sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Aventuras da paixão.


Ligou pra ela no meio da tarde ensolarada.
- Estou passando aí pra te pegar!
- Como assim?! Sabes que não posso sair agora!
- Mas TEM que ser agora. Só coloca uma roupa. Estarei aí em dez minutos.
Colocou shorts, camiseta, uma rasteirinha, lembrou-se de pegar os óculos de sol e ele já tocava o interfone.
Beijaram-se de leve. Entraram no carro.
- Onde vamos?
- Verás. Tive uma ideia. Vais gostar.
Rumaram em direção às praias.
Chegaram numa praia mais afastada. Estava vazia, pois ainda não era época de temporada.
Caminharam pela praia brincando e se provocando até chegarem perto dos costões.
Atravessaram o primeiro, que dava para uma prainha reservada.
Ela passou pelas pedras reclamando que não gostava de aventuras em ambientes tão “selvagens”.
- Sou muito urbana, sabes que não curto isso!
- Ih, o clima está esquentando...
- Mas é verdade!
No final das pedras a pegou no colo e foi caminhando mar adentro.
Ela deu um grito!
- Não faz! Me solta!!! Meu Deus!!! Mas... e agora? To com a roupa toda molhada!
Jogou-a.
Ela emergiu rindo...
- Eu trouxe outra no carro, sua boba... Agora vem cá morena, vem... Deixa eu tomar água salgada da tua boca.
E beijaram-se dentro d’água, vestidos e molhados...
Não foi suficiente. Saíram da água meio atrapalhados, pois não queriam se desgrudar...
Tiraram a roupa ali mesmo e transaram sob o suave Sol de primavera...
Suados, voltaram para a água e lá continuaram a se provocar por mais algum tempo... já na suavidade do depois.
Subitamente, se deram conta de que aquilo tudo ali tinha sido uma grande loucura!
E saíram da água, vestiram as roupas, voltaram para o carro serenamente, abraçados e rindo de si mesmos... e do que a paixão é capaz.