domingo, 27 de fevereiro de 2011

Tudo que vai, volta.

"Tudo o que fizeres voltará em triplo, de volta para ti"

"Para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade."

"O que estas frases tem em comum???
São relativas, mas de leis diferentes...
A 1ª frase tem a ver com a Lei Tríplice, comumente usada na wicca, é a única lei desta religião...
E a 2ª frase tem a ver com a Terceira Lei de Newton também é conhecida como Lei da Ação e Reação, ou seja...
Tudo que vai, volta!
Isso é na ciência e na religião...
Tenha sempre cuidado com o que você faz, pois pode voltar para você mesmo...
Você já vivenciou isto na sua vida??? Aposto que sim!!!
Estas leis fazem parte da nossa vida, não há como fugir... não mesmo...
Intrigante isto né?!
É... isto é a realidade... "

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Aventuras da paixão.


Ligou pra ela no meio da tarde ensolarada.
- Estou passando aí pra te pegar!
- Como assim?! Sabes que não posso sair agora!
- Mas TEM que ser agora. Só coloca uma roupa. Estarei aí em dez minutos.
Colocou shorts, camiseta, uma rasteirinha, lembrou-se de pegar os óculos de sol e ele já tocava o interfone.
Beijaram-se de leve. Entraram no carro.
- Onde vamos?
- Verás. Tive uma ideia. Vais gostar.
Rumaram em direção às praias.
Chegaram numa praia mais afastada. Estava vazia, pois ainda não era época de temporada.
Caminharam pela praia brincando e se provocando até chegarem perto dos costões.
Atravessaram o primeiro, que dava para uma prainha reservada.
Ela passou pelas pedras reclamando que não gostava de aventuras em ambientes tão “selvagens”.
- Sou muito urbana, sabes que não curto isso!
- Ih, o clima está esquentando...
- Mas é verdade!
No final das pedras a pegou no colo e foi caminhando mar adentro.
Ela deu um grito!
- Não faz! Me solta!!! Meu Deus!!! Mas... e agora? To com a roupa toda molhada!
Jogou-a.
Ela emergiu rindo...
- Eu trouxe outra no carro, sua boba... Agora vem cá morena, vem... Deixa eu tomar água salgada da tua boca.
E beijaram-se dentro d’água, vestidos e molhados...
Não foi suficiente. Saíram da água meio atrapalhados, pois não queriam se desgrudar...
Tiraram a roupa ali mesmo e transaram sob o suave Sol de primavera...
Suados, voltaram para a água e lá continuaram a se provocar por mais algum tempo... já na suavidade do depois.
Subitamente, se deram conta de que aquilo tudo ali tinha sido uma grande loucura!
E saíram da água, vestiram as roupas, voltaram para o carro serenamente, abraçados e rindo de si mesmos... e do que a paixão é capaz.

Submissa a você.

Por que me submeto a ti?
Aos teus desejos?
Aos teus horários?
Aos teus caprichos?
Sei que não podia.
Sei que não devia.
Queres me fazer refém.
Então está bem.
Me rendo.
Me tens.

O indecente é mentir, viver de mentiras.


"Eu não tenho vergonha de dizer palavrões, de sentir secreções (vaginais ou anais).
As mentiras usuais que nos fodem sutilmente, essas sim são imorais, essas sim são indecentes."

Você se foi mas ainda há pedaços de você em mim .
Como outrora já te disse...
'Levo você no coração aonde quer que eu vá.'

Faça o necessário para se sentir plenamente feliz.


"Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o
!"

Um sorriso incomparável, insubstituível.


Mesmo depois de conhecer vários novos sorrisos, o dele ainda é meu preferido.

O que era só momento, ou um simples passatempo...

Eu quis ele por uma aventura, uma risada, uma distração.
Depois quis o colo dele para sempre.

Quanto tempo já passou e a gente nem se falou...


"Tem dias que me bate uma saudade do dia que te conheci. É uma vontade "monstra" de voltar no tempo, só para viver tudo de novo, do mesmo jeitinho. Hoje foi um dia desses, do nada lembrei de você, do seu sorriso, do seu abraço e do jeito que você alisava meu cabelo, e do jeito que você mexia nas minhas bochechas... Me faz uma falta enorme, uma falta que eu nem imaginava que ia fazer, mas infelizmente faz!"

"Então, me diz alguma coisa
Bate aqui de madrugada
Pra lembrar daquele tempo
Pra sempre ou só por um momento
Me dá um beijo na boca
E depois me leva pra tua casa "
Charles Master / Armandinho

amor se esvaindo, ou nos tornando fontes?


"Sob o chuveiro amar, sabão e beijos
ou na banheira amar, de água vestidos,
amor escorregante, fogo, prende-se,
torna a fugir, água nos olhos, bocas,
dança, navegação, mergulho, chuva,
essa espuma nos ventres, a brancura
triangular do sexo - é água, esperma,
é amor se esvaindo, ou nos tornando fontes?"

Mulher sem razão, ouve o teu coração.


"Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou
Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dá um pouco de atenção
Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não tá com nada
É uma festa na prisão
Nosso tempo é bom
Temos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto
Na escuridão do quarto"


Não adianta sair por aí procurando, às cegas, um grande amor


"De nada adianta sair por aí procurando, às cegas, um grande amor. Procures por ti. Viva, faça tuas escolhas, assuma as tuas lutas, trilhe teu caminho e siga em frente. Quando menos esperares, ele aparecerá durante o trajeto... e passará a caminhar contigo, sem exigir grandes renúncias, sacrifícios insuportáveis, escolhas difíceis ou sofrimentos desnecessários."

"O que eu gosto do teu corpo é o sexo.
O que eu gosto do teu sexo é a boca.
O que eu gosto da tua boca é a língua.
O que eu gosto da tua língua é a palavra."

(em Papéis Inesperados, p. 484)

Despedida.


Havia se arriscado demais. Tinha tomado mais iniciativas do que deveria. Foi ousada.
Sabia o porquê. Por causa dele. Da certeza de que já tinham estado juntos. Não sabia onde, nem quando ou como.
Alguns momentos demandam técnicas racionais, outros carecem de transgressões emocionais. E sabia o que haviam se permitido.
A simples constatação quando finalmente o sentiu, quase lhe tirou a eloquência.
A comunhão é facilmente perceptível aos atentos.
Ocorre que o tempo pode ser um grande inimigo.
Tudo o que a prendia, segurava e continha, não seria desatado em algumas horas. Não conseguiria transpor tão facilmente a frieza que há muito estava se impondo nos relacionamentos. E intimidade física não demanda o encurtamento da distância que protege o coração.
Mesmo assim foi intenso... e pôde sentir novamente a felicidade que essa vibração é capaz de proporcionar...
Depois do pedido para que não calasse, viu-se falando e rindo, a despeito de perceber por dentro a mais absoluta desordem de sentimentos. E era justamente sobre isso que queria falar: de si, dele, das angústias, do tesão, de paixão, das dores, do arrebatamento, do sofrimento, de prazer. Mas ele mantinha idêntica distância: respeitosa e estratégica. Entoavam o mesmo mantra.
Ela também já tinha passado pela experiência de deixar que um homem a visse chorar na despedida e sofreu por ter se permitido. Não foi fácil constatar que os homens se sentem responsáveis ao ver uma mulher chorar; que ficam perdidos, sem saber o que fazer, porque não querem responsabilidades; querem fugir; desapegar. Por essa razão tinha prometido a si mesma que não o faria novamente. Sabia o quanto se libertar naquele momento poderia ser determinante. Não o conhecia o suficiente, pois assim também não lhe fora permitido, então preferiu não arriscar.
No derradeiro momento controlou-se, embora tivesse certeza absoluta de que se ele permanecesse ali, por mais um minuto que fosse, não conseguiria conter as lágrimas.
Quando enfim ele se foi, o peito cogitou outras possibilidades... mas era tarde... havia perdido para sempre a chance de sentir a leveza das mãos dele enxugando-lhe as lágrimas que finalmente permitiu correrem, sem medo.

Um sabia o quanto de si habitava no corpo do outro.


"[...] A cada despedida inúmeros sentimentos se misturavam, pois um sabia o quanto de si no corpo do outro habitava, embora nossas vidas seguissem apartadas. Sob a tranquilidade do adeus havia tanto a ser dito, e sempre, que, como num pacto silencioso, nunca nos permitimos.
Deveríamos ter comemorado mais nosso encontro, pois hoje sabemos o quanto de amor nos foi permitido compartilhar. E há tantos vazios por aí que pensam e dizem amar...

Tudo de ti em mim está preservado num lugar onde nunca ninguém andará.

Não há tristeza, não há lamento, apenas uma doce saudade...
um pouco saciada pelo tom inconfundível da tua voz...
sempre foste mansidão..."

Pele na pele.


Era assim, todos os dias cometíamos uma loucura, mas uma loucura saudável. Pele na pele. O que nos regia era algo sempre melhor. Não vivíamos em uma constante monotonia, vivíamos a nos reinventar a cada tarde. A cada beijo o gosto era diferente, a cada toque descobria um novo arrepio, uma nova maneira de extravasar os risos que nunca foram contidos.
Sentada a beira do mar, me procurando o cheiro do seu perfume passou a me cercar. Fechando os olhos e deixando somente o perfume exalar ao meu redor, foi como se pudesse sentir aquele toque, que me arrepia da pontinha do dedinho mindinho do pé, até ao interior da minha alma. Era uma sensação de prazer, sendo apaziguada com uma sensação de leveza.
Como se estivesse a flutuar, voltei ao casulo, deite-me na cama e era como se estivesse prestes a tê-lo. Sentia aqueles lábios beijando desde meus pés até a minha testa. Desnorteada, alucinada. Os gemidos urgidos, traziam-me um prazer como se estivesse em um amor louco, desvairado. Era como se estivesse presente, prestes a surgir de trás de uma fumaça de gelo seco, me surpreendendo, me tomando em seus braços e fazendo-me mulher como tantas outras vezes. Nossa história foi o próprio poema de Luis Camões e ao mesmo tempo a velha frase de Martinha "Não era amor... Era melhor".

Entre um espaço onde estamos sós, nós dois, eu sou sua e você é meu.


"Não importa quantas bocas beijar, quantos corpos atrair. Entre quatro paredes, entre um espaço onde estamos sós, nós dois, eu sou sua e você é meu. Somente nesses momentos, depois voltamos a ser dois pássaros livres. Não digo que sou prisioneira do sentimento que sinto por ti, mas digo que sou jardineira. Cada dia o rego com uma chuvinha de amor, aqueço com um raio de sol e enamoro com um luar.
Dos beijos o teu foi o que me fez querer voltar. Dos corpos o teu foi o que me despiu e me deu confiança para me entregar. E é isso que vale à pena. Olhar para trás e ver que sim, tudo valeu à pena e que eu não me arrependo de exatamente nada.
Se você precisa partir, eu entendo. Às vezes é necessário. Se nem nos somos para sempre, o que será? Não é? Se precisar de outra para ser feliz eu também compreendo. O que pode ser bom para mim, nem sempre será para o próximo. Sempre vou ter em mente fabula quando se referirem à gente como “nós”.
Agora sou eu, o seu desenho e o desejo de que bons momentos venham a meu encontro. Para que a cada momento que surja, eu possa viver intensamente sem pensar em um amanhã em um tempo paralelo. Quero viver apenas aquele momento. Quero aproveitar cada instante que eu puder ter. "(...)E te cuida, por favor. Te cuida bem.(CFA)". Vá e sejas muito feliz, meu amor."

O que vale é conhecer o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo.


"Conheço tão bem aquele corpo e de forma tão intensa que me sinto ainda nele, cada toque um arrepio novo. E todos os dias os olhos se cruzam e se comprimentam dizendo: - eu não esqueço daquele arrepiozinho que as unhas proporcionavam nas suas costas. - Eu sei, eu sei".

Diante da crise de sentimentos confusos de uma mulher, é melhor silenciar.


"Às vezes não perguntar é curar. Quando a mulher que ama chega em casa abalada e desconsolada, a primeira reação é questionar: "o que aconteceu?"
Mas
não aconteceu nada que possa ser resumido, explicado, esclarecido.
Nâo ocorreu um acidente, um terremoto, uma notícia; as vítimas
são apenas sentimentos desarrumados e confusos.
E diante da falta de resposta já se pressupõe uma traição, uma ofensa...
Não percebe que ela está precisando somente de seu silêncio. É tão difícil doar silêncio...
É isso que ela pede, algo mínimo, algo discreto, algo despretensioso: o silêncio da lealdade. A fé.
A quietude da segurança.
Que não fale nada, que não julgue, que não duvide, pois ela está cansada de ser abreviada, atalhada, sentenciada, concluída.
Está farta de que falem por ela.
Está farta de lutar para se defender, para ser compreendida, de começar de novo, quem não fica?
Que a receba em seu colo e dedique horas a fio beijando-lhe os olhos, dando voltas nas quadras de seus cabelos, consolando-lhe a pele.
Que a sua curiosidade não estrague a comoção.
Não dê ouvidos para a tristeza, dê ouvidos para os barulhos da casa. Os barulhos da casa cicatrizam qualquer ferida.
Não chamar atenção para si é um modo de estar presente nessas horas.
Ao acordar, ela não perguntará nada. Devolverá a boca, agradecida. E o abraçará como se tivessem conversado a noite toda sobre os problemas.
Na verdade, conversaram sem a arrogância das palavras."


(em O Amor Esquece de Começar, p. 174-175).

Desejo...


"Ela deslizou a mão para dentro da mão dele. Ele puxou com a ponta dos dedos uma mecha de cabelo que caía sobre o olho dela. Ela sentiu o desejo subindo pelo estômago até a boca que grudou na dele. Era uma onda. Um tumulto. Sua boca roçando de leve a orelha dele. Os ombros. A parte interna dos braços. Vê-lo estremecer. Senti-lo estremecer e deixar o toque ainda mais sutil para que o estremecimento fosse ainda maior. Tocá-lo com os lábios e com a língua sobre as costelas, contar as costelas com o hálito e com a ponta dos dentes, tocá-lo com a língua na curva da cintura, na barriga, sentir o roçar dos pêlos que cresciam em volta do umbigo. [...]"


Tipos de mulheres.


Existem vários tipos de mulheres.
Os homens sempre sabem com qual delas estão lidando.
Há a valentona, a frágil, a prendada, a feia, a vulgar, a rapidinha, a pudica, a inteligente, a séria, a maluquete, a bonita, a gostosa, a devagarinho...
E há a tudo-ao-mesmo-tempo-agora.
Pois é. Com essa fica complicado, pois a cada momento uma das características destaca-se mais que as outras, deixando os possíveis interessados perdidos.

Algumas mulheres já concluíram terem passado tempo demais sendo o homem da relação: enfrentavam, decidiam, analisavam, bancavam, trabalhavam, cuidavam, proviam.
Então algumas decidiram querer passar por uma fase bem mulherzinha: além de meiguinha, queridinha, cheia de delicadezas, uma Amélia(!), também querem ser socorridas, salvas, amparadas, ajudadas, além de ‘afofadas’, amadas, beijadas, bajuladas, agradadas, acarinhadas, 'full time'!!!
Ah, e inseguras! Querem poder se sentir beeeeeeeeeeeem inseguras... ciumentas; sendo egoísta e atendo-se em cuidar bastante de seus corpos, mente e espírito; querendo sair com 'seus' homens para todos os lugares e desfilar, bem agarradinhas!
Não seria mesmo uma delícia?!
Sim, porque os homens podem dizer que querem alguém com quem dividir as obrigações, uma mulher inteligente, com quem possam compartilhar tudo, mas nunca bancam esse tipo de mulher. Ficam inseguros, têm medo de beijar, abraçar, se entregar, se envolver, se declarar. E acabam ficando com as menininhas ou as Amélias! Tão mais fáceis de lidar!
E as mulheres estão mais independentes, bravas e lutadoras. Podem até dizer prescindir da gentil presença masculina que lhes abre a porta, envia flores, lhes tranquilizam no calor do abraço protetor, mas apenas porque não têm coragem de admitir ser isso uma inverdade... e acabam por travar uma luta com o homem macho que gostariam não fosse tão macho assim.
Então, percebo que, embora todos pensemos as mesmas coisas: que se declarar não significa amor eterno; que compartilhar não significa só discutir dinheiro e carreira; que dengos e mimos cabem aos dois, na sutileza da percepção de quem mais necessita em determinado momento, estamos todos muito estanques nos papéis invertidos.
Homens e mulheres perdidos. Com medo de expor suas dúvidas e fragilidades para que depois possa se instalar a sintonia do não dito. Não damos tempo a isso. Fugimos antes de nos deixarmos mostrar. As relações estão cada vez mais superficiais e talvez por essa razão nos sentimos mais sós, nos ocupando em idealizar algo inviável.

Encarar as coisas como realmente são, é melhor do que tentar vê-las como parecem.


"Apenas quando tivermos a coragem
de encarar as coisas exatamente como elas são,
sem enganar a nós mesmos nem nos iludir,
surgirá uma luz dos acontecimentos,
permitindo que o caminho do sucesso
seja reconhecido
."


I Ching
Hexagrama 5, Hsü,
Espera (Nutrição)

Nós, mulheresm, somos múltiplas.

"Somos múltiplas, vivemos de forma muito mais intensa e com mais expectativas. Até nossos orgasmos podem ser múltiplos. Já os homens são educados para não esperar que o amor seja eterno. Como não esperam muito, não têm tantas ilusões. São mais tristes nesse sentido. Viver sem esperanças loucas é muito triste. Essa vivência mais intensa dá às mulheres a capacidade de se colocar no lugar do outro."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aprendendo a ter a liberdade de assumir nossas necessidades.


"Ainda somos muito educadas para não exprimir os desejos da mesma forma que os homens. Por outro lado, eles também são educados para prescindir do amor em favor do desejo. Mas, hoje, há uma recombinatória desses fatores, e pela primeira vez estamos aprendendo a ter a liberdade de assumir nossas necessidades."

Aquele gosto.


Hoje deves ter acordado tarde - com aquela carinha amassada, pedindo para ficar mais do que o necessário na cama -, passeado por aí de mãos dadas, almoçado a segurança da comida de sempre e experimentado algum vinho novo.
E eu agora escrevo não para te enviar essas palavras, mas para não me esquecer dos teus dedos nas minhas costas e dos meus encaracolando ainda mais teus cabelos; de que o mundo parece mesmo uma porção de coisas desnecessárias e sem sentido quando é possível estar perto de quem se gosta. É que precisarei lembrar disso nas insignificantes manhãs de quarta que ainda virão.
Afinal, o que fizemos foi sexo, amor ou sacanagem? Às vezes me parece sexo; de vez em quando amor; por outras me parece algo ilegal, imoral, ilícito. Talvez atentado aos bons costumes e à paz da vizinhança, que a tudo ouviu calada. Ainda bem.
Há tempos não sentia desejo tão forte ao repousar meus olhos em outros olhos, nem tanto prazer em trocar o olhar pelo sorriso.
Até agora desconfio que ficar tranquilamente deitada contigo, como se o mundo tivesse parado para fazer silêncio para nós dois, pode não ter sido realidade, e que tudo o que não foi dito sob o pretexto de não sermos invasivos ou levianos, não passou de um jeito de aproveitarmos um ao outro sem desperdiçarmos nada do pouco tempo que nos foi destinado. Com certeza evitou que as palavras ecoassem e nos enlouquecessem a ponto de apagar o registro do que realmente importa.
Sabia que voltaríamos a esconder nossas tristezas atrás do que nos cerca. A vida retoma seu ritmo.
Sabia que a tua rotina tornaria a ser massacrante e impiedosa comigo. Sempre foste claro nas tuas prioridades.
Sabia que continuaríamos nos agarrando a afetos passados. Afinal, é preciso sobreviver.
Sabia que tudo de mim que havia mostrado para ti não encontraria correspondência. Confiança não se pede, se (re)conquista.
Ocorre que cada um dos toques, suspiros, olhares e gemidos, denunciaram o que ficaria de ti... e são essas pequenas lembranças que te trazem para perto de mim o tempo todo... e gosto!

Um sexo diferente.


"Sexo com Malu sempre foi algo diferente do que eu estava acostumado. Não sei explicar. Por que uma trepada é inesquecível e outra dispensável? Beijar a mão de Malu me emociona. Olhar as suas pernas me emociona. Tocar os seus lábios me emociona. Dar um beijo de leve, passar a mão nos seus cabelos, vê-la andar, se vestir, sorrir, vê-la com a boca no meu pau, com a mão nele, com o corpo sobre ele ou olhando para ele, me emocionam. E quase foi assim desde a primera vez. E mais. Ela me ensinou a tocar, lamber, até a beijar, do seu jeito, do jeito que gostava, enquanto eu me imaginava um mestre na arte de. Me ensinou a passar a mão, a escorrer os dedos, a observar as nuances, quando eu pensava que sabia de tudo. [...] Eu ficava sentado, ela se sentava à minha frente. Ambos, nus. Sentia-se o calor trocado, a respiração, a umidade, mas não havia carne se explorando. Ela ficava assim uns minutos, olhando pra mim. Não havia música, havia pouca luz. Não havia bebida ou droga. Lucidez, serenidade."

Um barzinho. Pessoas para todos os lados. Pessoas rindo. Pessoas conversando. Bebida. Risadas. Pessoas vivendo. Confraternizando. Convivendo. Interagindo. Eu apenas sentado. Quieto. Observando. Fumando e bebendo. Não tinha saído pra paquerar muito menos pra caçar. Não estava procurando uma foda. Não estava procurando conversa. Não estava procurando interagir. Queria beber. Relaxar. Fumar. Relaxar. Sair dali, voltar pra minha casa e só isso. Mas não foi isso que aconteceu. Como sempre parece que a vida me testa, e que certas coisas me provocam pra saber se eu ainda estou vivo. Por mais frio que eu possa parecer, corre sangue Mexicano nas minhas veias. Sangue quente. Sangue que pulsa como um vulcão em erupção. E por mais que eu seja quente, corre gelo nas minhas veias. Paradoxo? Vocês não viram nada...

Estava apagando a bituca do cigarro, com a cabeça e olhar baixo, olhando fixamente pro cinzeiro, assim que levanto os olhos vejo a Desgraça na minha frente. Parada. Em silêncio. Me olhando. Acendo outro cigarro. Dou uma tragada forte. Solto a fumaça. O sangue pulsa e o ódio aparece pra me dar oi. Da boca da Desgraça começam a sair algumas palavras:
- Oi...
- ...
- Tá tudo bem com você? Quanto tempo, né?
- ...
- Sei, que você ainda deve me odiar, sei que você ainda...
Um garçom conhecido passa perto da mesa. Levanto, olho pra ele e peço:
- Reginaldo, trás a minha conta aí. Vou no banheiro, já volto aqui e pego, beleza?
- Claro, Dave, vai embora cedo hoje...
- Pois é...
Apago o cigarro como se fosse quebrar o cinzeiro ao fazer isso. A Desgraça continua parada, com aquela expressão falsa e dissimulada, querendo me fazer acreditar que doeu minha indiferença. Só mais algum jogo manipulador e maquiavélico de um ser vil e calculista. Nada além disso. A vacina pra esse mal, já tomei. O vírus não irá me contaminar novamente. Saio de perto da mesa e passo pra seguir em direção ao banheiro. Ela segura meu braço e diz:
- Fala comigo!
- Não che-ga per-to de mim sua VADIA PSICOPATA!!!
Tiro a mão dela do meu braço com truculência e faço cara de nojo por aquela puta maquiavélica ter me tocado. Um cara se aproxima com olhos arregalados, rosto vermelho, olha pra ela, colocando a mão em seu ombro e me diz:
- Tá louco, cara? Você não vai falar com ela assim na minha frente!
- Ah, não? Você vai fazer o que?
- Olha aqui, cara...
Me aproximo do protótipo de Ken da Barbie, mais um boneco criado pelo sistema, com suas roupas caras de grife, seu cabelinho cheio de gel e sua cara de merda e digo:
- Tô esperando, e aí, que que é mesmo que você vai fazer...Babaca!?
Ela coloca a mão no peito do otário e segura o choro. O cara passa mão na cabeça dela, a abraça, olha pra mim e diz:
- Isso não vai ficar assim!
Ela pede que ele pare, e ambos caminham em direção a uma mesa. Eles saem, com ele dizendo que não deixaria "aquele cara" tratá-la daquele jeito e que por tudo que ele sabia da história, ela não merecia e não merece ser tratada assim por ninguém. Nesse momento pensei: A versão contada por ela, com certeza é digna de melhor roteiro e deveria ganhar o Oscar. Psicopatas tem esse poder de contar histórias fantásticas e viver diversos tipos de personagens. No fundo eu apenas sentia pena daquele babaca, que acha que conhece aquela aranha punheteira, sugadora de alma e sentimentos. Bom, que ele faça bom proveito. Com o tempo, ele vai ver que uma loira de olhos verdes e bonita, pode ser mais horrenda que o pior dos monstros das trevas.

Fui para o banheiro. Entrei. Mijei. Estava lavando as mãos, e o Ken da Barbie entrou. Entrou e fechou a porta do banheiro com a chave. É... Aquilo já avisava que eu a noite não acabaria bem...
- Olha aqui, cara... A gente vai ter uma conversa. Eu sei quem é você e sei tudo que aconteceu entre vocês dois.
Sorri com desprezo e caminhei até o secador de mãos. Sequei as mãos. Peguei uma folha de papel toalha, terminei de secar pois queria sair dali rápido. Meu Demônio já gritava dentro de mim ao ouvir aquelas merdas que estava ouvindo e eu sabia que a porta da cela onde ele se encontra poderia ser aberta a qualquer momento e que meu Dark-Side viria a tona, mas parecia que aquele encontro já estava marcado. Joguei o papel no cesto de lixo e segui em direção a porta. Ele ficou de frente pra mim não me dando passagem. Pedi licença uma vez. Ele não saiu. Pedi licença duas vezes, ele não saiu. Pedi licença pela terceira vez e ele disse:
- Hoje você vai ouvir algumas verdades! E você não vai sair daqui antes de eu te falar tudo que tá entalado aqui! Por bem ou por mal. Mas você não vai sair daqui antes de ouvir tudo que eu tenho pra te dizer!
Por alguns segundos pensei: Quem esse merda, com cara de Engenharia da USP pensa que é pra achar que eu deveria ouvir verdades de alguém que nunca vi na vida? O que que esse merda tem na cabeça? Abaixei a cabeça, levantei, e sorri com escárnio:
- Sai da minha frente, e agora a educação acabou.
- Não vou sair.
- Ah, não?
- Não!
- Pois bem...

Cerca de uns 10 minutos depois, lá fora na rua, sentado na moto, já colocando o capacete, ouvia vozes altas, uma certa correria e pessoas afoitas andando pra lá e pra cá. Sorri de forma maléfica, desci a viseira, girei a chave, acelerei e fui embora. Já chegando na esquina, vejo um carro do Resgate dos Bombeiros, entrando em alta velocidade, indo em direção ao barzinho. Fiquei pensando:

- Será que aconteceu alguma coisa?

É ai que você me quer...


É aí que você me quer, aí deslizando minha mão entre a sua nuca e o seu pescoço, passando o dedão no seu rosto, te puxando com pegada e te roubando um beijo. É aí que você me quer, com a minha língua dentro da sua boca, se envolvendo na sua língua, explorando cada canto da sua boca, e te deixando cada vez mais ligada em mim. É aí que você me quer, deslizando as mãos pelo seu corpo, passando pela sua cintura, quadris, coxas, pernas, bunda... Te fazendo morrer de vontade dos meus toques e carícias ousadas. É aí que você me quer, te agarrando, te beijando, te abraçando, te fechando dentro de uma teia de desejo e vontade onde o único caminho que você tem é se entregar ao momento. É aí que você me quer, com as mãos entre suas pernas, passando a ponta dos meus dedos na sua virilha, te provocando por debaixo do seu vestido colorido e a sua calcinha branca, enquanto a gente finge que assiste um filme no cinema. É aí que você me quer, em cima da sua mesa, de frente, trançada em mim, em cima dos seus papéis, deixando tudo cair no chão, e misturar sexo e tesão, entre seus escritos e afazeres. É aí que você me quer, na sua cama, debaixo do seu edredom colorido, em cima de você, matando sua sede na saliva, abraçado contigo, e indo devagar, sem pressa, indo e vindo, dentro de você, com calma, só sentindo você quente e molhada, gemendo baixinho, enquanto envolvemos nossas línguas uma na outra, e fingimos que ficaremos nesse sexo carinhoso e calmo durante toda noite. É aí que você me quer, no chão da sala. Indo pra cima de você como um Lobo faminto. Arrancando sua roupa, enfiando a mão por dentro do teu vestido, tirando sua calcinha, e te penetrando com rapidez e precisão, enquanto você trança as pernas em mim, e me pede, me pede ali, mais e mais, dentro de você, incansavelmente dentro de você. É aí que você me quer, debaixo do chuveiro, te encostando na parede, ajoelhando aos seus pés, e te fazendo aquele sexo oral, que você morde os lábios toda vez que imagina minha língua te explorando, te provocando, te lambendo, minha boca te sugando, te chupando, e você extasiada enquanto a água quente cai sobre os nossos corpos dentro daquele boxe cheio de fumaça e desejo. É aí que você me quer, no sofá da sala, no meu colo, olhando nos meus olhos, encaixada em mim, subindo e descendo, indo pra frente e pra trás, rebolando, e variando beijos de língua e chupadas no meu pescoço, com sua cavalgada que tem como objetivo me fazer explodir dentro de você. É aí que você me quer, tirando sua blusa, abrindo seu sutiã, tocando seus seios, beijando seus seios, lambendo seus mamilos, e mamando em você, até senti-los cada vez mais e mais durinhos dentro da minha boca. É aí que você me quer, te pegando de quatro na sua cama, te segurando pelos quadris, e te comendo num ritmo frenético. Indo fundo dentro de você. Te segurando pelos cabelos e não parar aquela sequência de estocadas profundas, onde você se sente completamente preenchida por mim. É aí que você me quer, dormindo de conchinha contigo, acordando ao teu lado pela manhã, te dando bom dia e já te roubando um beijo de língua, nem deixando você despertar e já me preparar pra te pegar de ladinho, logo nas primeiras horas da manhã. É aí que você me quer, num quarto de motel... É aí que você me quer, na sua sala... É aí que você me quer, no seu quarto... É aí que você me quer, no seu banheiro... É aí que você me quer, no sofá... É aí que você me quer, na pia da cozinha... É aí que você me quer, na sua cama... É aí que você me quer, em cima da mesa... É aí que você me quer, no chão, na parede, num lugar proibido, em cima da moto, nos fundos da igreja, atrás do estacionamento, dentro de um banheiro de restaurante, no final de um casamento, num ponto distante de um parque, na calada da noite, no iniciar do dia, no meio da tarde, por toda madrugada... Você morde os lábios, leva sua mão entre suas coxas, aperta suas pernas nela, fecha os olhos, e o que vem na sua cabeça, sou eu ali, aqui, lá, onde você estiver, como você estiver, e fazendo tudo que você mais quer. Aí você abre os olhos, sua respiração fica ofegante, você respira fundo, você sente seus mamilos ficarem duros, uma gota de suor escorre pela sua nuca, você morde os lábios novamente, olha atentamente pra cada uma dessas palavras, e a única coisa que você consegue imaginar e querer agora... Sou eu, dentro de você.

Por um momento.


Por um momento, senti uma vontade enorme de um abraço. Um simples, porém longo e demorado abraço. Um simples abraço que viria e aconteceria cheio de significados e ao mesmo tempo, mais simples do que possa parecer.
Por um momento, senti uma vontade enorme de sentar no alto de uma montanha e conversar contigo por horas e horas. Chegar cedo, passar a tarde, e ver o por do sol; falar, falar, falar. Te conhecer cada vez mais e melhor. Assim... Aos poucos. Sem pressa. Naturalmente.
Por um momento, senti uma vontade enorme, de sentar na sala contigo, pedir uma pizza, encher a cara de vodka e Coca Cola, e ficar ouvindo e cantando Oasis, enquanto a gente ria das dores, angústias e mazelas da vida. Enquanto a gente dividia um momento simples, mas ao mesmo tempo cheio de significados que nem nós mesmos conseguimos identificar quais são, mas apenas... Deixamos acontecer.
Por um momento, senti uma vontade enorme, de te olhar nos olhos, ficar em silêncio. Acariciar seu rosto, me aproximar e fechar tudo que vivemos nesse dia, com um beijo. Um beijo doce. Lento. Calmo. Mas cheio de intensidade e desejo. E depois, te olhar nos olhos novamente, te abraçar e falar no seu ouvido:

" Não me pergunte o porquê, mas por um momento, eu quis você. "

Caminhamos até um dos muitos motéis pequenos e baratos que tem na Augusta. Entramos, paguei e subimos. A gata realmente sabia o que queria. A safada fodia bem. Chupava com experiência. Cavalgava como uma boa amazona. Rebolava de forma fantástica de quatro. Uma puta gostosinha, uma gostosinha bem puta. Curtimos. Fodemos. Gozamos. Já era quase 06hs, ela nua deitada na cama pergunta:
- Você sempre fode forte desse jeito?
- Forte ou com vontade?
- Forte...
- Sempre. Esse lance de amorzinho, Romeu e Julieta e esses lances de cara que ouve Restart não é comigo.
- Enquanto você me pegava de quatro, puxava meu cabelo e me comia, parecia que você queria me matar...
Levantei acendi um cigarro. Caminhei até a janela. Fiquei olhando pro movimento da Augusta e soltava a fumaça do cigarro. Ela vestiu a calcinha e mexeu no bolso da minha calça. Ela encontrou a butterfly e perguntou:
- Você podia ter me matado!
- Não mataria.
- Por que não?
- Por que eu só enfiaria essa faca em uma única mulher...
- Em quem?
- Na buceta da Desgraça.
- Hã?
- Isso aí. Na buceta da Desgraça. Enfiaria. Torceria forçando o corte e puxaria pra cima, rasgando ela inteirinha. Enquanto o sangue caísse e eu percebesse o brilho daqueles olhos verdes se apagando, eu soltaria a fumaça do cigarro, forçaria o último corte e sorriria com escárnio. Nesse momento teria certeza de que fui vingado e que minha alma foi libertada da cela de ódio e mágoa localizada no inferno onde a Desgraça foi carcereira até esse encontro com a lâmina da minha faca... Dentro dela...

“Como se ele completasse o gesto que ela iniciava, o sonho que ela dormia. Sempre preferira os homens brutos. Mas ele a estarrecia com tanta doçura.
Ela também o espantava. O seu fraco sempre foram as mulheres delicadinhas. Mas ela o surpreendia com a sua intensidade e paixão. Como se gritasse as palavras que ele buscava, o sentido que não tinha. Como se iluminasse o valor de todas as coisas, coisas que ele antes nem percebia.”

A mentira.

De acordo com o dicionário Howaiss, mentira significa “dizer, afirmar ser verdadeiro (aquilo que se sabe falso); dar informação falsa (a alguém) a fim de induzir ao erro, não corresponder a (aquilo que se espera); falhar, faltar, errar, causar ilusão a; dissimular a verdade; enganar, iludir, não revelar; esconder, ocultar. Tais definições, no entanto, pouco dizem sobre os porquês da mentira. Por isso, vamos apresentar uma definição relacional (que leve em consideração o seu contexto), a partir do conceito de comportamento verbal. Beckert (2004) propõe que mentiras, promessas não cumpridas e omissões podem ser compreendidas quando se investiga a relação entre o comportamento verbal – o que se diz – e o comportamento não-verbal – o que se faz.

É o comportamento verbal, habilidade altamente desenvolvida, que nos distingue de outras espécies animais, permite solução mais rápida para problemas comuns à espécie ou ao grupo e possibilita transmissão de práticas culturais. Por comportamento verbal, entendemos todo comportamento (ação) de uma pessoa que produz efeitos noutra pessoa antes de produzir efeitos no meio. Por exemplo, uma pessoa que sinta calor pode pedir a outra que ligue o aparelho de ar-condicionado, no lugar dela mesma ligar. Seu comportamento (verbal), ou seja, sua solicitação agiu sobre outra pessoa e esta pessoa modificou o meio em que ambas se encontravam.

As pessoas tendem a descrever o mundo e construir afirmações sobre o funcionamento das coisas, sobre os seus próprios comportamentos ou comportamentos de outras pessoas, além de acontecimentos de uma forma geral. Essas descrições e afirmações são produtos da interação com o mundo e passam a fazer parte do cotidiano quando aproximam pessoas, geram “assunto” e possibilitam a comunicação. Quando uma descrição ou afirmação é formulada e emitida, o outro pode se utilizar dela para nortear/ balizar seu comportamento. Por exemplo, quando digo a um amigo que o litoral cearense é maravilhoso, pela beleza e imensidão, estou afirmando algo a partir de uma experiência própria, seja ela através da exposição às praias do estado do Ceará ou através de imagens e informações obtidas a partir de uma revista. No primeiro caso, diz-se que a experiência é mais intensa, mais completa e geradora de emoções. O segundo caso, onde estamos expostos à afirmação (informação) formulada por alguém, pode trazer parcialidade, subjetividade e não teria a mesma capacidade de gerar afirmação precisa sobre o litoral cearense. De qualquer forma, as duas situações possibilitam a formulação de descrições ou regras, sejam elas precisas, imprecisas, coerentes ou incoerentes. O amigo pode tomar a decisão para onde ir durante as férias após essa nossa interação. Ao voltar da viagem, ele faz contato e demonstra ter ficado extremamente satisfeito com o litoral cearense. O fato de descrever um lugar e isso ter orientado a escolha de um colega e tê-lo feito feliz se mostra gratificante.

Observa-se, então, que descrições ou regras formuladas por uma pessoa afetam o comportamento do outro. O exemplo citado trata de descrição coerente com fatos. Mas, e se um marido infiel disser algo como: "Eu juro que não te traí. Você é a única mulher da minha vida!" Essa descrição não se mostra coerente com os fatos. Por quê? É quase irresistível dar respostas como “porque ele é um mentiroso” ou “porque ele é um canalha”. Mas dizer que alguém é mentiroso ou canalha não diz muito sobre os motivos da mentira. Não conheço uma só pessoa que tenha nascido mentirosa, então, seria interessante entender porque algumas pessoas mentem em alta freqüência (os mentirosos) e porque outras mentem pouco ou não mentem. O exemplo em questão trata de alguém que teria condições de descrever a traição, ou seja, os fatos tais como ocorreram, pois ele vivenciou a experiência e, muito provavelmente, recorda-se dela. Mas, por que o relato “verdadeiro” não ocorreu?

Por que as pessoas mentem?

Há uma área de pesquisa em psicologia que se chama “correspondência entre o fazer e o dizer”, que investiga as variáveis relacionadas ao que se pode chamar de “dizer a verdade” ou “contar mentira”. Estudos (Paniagua, 1989; Lima, 2004) têm investigado situações geradoras da apresentação de relato coerente (verdade) ou relato incoerente (mentira). Os parágrafos a seguir estão baseados numa interpretação dos achados desses autores.

Pode-se dizer que há uma dicotomia, que seria falar a verdade, ou seja, descrever de forma coerente fatos acontecimentos comportamentos ou contar mentira, que seria apresentar uma afirmação pouco adequada ou incompatível com o que, de fato, ocorreu. Tanto falar a verdade quanto contar uma mentira, são comportamentos verbais aprendidos e mantidos pelas conseqüências que produzem, em primeiro lugar, para aquele que fala. Assim, se alguém é beneficiado por contar uma mentira, tal comportamento pode ser aprendido. Se mentir mais vezes trouxer “vantagens”, ele será mantido em alta freqüência. É importante, ainda, considerar que o comportamento de mentir pode afastar ou adiar conseqüências desagradáveis, como no exemplo do marido infiel que insiste em dizer à sua mulher que não cometeu traição. Assim sendo, mentir também seria aprendido e mantido.

As crianças mentem com freqüência para seus pais quando estes costumam repreendê-las pelo que fazem, quando punem deliberadamente seus relatos sobre o que consideram ser errado ou quando limitam muito as possibilidades sobre o que as crianças podem fazer. Então, elas mentiriam para ter a oportunidade de brincar com um coleguinha que não é benquisto pela sua família, mentiriam sobre ter realizado a tarefa de casa para assistir ao seu desenho favorito.

É necessário diferenciar o comportamento de mentir enquanto relato em desacordo com acontecimentos/ fatos do relato impreciso sobre algo pela falta de habilidade em descrever. Na mentira, uma pessoa tem consciência de que (sabe que) sua descrição não é coerente com o que fez. Por outro lado, uma secretária pode relatar (incoerentemente) ao chefe que entrou na primeira sala à direita do corredor da empresa e não atendeu à solicitação dele porque a sala estava fechada. Ela apresenta este relato (que não é verdadeiro) por não ter aprendido a diferença entre esquerda e direita.

Você quer que as pessoas digam a verdade?

Os psicoterapeutas procuram ter, na relação com seus clientes, uma audiência não-punitiva. Isso significa ouvir e não julgar, ouvir e não criticar, ouvir e não punir. Tal contexto é que torna possível o relato do cliente sobre coisas que não seriam ditas nem para os bons amigos.

Como foi afirmado anteriormente, pode-se mentir para ter acesso a alguma vantagem ou evitar “mal maior”. Assim sendo, as pessoas têm maior probabilidade de dizer a verdade diante de contextos em que o que elas dizem não é julgado, não é criticado, nem punido. Se um pai pune o filho quando ele relata que assistiu TV quando deveria estudar, é importante observar que ele puniu o comportamento do filho ter feito o que não devia, mas, puniu principalmente o comportamento de dizer a verdade. Pense, após ter sido punido por dizer a verdade, você a diria novamente?

É claro que nem sempre se pode aceitar a verdade sem que algum tipo de sanção seja administrada. Mas, se todo relato de alguém sobre o que fez ou como agiu diante de uma situação passa a ser criticado, julgado ou o relato passa a ser motivo para uma discussão, é provável que esse relato não ocorra mais ou que passe a ser um relato que apresente algo diferente do que ocorreu. Isso vale para qualquer relação interpessoal. Um amigo continuará dizendo a verdade sobre o que pensa sobre você se ele sentir-se ouvido.
Por isso, dar espaço para as pessoas dizerem o que pensam, relatarem o que fizeram é um bom caminho seja para um pai ou uma esposa continuar ouvindo a verdade.

Outra forma de aumentar a probabilidade do dizer a verdade em crianças ou adultos é valorizar, enaltecer e gratificar os momentos em que a verdade é dita. No caso das crianças, pode-se ensiná-las a dizer a verdade, expondo-as a algumas situações em que sejam acompanhadas e solicitando que elas relatem o que experienciaram. Elogiar, enaltecer e gratificar relatos mais próximos da experiência estabelece condição para a aprendizagem do “dizer a verdade”.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Você só esvazia o drama falando sobre ele.


"Você só esvazia o drama falando sobre ele. O trabalho de luto consiste também em falar sem parar sobre o assunto, até esvaziá-lo. Quando se perde a pessoa amada, é preciso falar sobre ela, fio por fio, para desinvestir a libido colocada nessa pessoa. Assim pode-se recuperar a libido para amar novamente. Quem não desinveste, pode estraçalhar-se depois".

Dor de "amor".


Outro dia me perguntaram como se cura dor de amor. Ah, gente, não sei. Realmente não sei. Me desculpem. Se existisse fórmula seria fácil. Mas não tem. E a única coisa que a gente não quer saber é de fórmulas quando o coração está em pedaços. Não adianta alguém falar "vai passar" porque a única resposta que vem nessas horas é uma pergunta: QUANDO? E ninguém sabe o tamanho do tempo e a gente acha que o mundo acabou, que o amor é marketing, enxerga qualidades onde a pessoa (aquela ingrata!) não possui e se vê num questionamento interior que não tem fim (e muito menos respostas): por quê? onde errei? E outras que nem preciso enumerar porque são sempre as mesmas. Só muda o objeto do amor e a intensidade do sentimento. Você pode ter conhecido a pessoa há uma semana mas tem certeza que é o amor da sua vida, a razão de tudo, a tampa da panela. Ah, então tá. E as amigas te consolam, a maquiagem borra e todo mundo come chocolate junto, enquanto a frase que mais odiamos ecoa no ar "se o sujeito não te quer é melhor você ficar sem ele". Ai, hora do choro aumentar! Pra amenizar, alguém diz que a atual do cara é uma sonsa. Han? Como assim? Você vai dizer: antes tivesse me trocado por alguém melhor do que eu! Estou certa? Pois é. E você sofre. Faz drama. Drama, não, dramalhão. Afinal você ama aquele filho-da-mãe de um figa que deixou seu orgulho ferido e sua auto-estima no chão. E a gente esquece os defeitos dele, esquece que ele tem manias estranhas e esquece também que, no fundo, não via futuro pra vocês dois. Verdade? Não, nessas horas nada é verdade. Sofrer por amor cega, dá uma super inspiração e deixa nossas mães preucupadas, essa é a única verdade. Eu já tomeio pés-na-bunda consideráveis e acho que se a Jeniffer Aniston pode, que sou eu pra fugir da regra. Já me disseram NÃO e nem por isso sou menos inteligente, menos legal, menos louca, menos linda, menos tudo, menos nada. A única coisa que tenho certeza é que eu NÃO ERA a pessoa certa pra aquele cara. Pelo menos naquele momento. Olha que simples. E sem aquela teoria furada de que o moço tem medo, algum trauma de infância e signo complicado. Quando a gente quer de verdade - meninas, acordem! - a gente vai até o inferno, desfaz casamentos, paga pra ver, apela para a baranguice e canta "Baby, come back" debaixo da janela. Porque o amor é brega. E disso ninguém escapa. Então, vamos aproveitar nosso minuto de lucidez (enquanto não caímos na teia do amor de novo) e apreder de uma vez por todas: não é pra gente se achar um lixo quando o amor acaba. Não é pra gente imaginar que a atual do seu ex é perfeita (acredite: elas nunca são). E definitivamente a gente não vai amar uma pessoa que não ama a gente. E ponto.

Mesmo que não o diga, você sempre sabe do que estou falando. Porque a gente sempre sabe.


"Porque você sabe, você sabe do que eu estou falando. Mesmo que não o diga, você sempre sabe do que eu estou falando. Porque a gente sabe. Porque há um elo invisível que nos une. Como uma música, aquela música que tocava aquele dia, lembra? Quando passávamos por aquele lugar e você olhou para mim e disse e olhou e riu e passou os dedos pelo meu rosto. Naquele exato momento, a música que tocava e nos acompanhava, os nossos risos, os nossos gestos, a música que ficara impregnada na memória junto àquele gesto, àquele amor, lembra? Porque depois, depois, ainda que o tempo passe e que eu passe e que você passe, ainda que, depois, cada vez que a música por acaso e qualquer lugar, uma festa, um filme, uma estação de trem, a música e tudo aquilo que ficou impregnado. Lembra?"

"... Vamos ser outra vez nóis dois. Vai chover pingos de amor..." [Kid Abelha]

Mas você não veio.


Pulamos a página quando tínhamos um mundo de amores guardado no peito. O riso, o rosto, o corpo, a mão. Tínhamos amor e uma saudade recente. Tínhamos quase tudo, mas você não veio. Por acaso ou desencontro. Por uma presença à toa fazendo demora no tempo: você não veio. Por alguma razão maior que eu, não tínhamos você. Numa memória, num abraço, em um novo laço. Nos planos, nos sonhos, nos dias felizes: você foi só ausência. Tínhamos quase tudo. E não arrisco um esquecimento pelo silêncio, pela cama arrumada, pelo coração vazio nem pelo amor que não tenho. Mas por respeito, arranco as páginas pelo tempo roubado, pela cor dos meus lábios (intactos), pelo excesso do gosto bom que só agora corre pelo corpo. Esqueço cada grito, por cada silêncio desvendado. Subtraio nos seus excessos. Tenho que deixar acontecer, rolar, desenrolar. Arranco a página pela eternidade que não foi vivida. No teu sempre que não é agora, o meu futuro nasceu pra se perder do seu. Pelo o que poderia ter sido só ontem ou só hoje e ainda assim seria eterno: construo amores possíveis.

A dor do silêncio.


"Nenhuma palavra dói mais do que a ausência de palavras. Você não é tolo e sabe muito bem disso. Você me impunha um silêncio devastador. Sumia, não dava notícias, fazia de propósito, queria me ver chegar perto da morte, paralisada, sem forças. Eu esperava o telefone tocar, ele não tocava. (...) Esperava o apito do meu computador avisando a chegada de um novo e-mail, ele não apitava. Esperava uma carta, um sinal de fumaça, uma mensagem no celular, esperava que você aparecesse e trouxesse consigo alguma palavra. Esperava e esperava e esperava. E você não vinha. Você me deixava a sós com esse silêncio que dói mais do que um grito arranhado, do que um corte profundo na carne, que dói mais do que a palavra dor".

Lembranças em baixo do tapete.

Então, ainda tem todos esses teus vestígios em mim que ficam gritando pelos meus poros. Fiquei surda, cega, muda. Ando distraída com toda essa espécie de vida além de mim que meu corpo tem tomado as rédeas. Então eu também sei que te uso como usei outros pra escapar dos meus fantasmas. Transformo você em assombração viva pra manter tudo o que guardo em baixo do tapete. Eu não deixo exposto nem a mim. E qualquer pensamento a respeito, faço sumir da minha mente da maneira como veio. Alguns velhos hábitos são difíceis de serem deixados de lado.

Seperar é preciso.

"A vida é um movimento continuo de auto-superação..."

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


"... Camisa empapada, calça já colando nas pernas. Suor de quem jogou futebol duas horas e ainda está pingando, com os cabelos desordeiros e a barba alerta. Qualquer mulher apressaria o chuveiro. Qualquer mulher mandaria me arrumar antes de conversar. Qualquer mulher abriria barreira com os braços: "Nem se aproxima". Qualquer mulher teria nojo, olharia de canto para não me enfrentar de frente. Qualquer mulher torceria o nariz e pegaria uma revista para fingir leitura enquanto espera. Para que me livrasse de mim, do hóspede incômodo, intruso. Que tranquilizasse primeiro a carne com sabonete e espuma, que arborizasse rapidamente o pescoço. Qualquer mulher, não a minha. Ela me enlaça quando chego. Nem me deixa explicar. Agradece que fui recebê-la assim, desajeitado, direto da rua, do compromisso. Atraída pelo meu cheiro como um animal em extinção. Aviso que vou me lavar, ela acena que não. Eu me desculpo dos modos, ela encaixa as pernas na minha cintura. Mantenho o respeito, ela confessa que gosta da brutalidade, da crueza. Tento afastá-la, ela xinga que não está nem aí. Vai me encabulando de anseios. Diz que é química. Não respira, fareja. Persegue cidades em mim. Repassa seu nariz pelo meu braço, de um lado para outro, de um lado para o outro, como quem enxágua os traços. Pede que eu tire as roupas, que venha para dentro. Agora. "

Autenticidade.


"Daí penso também outra coisa de gente grande:
Não adianta muito você se enfeitar todo para uma pessoa gostar mais de você. Porque, se ela gostar, vai gostar de qualquer jeito, do jeito que você é mesmo. Sem brilhos falsos."

Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz. Algumas pessoas simplesmente valem à pena.

Ironias do Amor


"Para termos chance no futuro, eu tinha que fazer as pazes com o passado. E para isso eu precisava de tempo Espero estar melhor em um ano, e estar sentada com você lendo esta carta. Mas se não estou, não é porque não o amo, porque eu o amo. E não é porque eu não sinto sua falta, porque eu já sinto. Isso só significa que ainda não estou melhor, e que essa história não acabou ainda."

O que Deus quer de nós é...

"O Senhor já nos mostrou o que é bom, Ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus."
(Miquéias 6:8)

Você é quem me passa energia positiva, quem me dá gosto de estar sempre perto.


Você não precisa mais de chocolate. Agora, você tem um cidadão que te causa o mesmo efeito. Que te dá uma sensação boa pelo corpo inteiro. Que te dá energia e que te dá gosto. Que dá gosto de olhar, de tocar, de sentir, de beijar. Ele dirige bem seu carro, seu corpo e, se sua vida fosse um filme, ele poderia ser o diretor. Ou o personagem principal. Ele escreve as coisas mais lindas que você já leu e, mesmo assim, ele consegue ler seus textos cheios de clichês. E ele é meio clichê do seu lado. Ele fala que te adora. Te chama de linda. Diz que te quer pra sempre. Mas enquanto o pra sempre não chega, você quer aproveitar cada segundo do lado dele. Você queria não ter hora pra ir embora. Você queria que ele não fosse embora. Você só queria rir com ele à noite inteira. E queria que a noite inteira não tivesse fim. Pra vocês falarem besteiras. Pra jogar conversa fora. Pra você falar das coisas fúteis sem parecer estúpida. A noite é sempre perfeita. Ri porque se diverte com ele. Ri porque ele consegue ser mais bobo que você. Ri porque não entende como pode ser tão gostoso estar do lado daquele cara que sabe que você é tão imprevisível e gosta da sua companhia mesmo assim. Está feliz de estar ali. E queria estar ali pra sempre. Você ri porque ele te convence, sem palavras, de que é o cara perfeito pra você. E faz com que tudo que você viveu antes dele pareça tão morno. Faz com que os outros caras que já passaram pela sua vida pareçam tão pouco. Ele admira seu sorriso. Diz que seu corpo é lindo. Adora seu cabelo. Suas pernas. Beija sua mão. Beija seu rosto com um carinho ingênuo. Toca sua pele e faz você se sentir uma mulher amada. Ele te abraça e muda o ritmo da sua respiração. Porque, na verdade, ele mudou sua vida. Ele não fez nada pra isso, mas te faz a pessoa mais feliz do mundo. Você não quer mais nada dessa vida. Quer ele. E só. Quer ele te abraçando com aquela mão macia. Com aquele corpo quente. Aqueles olhinhos brilhando do seu lado. Aquele olhar que fala sem palavras. Aquele sorriso mais do que fofo. Aquele cara que chegou e te rendeu sem o mínimo esforço. Por quem você abandonaria todos os outros caras interessantes que te ligam sábado à noite. Deletaria do seu celular todos os números de telefone. Por quem você largaria todas as outras propostas. Arriscaria começar tudo de novo. Ele é o cara pra quem você olha e pensa: fica na minha vida pra sempre?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

n.o.v.i.d.a.d.e.

Não quero amor de fim de noite. Não quero amor de uma noite só. Não tenho mais idade - nem saco - pra micareta. Não sei mais paquerar ou fazer joguinho de “não te quero só pra você me querer”. Não preciso que me queiram pra massagear meu ego.

Tenho foco. Sou mulher de um homem só.

Não preciso de conversinha com ex-rolos no Messenger porque sei bem o que eu quero. Não preciso de homem pra massagear meu ego. Não preciso testar meu poder de sedução mantendo possíveis casos amorosos na internet. Não preciso de ninguém pra me dizer o quanto sou linda, gostosa e inteligente. Pra isso, tenho espelho, academia, papel e caneta. Não preciso usar meu corpo ou muito menos minhas palavras pra conquistar alguém. Pra isso, tenho sentimentos que falam por mim.

Das duas, uma.

Ou você leu meu manual de instruções ou você tem uma bola de cristal em perfeita sintonia comigo. Só pode ser. Porque não é possível alguém ser assim. Alguém que me trata como uma princesa. Que faz todas as minhas vontades. Que despenca de tão longe pra me ver por tão pouco. Não é possível alguém ser tão tudo de bom e fazer tão do jeito que eu gosto. Não é possível uma sintonia tão fina. Uma perna tão grossa. Uma cabeça tão macia. Eu sabia que esse dia ia chegar. E chegou como um samba de carnaval. Me arrancou do chão. Aumentou minha pulsação. Me levou junto.

Eu sabia que um dia eu ia fazer tudo certo. E agora eu entendo porque. Porque agora todas as peças se encaixam e não falta mais nada.

Você fez a aposta. Eu perdi.

Perdi noites de sono em baladas freqüentadas por garotas de saias e cabeças pequenas. Por playboys deslumbrados, com algum dinheiro e nenhum pedigree. Por corpos sarados e mentes doentes. Festas com muita pose e pouca atitude. Com convites que custam caro e pessoas que se vendem por tão pouco. Me perdi e não encontrei ninguém. Torrei meu dinheiro e minha paciência. Estourei meu cartão de crédito e, por pouco, não estouro meus tímpanos. Mas, quer saber? Cansei de música alta.

Prefiro quando você fala baixo no meu ouvido. Prefiro ficar vendo os aviões brancos dando rasantes sobre nossos corpos tintos. Prefiro você suave. Prefiro o silencio dos seus olhos me dizendo que me ama. Prefiro sua voz de madrugada. Prefiro quando você se perde nas notas. Prefiro sua música, seu tom. Por você, eu dei uma nova chance a mim mesma. Eu dei minha cara a tapa. Por você, eu voltei a acreditar no amor adolescente e a ter calafrios na espinha. Por você, comecei a ter ciúme. Por você, posso largar música agitada e aprender a gostar de jazz. Por você, eu largo os vinhos baratos, os xampus caros e as roupas curtas. Porque quando você está dentro, não existe mais nada lá fora. O mundo acaba aqui, na gente. Porque você me faz tão sua. Porque você me faz tão eu.


Você precisa dar uma chance para você!


Sabe o que é? Você precisa dar uma chance para você!

Não, não é que você já não tenha dado, mas sabe você precisa, olhar para você e sentir a pessoa mais bonita, a pessoa mais feliz, aquela que ao passar pela rua, não será notada pela aparência mas sim, pelo seu sorriso, pelo seu jeito, sim por ser diferente. Se dê uma chance, corra para fora em um dia de chuva e sinta cada gota bater em seu rosto, sim isso faz bem, ou até mesmo sentar em uma grama olhar o sol nascer e agradecer a Deus por cada minuto, cada segundo, tudo o que Ele tem feito por você. O fato de você estar aqui agora lendo este texto, foi porque Deus te ama, e ele ainda quer ver muitos sorrisos neste rostinho ai!

Sim, agradeça a Deus por Ele te amar tanto!
Jesus te ama ! Deus abençoe, que vários sorrisos resplandessam em seu rosto.

Você é especial para Deus!

Fica contente :]


"Fica contente, amor, fica contente. Eu queria tanto que as pessoas todas fossem mais contentes, é tão bom ficar contente. A gente vê na rua todo mundo tão triste, por que as pessoas estão tristes? Ahn? Queria tanto sair por aí alegrando as pessoas, olha, não fique triste, segura minha mão e vem comigo que te mostro o jardim da alegria com Deus lá dentro, vem."

Lindos detalhes.


"Tinha um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção bonita, coisa de segundos e coisa imensa. Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá-lo até o lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser perdido. Eu via, olhos do coração abertos, e nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe. Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente pra nunca mais se perderem."

Uma conversa franca.

Olha, eu não quero estragar nada, e não; não tô rejeitando você. De forma alguma, nunca, jamais. Mas é que eu preciso falar uma coisa. O quê? Não, é algo necessário, importante. E não consigo. Pára, falo sério. Saí de cima de mim, não vêm com beijo e a química irresistível, que a gente já sabe que existe. Só deixa eu pensar cinco minutos e organizar tudo aqui dentro. Agora, não. Um tempinho, só. Eu vou falar, só quero falar direitinho, sem dar margem pra erro nenhum. De uma maneira que tu compreenda, e eu me sinta saciada em exprimir o que tá fora de compasso. Não posso continuar te enganando, e não quero frustração - nem da minha parte, nem da tua. Abrir o jogo então, me parece a melhor saída. Ou então, a única. Mas fica difícil formar uma ordem cronológica de falas, deitada aqui, e com cócegas e beijos no pescoço, toques de leve. Tá, vamos ver a novela, e depois eu falo. Prometo. Chega de ser curioso, eu vou ter que falar. Tá, tudo bem. Ei, não desliga a televisão. Não, por favor. Eu quero ver o capítulo de hoje, e se a gente desligar, pode até perder aquele outro programa que vai passar depois. Eu prometo o que eu cumpro, você sabe. Então agora relaxa, e deixa que eu falo quando tu menos esperar; te surpreendendo. Muito melhor, não? Hm, ok. Você que sabe. Ah, não fica nesse silêncio. Isso me corta por dentro, fico impelida a falar, e nem sei se é a hora, como colocar posto à mesa tal assunto, se você merece meu segredo. Fala alguma coisa. Qualquer palavrinha. Esse olhar terno, agora não; combinado à tua quietude me faz quase pular em cima de ti, e é exatamente o que eu não posso fazer. Embora, queira. Muito. Mas, não. Não vai dizer nada? Reizinho mandão, tudo tem que ser na hora que você quer, e quando almeja, onde deseja. Comigo, não.
Também não sou fã desses monólogos, me cansam. Mas se você não disser uma palavra apenas, é nisso que minha oratória se transforma. Um monólogo por opção. Tudo bem, eu entendo que você esteja se sentindo rejeitado, mas não é isso. O problema não é com você, é comigo. Não vejo como um problema, na verdade. Questão mesmo, fica mais bonito e expressa melhor como lido com tudo isso. Sim, você não deve estar entendendo nada, mas é isso. Não se assuste, nem se espante. É tudo verdade. A questão é totalmente minha, e foi pura escolha até agora. Tá captando a charada? Mais ou menos, ok. É que dizer assim reto, e sem subterfúgios, fica tão feio, tão sem graça...Mas tá quase. Liga a luz. É melhor, eu prefiro.
Ah, acha que sabe o que é? Sim, é isso. Fiquei vermelha? Ação e reação, né. Compreensível. Ou melhor, você me compreende? Que ótimo. Que lindo. Não fala muito mais, se não me emociono. Esperava outra reação, da tua parte. É que, escuta, eu preciso de segurança. Foi por isso que me mantive intacta. Eu simplesmente não quis seguir o rumo das circunstâncias, e ninguém que valesse à pena atravessou o meu caminho. Até agora. E na verdade, talvez eu tenha me fechado um pouco, sim. As pessoas me acostumaram tanto a ser só o meu corpo, a olhar apenas pra ele e nem pensar em alma, essência, que fui perdendo a esperança em ser creditada, realmente amada. Me querem apenas a carne. Enxergam nada além do que existe por fora, e eu acabo sentindo isso. Nas ações, nas palavras, no feeling. E daí, é a parte em que eu pulo fora. Tenho esse amontoado de relacionamentos desconstruídos, pela metade. Como quem sente o perigo, e corre pra longe. Uma chapéuzinho assustada, que sempre escapa do lobo. Por tanto fugir, se encontra cansada. Bem isso. Não sou produto, sabe? Nem quero me sentir assim. Prazo de validade, pra quê? Com você, como é? Não sei. Ainda é cedo, né. Tudo tem ido tão bem até agora, vamos indo no curso do rio, dos caminhos da vida. Bom é ouvir que pelo menos, você me respeita, e admira a minha condição. Fiquei feliz! E se não te falasse isso hoje, que pra mim é importante, além de te enganar quanto à tudo isso, por tempo e possibilidades, estaria enganando a mim mesma também, acredito. Foi na hora certa, essa nossa conversa. E os caras que eu ia, e voltava? Ah. Eles foram os que menos me levaram à sério, talvez. Faltava o que te falei, a segurança das atitudes, da presença ali, no dia seguinte. Ou depois, e sempre. Vi tantas amigas se despedaçarem, absortas em remorso e arrependimento. Prometi que, comigo não seria assim. Diferente, sim. Como tudo que eu gosto, em que coloco à mão. Ou vejo tudo isso como um jogo de baralho: quando não me sentia pronta, tinha pessoas que poderiamos chamar aqui de "certas". Entretanto, quando senti que era a hora, o momento tinha chegado, só me apareciam pessoas mais despreparadas que eu, em todos os quesitos. Não me vinham as cartas necessárias, sabe. E pode ser você. Como, pode não ser. Falei, e que alívio. Ah, você vai me respeitar? Esperar a minha hora? Tudo o que eu queria ouvir. Não dá pra ver o meu sorriso? Então, sinta ele. De perto..E aumenta o volume, que a cena de agora é forte!