigo. Basta me ler, me decifrar, ser intenso nesse minuto. Vamos todos morrer meus amores, vamos então morrer sabendo que demos vida a alguém. Ele me dá vida e quando vai embora, tudo fica pequeno. Mas isso não é uma declaração de amor. É só porque ele tem coisas grandes, se é que vocês me entendem.
Opa, olha de quem chegou um e-mail. De mais um super bom partido que partiu antes do pôr-do-sol. Não some não, Tati. Some não. Aí eu apareço. Peraí, Tati. Não aparece tanto não, não aparece tanto que daí sou eu que sumo. Aí eu viro mais uma idiota transparente e aí sim arrumo um namorado pra chamar de meu. Odeio essa expressão "pra chamar de seu". Foda-se. Nem desapareço e nem apareço. Tampouco fico transparente porque não sou vaso decorativo daqueles que você bate palma e a florzinha dança. Eu apenas viro mais um fantasminha. Eu sei que apareço em muitos corredores no meio da noite. Bando de gente morna do cacete. Como diria Janis, I neeeeeed a man to loooove! Tá difícil, Joplin. Tá mais fácil essa dança maluca que eu inventei aqui pra dançar Prince. Adoro esse cara. Mas eu não dava pra ele não. Homem tem que dançar pra tirar sarro, jamais pra ganhar dinheiro. Mas eu dava pro Eminem. Todo mundo tem um defeito. O meu é esse: eu dava muito pro Eminem, de preferência em um dia que ele tivesse bem puto com a vida. Aliás, eu tenho dois defeitos: eu dava pro Justin também. Mulher é quase uma coisa perfeita. Mulher pra ser perfeita tinha que ter pinto. Homem pra ser perfeito tinha que tirar o pinto. Eita povo besta mas divertido.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

“O pior é que depois de todas as encenações, todos os choros, os apelos calados, os desejos feitos na tentativa de obter algum êxito…você cansa. Acostuma-se.Ele vai e resolve aparecer, assim do nada, com palavras que ele sabe que de algum modo mexe com os meus sentimentos.”

- Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

”E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mal por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?”

- Caio Fernando Abreu.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ele só não te quer.

Senta aqui, deixa eu te falar uma coisa. Ele que some por dias, corre atrás só quando te vê caminhar pra longe, desmarca programas em cima da hora, é sucinto quanto à própria vida e mais superficial que piscina infatil. Esse mesmo que você tanto fala, e todo dia vem com alguma nova furada tentando desesperadamente consertar pra ter em troca um pouquinho de amor marejado. É, ele só não te quer. Simples. Pior de tudo, que nem culpado pode ser. Talvez sim, por não ser honesto logo de cara. Contudo, bem sabemos o quanto a covardia já é item de fábrica em praticamente todo ser bicho homem, e por isso, a prolongação de situações tediosas, insuportáveis e para nós, torturantes. Não é porque terminou um namoro agora, ou nunca teve simplesmente um relacionamento decente. Nem porque é novo, ou anda trabalhando demais, ou ainda, a faculdade exige muito. Pra cada alternativa que você cria, uma desculpa. Chegar a esse ponto obscuro de perder qualquer amor próprio na busca de se achar num sentimento que o outro nem chegou a cogitar existir. Larga esse telefone, apaga o número desse panaca, não espera mensagem nenhuma porque na verdade, o que ele quer é ter em quem afogar a pressão final da noite (ou o próprio ganso), de quem não conseguiu algo na festa, e tenta tentando a agenda-geladeira onde congela quem desperta interesses específios e minúsculos, diante as possibilidades de amor de amor decente tão sonhadas.

Você, que quer tanto ter com quem dormir - e que isso não se resuma a um programa especificamente sexual. Mas sim de braço masculino envolto em cintura feminina, duas respirações próximas, pé com pé. Você, que aceita ir pra casa do sujeito que mal deu um beijo na boca e se culpa o dia inteiro seguinte, sabendo que juntamente com sua dignidade e o caráter do cara, suas chances de algo que desenrole tenham caído drasticamente. Você, que cumprimenta ele que vira a cara de tanta vergonha. Você, que liga bêbada no meio da madrugada com aquele punhado de esperança embutido na voz alcoolizada. Você que intima, sufoca, stalkeia e cola no pobre coitado: dá um tempo. Se foque em si. Nutra aquele amor que desde cedo mamãe e papai plantaram e ensinaram que, é importante, sim. É olhando muito pro próprio umbigo que a gente chama atenção em se concentrar tanto sendo nosso centro do mundo que acabamos chamando atenção que puxa, ela se cuida. Melhor: se gosta. O único amor livre de qualquer traição, infelizmente, é o próprio. Tá pra nascer quem prefira o outro a si mesmo, depois de descobrir a maneira boa e sadia de se automimar.

Por isso é que digo: desencane, que uma hora aparece. Não aquele seu tipo cafajeste e sem um pingo de índole, mas um cara bacana que de repente assim, aos pouquinhos, vai tomando espaço e te dando possibilidade de surpresas, estômagos compressos e pernas agitadas. Sem expectativas, deixando toda e qualquer possível irrealidade, imaginação fértil longe do terreno dos pés no chão. Agora, se não é você quem ele quer, caia fora. Vença a insistência interna em achar que, só porque você está ali a todo o momento e fazendo certa pressão, ceder é a única escapatória do sujeito. Há ainda os modos 'ignorar' e 'partir pra ignorância' - o que não se baseia em violência física, mas na irritação tão suprema que chega a ponto de deixar a razão de lado e as palavras soltas, ferinas na sua direção. Se passaram três dias, e o sumiço do moço se fizer uma constante, se você é deixada falando sozinha com frequência, se quem apenas se preocupa e sente esse caos que se tornou a situação toda também é você, se livre. Vá para uma academia, faça compras, se foque no trabalho, saia com as amigas, adote um animal. Tudo, menos descentralizar da sua vida, desse momento tão presente que se inaproveitado passará em branco enquanto você, tentando o impossível, mirou em quem não se deixa atingir tão fácil, não por você.

Chega de desilusão e contos de fada, de cegar à si mesma e não escutar quem tanto tenta alertar quanto aos perigos de um comportamento assim, tão irracional e errôneo. Corações pulsam mesmo, mas será que não dão defeito assim, despertando a qualquer toque que pode na verdade ter sido um esbarrão, um desencontro, um mero engano. Ferrenha seja a boa vontade em desconfiar no começo e se entregar, apenas quando o jogo estiver aberto e os sentimentos, simbióticos. Que amor mesmo, a gente não persegue: se dá conta assim, como quem não quer nada, mas deseja lá no fundo muito que pode mesmo ser. E se beija, e se quer, e sente falta mesmo tendo passado apenas meia-hora longe. E liga. Responde. Procura. Tanto de um lado, quanto de outro, o lucro - que ao invés de líquido, é sentimental - vem em dobro e em forma de sorrisos apaixonados e cafuné na cabeça.

domingo, 10 de julho de 2011

Dizem que amigos são os irmãos que a gente escolheu. Pois bem. Tive a sorte de ser escolhida pela melhor amiga do mundo. Por aquela que sempre esteve do meu lado nas horas que eu mais precisei dela (e olha que não foram poucas!). Aquela praga (!!!) que já me viu de cara inchada, maquiagem borrada por chorar no meio da noite. Aquela figura, que já aprontou tanto comigo, que divide o blog comigo. Essa “amiga-irmã” que eu ganhei por puro acaso, se é que existe mesmo esse tal de acaso.

Ariane é essa peça... que se irrita quando erram seu nome... (Ariana, Arame...) . Amiga do sorriso fácil. Do coração difícil. Da amizade à distância... mesmo morando tão perto.

Amiga pra vida toda. Pra toda hora. Pra toda festa. Pra todos os vinhos baratos no parque de exposição. Pra toda manhã voltando da noite que ainda não tinha acabado. Pra todas as vezes que a gente se livrou das marmotas (ôxi!!!) Pra todos os pés-na-bunda que eu tomei e pra todas as vezes que meu coração disparou. Essa peste já me viu chegar em casa às 4h da manhã, toda molhada de chuva e as canelas cheias de barro. Foi minha cúmplice em várias loucuras

Mas a gente se entende. Nossa amizade ultrapassa a barreira da distância e a barreira do tempo. Ultrapassa todos aqueles malas que entraram nas nossas vidas e nos fizeram menos felizes (isso é o que eles pensam! Hahaha). Nossa amizade sobreviveu aos nossos desentendimentos e se tornou mais forte.

te amo hai, muuuito!

Mas eu não me esqueci de você.

Mesmo com esse tempo de quase uma eternidade sem te ver e sem ter uma notícia tua, eu não te esqueci. Não esqueci você, nem teu sorriso. Não esqueci teu olhar nem as coisas que você me fazia sentir. Coisas, que por sinal, desde então eu nunca mais senti por ninguém. Vez em quando eu me pego pensando em ti. Perguntando-me como você está. Se tá feliz, se ainda está namorando. Perguntando-me se tua vida tá dando certo. Se ela tá sendo tão boa e maravilhosa como eu sempre desejei que fosse. E meus lábios se abrem num sorriso bobo quando alguém vem me falar de ti. Meu coração se enche de ternura e todos aqueles sentimentos maravilhosos que só você me traz. É aí que eu percebo que você não foi só mais um cara, mais um amor ou mais uma paixão. Na verdade você foi o amor. Você foi único. E não á toa, é que eu nao esqueço. Não esqueço a voz, o olhar e o jeito. Não esqueço nem perco esse carinho enorme que tenho por você. Porque uma parte de mim sempre será sua.

As voltas que a vida dá.

Encontraram-se e pouco depois se perderam. Em meio a essas voltas que a vida dá, encontraram-se novamente. Depois de tanto tempo ... outra vez o sorriso, a troca de olhar, o toque e o beijo. Outra vez os carinhos e o jeito bobo de um implicar com o outro. A cumplicidade de sempre e a leveza que não havia tido antes. A perfeição que não poderia deixar de ser. Pois bem, cabe ao destino; cabe a eles ... perderem-se novamente, ou ficarem juntos como há muito deveriam estar!

sábado, 9 de julho de 2011

"No final do dia, a fé é uma coisa engraçada. Ela aparece quando você não a espera. É como se um dia você percebesse que o conto de fadas pode ser levemente diferente do que você sonhou. O castelo... bem, pode não ser bem um castelo. E não é tão importante que seja feliz para sempre, apenas que seja feliz agora. Veja, de vez em quando, muito raramente, as pessoas irão te surpreender. E de vez em quando, vão tirar o seu fôlego."

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Drogas, tô fora!

Voltou a ser recorrente na imprensa o tema do tratamento legal dispensado ao traficante e ao usuário de drogas, em virtude das manifestações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. As propostas são as mais diversas possíveis: liberação total do tráfico e uso; controle da venda e liberação do uso; proibição da venda e liberação do uso; descriminalização do uso, com proibição administrativa (tese de FHC); liberação total apenas do uso da maconha; e uso da maconha para fins medicinais.


Os argumentos mais empregados são o fracasso da guerra contra as drogas; a necessidade de retirar o poder dos traficantes, garantindo o controle de qualidade das substâncias comercializadas; o direito do usuário de fazer o que quiser com o próprio corpo; o fato de que mandar o usuário para a cadeia impede que receba tratamento médico; e, por fim, a defesa de que a maconha é droga leve e tem fins terapêuticos.


De fato, o sistema repressivo não tem o poder de coibir integralmente a prática do tráfico de drogas, mas isso também ocorre em relação aos demais crimes, como roubos, homicídios etc. e ninguém pensou em liberá-los. Por seu turno, se a venda de drogas fosse regulada, controlada e tarifada, é certo que haveria limites de idade para compra e de toxidade para as drogas e preço mais alto, o que indica que seguiria existindo um mercado paralelo, controlado pelos traficantes, para venda de drogas mais fortes e mais baratas. O problema da criminalidade continuaria existindo e a facilidade de acesso às drogas levaria ao aumento do número de consumidores.


Outra hipótese seria a liberação apenas do consumo individual de todas as drogas. Apesar de parecer correto afirmar que cada um tem o direito de fazer o que quiser com o próprio corpo, consumindo, inclusive, produtos nocivos à saúde, essa regra não é absoluta. Quando se trata do consumo de drogas que alteram o funcionamento do cérebro, mudando comportamentos, gerando adicção e tolerância, não pode haver liberdade absoluta, visto que o vício provoca compulsão incontrolável pela próxima dose.


Não bastasse isso, a droga produz mudanças de comportamento que criam riscos para o usuário e para outras pessoas que o circundam (doenças, acidentes, crimes, etc). Percebe-se, portanto, que a droga retira justamente o que seria a justificativa para se permitir o consumo: a liberdade. Quem é viciado em drogas perde a liberdade de escolher o próprio destino e passa a ser controlado pelo vício. Como afirma Paulo Coelho no filme Quebrando o tabu, a droga mata a coisa mais importante de que você vai precisar na vida, que é o poder de decidir.


Manter o consumo proibido parece a solução mais adequada. Nenhum país do mundo liberou o consumo de drogas. No Brasil, 76% da população quer a proibição das (Datafolha/Folha de S.Paulo, 28.2.2010). A ideia defendida por FHC de descriminalizar, para evitar que o usuário vá para a cadeia e para permitir o tratamento, demonstra total desconhecimento da legislação brasileira. Desde 2006, não existe pena de prisão para usuário e a proibição não impede que sejam implementados programas massivos de prevenção e tratamento, o que é fundamental.


Se os governos permitissem ou regulassem o uso das drogas, como ocorre com o álcool, certamente, o número de consumidores aumentaria assustadoramente, pois a percepção do risco deixa de existir. Para que se tenha uma ideia, aproximadamente 75% da população brasileira já provaram álcool, contra menos de 9% que fizeram uso da maconha (Senad, 2005).


A solução do problema das drogas virá das pesquisas médicas e da prevenção, enquanto a descriminalização poderia provocar problemas muito mais sérios, como uma epidemia de consumo de drogas. Não é necessário descriminalizar qualquer conduta para que a prevenção e o tratamento sejam aperfeiçoados, enquanto, paralelamente, são realizadas ações de redução da oferta. Afinal, quanto menos droga houver, melhor para a qualidade de vida de todos.


Por José Theodoro Corrêa de Carvalho, Doutor em direito, promotor de Justiça do MPDFT, conselheiro do Conen/DF, professor de Direito Processual Penal e autor do livro Tráfico de drogas.


Fonte: Correio Braziliense de 21/06/2011
Sinto sua falta e ninguém pode ver.