sábado, 23 de abril de 2011

'Hoje eu tive um sonho ruim, por isso te liguei.'

Sabe que esses dias tive um sonho muito estranho contigo?
Abri os olhos e vi um céu azul cheio de nuvens grandonas e arredondadas, branquíssimas, como se desse pra pular nelas. Senti uma mão no meu cabelo e me assustei, congelei os sentidos de medo. Um sorriso de ponta cabeça se desprendeu na minha frente, seus grandes olhos apareceram piscando pra mim, numa serenidade tão grande que logo me deixou tranqüila. E o azul do céu rodeando seu rosto que sorria por inteiro, me dando a maior alegria do mundo. Eu estava deitada no seu colo, seu cheirinho pairava acima do meu rosto, você brincava no meu cabelo, ria e beijava minha testa, de ponta cabeça. Você me pediu pra levantar, então levantei e me preparei para a próxima surpresa, na maior vibe de calmaria, só nós dois num lugar lindo: grama verdinha, árvores, campo e algumas poucas flores. Surge no meio do sonho um carro, e aí tudo fica confuso: você entra rapidamente no carro, seu sorriso vira arrogante e malicioso, pisa no acelerador e vem na minha direção. Sinto meu corpo inteiro formigar, e apago ouvindo o barulho do motor do carro correndo pra longe.
Acordo meio tonta vendo um teto branco, olho para os lados e vejo várias pessoas deitadas em macas, concluindo que era um hospital. Você estava sentado numa poltrona de visitante, vê que eu acordei e chama rapidamente médicos para dar as boas novas. Eu me confundo mais ainda com sua reação enérgica e feliz, então não entendo mais nada. Suas roupas e seu cabelo pareciam diferentes, era outro dia longe do acidente, eu devia ter dormido por muito tempo. Tudo parecia bem, então sinto um quente escorrendo no peito. Levanto o lençol e vejo sangue manchando a roupa, sinto o coração bombeando e parecendo explodir no peito, me apavoro e grito seu nome, "socorro!". Você continua calmo, mas agora com uma expressão de piedade no rosto, passa a mão no meu cabelo e diz que está tudo bem, baixinho e várias vezes. Com uma crueldade anormal diante do meu pavor, eu continuo gritando e vejo médicos e enfermeiras com o mesmo olhar solidário dizendo que "só eu poderia fazer parar".
Então, de repente o cenário muda para uma sala toda vermelha, com um relógio vermelho na parede e um sofá no mesmo tom. Vejo um bilhete com a sua letra (jamais esqueceria dela: grande, redonda, mas simpática, com o seu jeito) aonde está escrito: "Volto logo, amor, não se preocupe." Passo os dedos no bilhete e sorrio, dou umas voltas no lugar e não vejo nenhuma janela ou porta na sala carmim. Por onde você entrou? Como deixou o bilhete? Por que eu estava ali, afinal? Por que não me ajudou quando eu estava sangrando? Por que diabos me atropelou? Mistério. O vermelho da sala me dava nervosismo e raiva, sentei na poltrona de frente para o relógio e descobri que estava parado. Que horas eram? Há quanto tempo eu estava ali?
Não sei, mas tenho o péssimo hábito de relacionar sonhos à vida real, principalmente quando acordo suando e respirando forte.
Você sempre me atropela. Não, não precisa nem sair do lugar: basta um gesto seu, uma frase suspeita para meu coração acelerar, o planeta todo tremer, eu me sentir sufocada, o corpo perder os sentidos, e babau, já era. Você - e só você - tem o poder de me atropelar como um trem me esmagando entre os trilhos, me deixando tonta e burra (coisa que ninguém mais é capaz). Num instante é terno e carinhoso; no outro, frio. Não entendo por que me atropela e vem me cuidar no instante seguinte. Me detona, e logo depois se torna o cara mais protetor do mundo. Me vê ali, acabada, cansada e com o peito explodindo, sem fazer nada. Torno a repetir: amor é via de mão dupla, amor de um lado só não flui. Amor atropelado, escrachado e ferrado - infelizmente - é o único que me deram até hoje. E por isso eu cuido bem dele, mesmo sentindo-o vazar do peito de tão grande que é. E a sala, aah, a sala! A promessa de volta, certo? E te espero sentada, te espero fingindo que estou lendo um livro, te espero enquanto tomo banho e me arrumo, te espero olhando para a janela, sentada na sacada ou vendo uma novela que nem acompanho só para fingir que não te esperava, quando você chegasse. O relógio nunca anda, não corre, só continua parado. A hora não passa e te espero todos os segundos dos minutos das horas de todos os dias. Atropelada pelo amor ou não, ferida ou não, sentindo o amor sufocar ou não, sangrando ou não, trancada numa sala ou descabelada, fingindo mil coisas, pensando em sonho doido ou ficando maluca: mas te espero. De corpo, alma, braços e peito abertos, no meio da rua da sua casa.
Mesmo que doa, mesmo que você passe por cima de mim, mesmo se não puder acordar no seu colo com seu sorriso de ponta cabeça no meio do azul, mesmo sem te dizer tudo isso: te quero. Hoje, sempre, amém.

Nostalgia... a saudade silenciada começou a gritar.

Lá está você, com toda a sua onipresença me seguindo enquanto eu vou ao mercado, atravesso a rua, corto o cabelo, paro para ler em uma praça, atravesso a rua distraída, assisto tevê num imenso sofá vazio. Pelo menos, gosto de pensar que você está comigo...
Me dei ao luxo de ter um dia de nostalgia.
Vi na floricultura um rapaz com um buquê imenso de rosas vermelhas, e me lembrei imediatamente do quão romântico você foi ao me entregar rosas, me fazendo cessar um discurso birrento. Folheei o livro que guarda a primeira lembrança física que tenho de você, tirei fotos e 'cartas nunca entregues' de dentro da caixa para olhar. Lembrei do dia em que você me chamou de 'Dengosinha', das manhãs que eu estava em 'sono profundo' e acordava só pra te ligar e dizer: "Bom dia, bê." E da vez que gritei com você pelo telefone e logo depois liguei pedindo desculpas. Chorei um pouco lembrando do último beijo e da última vez que estive com você, das brigas bobas e da última palavra. Chorei lembrando que fiquei com o telefone no ouvido escutando o "tu tu tu" depois de você ter desligado. Passei na frente da sua casa, fiquei parada um pouco vendo as luzes dos cômodos se acenderem e se apagarem, fui embora. Lembrei de quando você me visitou no hospital e cuidou de mim, com mimos e me cobrindo toda pra não sentir frio, lembrei também de você apertando minha cabeça pra ver se tinha ficado alguma sequela do acidente. Comprei o sabor de sorvete que você gosta e comi sozinha assistindo um filme deprê. Li umas revistas que você achava a maior bobagem do mundo, escutei a "nossa música" no repeat do rádio. E sabe de uma coisa? Nada que eu faça vai diminuir a dor da perda, então quero mais é sentir cada milímetro de você dentro de mim. Dói sim, é difícil sim. Mas te lembro e te curto em cada detalhe do que ficou: desde um adesivo que você colou em mim no dia do nosso primeiro beijo, e das flores todas guardadas, já murchas, mas com um significado indescritível. Sinto você perto de mim todos os dias, e sei que foi bom o que passou. Mesmo longe, pensa em mim também, tá?

Não quero perder nada.

Quando vem isso, essa angústia, essa falta de eletricidade entre nós, te mando embora. Mas fico impressionada de como você muda na hora de ir. Fica mais bonito, mais comovente, mais engraçado, mais tentador, mais charmoso, mais irresistível.

Mas, e daí? Fica. Foi uma crise dessas internas, quando o sentido de tudo sofre um mal súbito. Você sabe, eu procuro o amor romântico. O que vou fazer? Não sei me enganar. Acho que é instinto, algo muito maior que eu.

Bastam uns dias sem te ver pra eu já não saber o que fazer com os próximos. Por um fio não pego um banquinho alto e tento me decapitar com a hélice do ventilador de teto. Talvez uma morte ridícula possa animar minha noite. Mas eu não quero morrer, é uma depressão, um cansaço que chega quando o sentido se esconde.

São apenas mudanças. Nossas necessidades trocam o tempo todo, hoje carinho, amanhã sexo, depois dinheiro, romance, diversão, solidão, quietude ou merda qualquer. Quando vê a gente se perde. É só tudo perder o sentido e a gente se separa. É só a gente se separar pro sentido voltar. O brabo é toda hora ficar procurando uma nova canção que sirva pra nós.

Isso me incomoda. Ontem, eu premeditei seriamente em te dizer "olha, senta aqui, não tá dando mais, acho que vou seguir um caminho diferente e mais fácil, não fala nada não, eu já me decidi". Eu realmente me sinto culpada por pensar assim, às vezes, toda semana. Não sei se você concorda comigo,
mas estar junto não é tão ruim assim. Então, fica sempre pra depois.

Não vou dizer que é tudo mágico. Mas eu também não quero perder nada. Você vai argumentar com alguém com todos aqueles trejeitos engraçados e quero estar lá pra rir. Vai roçar com a ponta de todos os dedos a barba mal feita no gogó e eu quero estar lá pra implicar. Eu quero protestar quando seus pratos não seguem a receita que achei na internet. Tem sempre um filme na tevê que ainda não passou.

Não sei se é apego ou porque minha vontade de saber o que você vai me aprontar amanhã nunca cessa. Tem sempre algo que a gente sonhou fazer juntos e não quer deixar inacabado. Ninguém tira meia fotografia, ninguém viaja até a metade do caminho, não fica bem sair no meio de uma peça de teatro, ninguém telefona por meia pizza. Um trabalho não finalizado não é um trabalho.

Vai ter sempre algo. Uma roupa pra buscar, uma festa de aniversário de algum amigo em comum, um truque novo na cama, um episódio de estréia daqueles seriados que você me ensinou gostar, a doença da sua mãe. Essas pequenas coisas. De algo em algo, a gente vai levando.

As coisas que acabei de dizer, leve em consideração só até a meia-noite. Eu sempre tento virar a página sem grifar as partes importantes com alguma caneta de cor alarmante. Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase.

Vingança.

"A vingança encharca a literatura e a música, mas seus mistérios jamais serão esgotados.

[...]
Vingança é uma arte, o refinamento da carência.



[...]
Indica também prepotência. O vingador se enxerga superior ao vingado, mais experiente e sábio. Acha que está ensinando algo a seu alvo. Encarna a figura de professor repreendendo o erro do aluno. Assim como não sofre em vão, somente se humilha para humilhar o outro. Todo sofrimento é arrogante, debitado na conta do desafeto.


O vingador cobiça a última palavra pois não aceita que alguém pense o pior dele. Planeja castigar as supostas distorções e intimidar as possíveis confissões de sua intimidade. O vingador vive por hipóteses. Não entendeu que a última palavra não existe, é uma desculpa para mandar.


A vingança é o mais paradoxal dos atos: um sentimento inteligente em mãos burras e desgovernadas; uma pressa que exige longa paciência e dissimulação. Requer as mais contraditórias atitudes: sangue frio de alguém com sangue quente; calar-se apesar da exagerada vontade de falar.


A vingança fracassa pela ânsia de fama do seu autor. Quem busca se vingar pretende que o outro saiba que foi ele, que não tenha nenhuma dúvida. Deseja dar o troco beijando a boca, olhando nos olhos. Conclui que não adianta nada uma vingança sem remetente. E peca pela ambição, erra ao se expor, porque a represália aguda e exitosa esconde o criminoso para a perfeição do crime; deve ser anônima, gerando a desconfiança, mas não entregando totalmente o seu mentor.


Não conheço vingança perfeita. Não se vingar talvez seja a melhor vingança. Fazer esperar uma resposta que nunca virá."


Lembrei da 'Adorável ¬¬ Sonsinha (inevitável)!

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Vou te falar um segredo: você é incrível assim do seu jeitinho, assim com seu sorriso, assim com suas palavras. Então sorria e saiba Deus te ama, sim, e Ele quer ver você sorrir.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pelo nosso instinto de defesa, às vezes evitamos enxergar verdades que a vida nos mostra a todo instante.

Ultimamente tenho percebido o quanto evitamos enxergar certas verdades. Fazemos isso quase como por instinto de defesa, mas na verdade acho que só adiamos certos enfrentamentos que mais cedo ou mais tarde se colocarão bem na frente dos nossos olhos.

Uma dessas verdades é: somos indivíduos. Isso quer dizer, somos responsáveis por nosso próprio destino, nascemos e morremos sozinhos e respondemos por nossas escolhas. Não estamos sozinhos, nunca. Mas a experiência, qualquer que seja ela, só pode ser sentida por nós, vivenciada em momentos únicos que ninguém nunca saberá como são ou sentirá da mesma maneira.

Certo tipo de ignorância nos faz sentirmos menos culpados ou mais confortáveis. Pois quanto mais conhecimentos, mais responsabilidades ganhamos (já dizia o homem-aranha..rsrs). Então, a maioria das pessoas prefere pensar que vive em um mundo inatingível, como se não houvesse nada depois disso aqui e além desse planetinha. A maioria de nós, inclusive, prefere pensar até mesmo que viverá para sempre, só para não enfrentar a realidade da morte. Muitas vezes esse comportamento é até o que mantém a saúde mental dessas pessoas. Talvez, elas não resistissem conviver com a idéia de que um dia deixarão de existir nessa forma que hoje conhecem. É duro aceitar isso, não?

No fundo, eu tenho a impressão de que todos sabem ou sentem uma verdade, mas jogam para debaixo do tapete, deixam para amanhã. Acho que elas pensam: “Ah, deixa para lá...se for verdade mesmo um dia saberei...”. A grande tática é colocar uma pedra sobre o assunto que só será retirada quando algo grave acontecer e essa realidade vir à tona. É assim com tudo, em diversos níveis.

Por exemplo: o cara fuma, bebe muito, usa drogas e pensa: “não acontecerá nada comigo. Eu gosto e daí? Se cigarro der câncer mesmo, um dia eu descubro. Tanta gente nem fuma e tem câncer!” Ele finge que não sabe ou que acredita que não está fazendo mal para si mesmo, só para se sentir confortável. E esse exemplo pode ser usado para tudo, para quem come demais, para quem come de menos, para quem adora açúcar, para quem cultiva maus pensamentos, para quem se omite, para quem não se deixa libertar por puro medo. Não entendam meus exemplos ao pé da letra, eles servem só para ajudar a entender esse mecanismo.

Isso serve para tudo na vida. Somos os primeiros a levantar a mão e reclamar de tantas coisas. Mas não somos capazes de assumir a nossa culpa nisso tudo. Reclamamos do país, mas não fazemos nada para melhorá-lo. (“É tudo culpa do governo!”) Vemos pobreza pelas ruas e não fazemos nada para modificar esse quadro. (“É tudo culpa do governo!”) Vemos coisas erradas desde o aspecto mais amplo (“O mundo está uma droga..olha quanta guerra!”) até o mais micro (“Meu chefe me explora!”, “Meu marido não presta pra nada”). E temos sempre um culpado seja ele Deus, o Presidente ou o Presidente da empresa. A culpa é sempre de algo que está acima de nós e que não resolve nada. Existe sempre alguém que é o responsável. Quando, na verdade, somos nós o espelho maior dessa atitude. Somos egoístas e não trabalhamos pelo bem comum, nunca. Trabalhamos apenas por nós mesmos, pensamos apenas em nossos umbigos, olhando sempre para nossas vontades. E ainda assim, queremos que o mundo melhore, que nossa vida melhore e que sejamos pessoas melhores...sem fazer absolutamente nada para isso.

Não esperemos uma ordem divina ou uma força maior nos mostrar o caminho! Nós, cada um de nós, é importante para uma mudança de postura, para que as coisas funcionem e para que esse seja um mundo mais justo e feliz. Só depende de nós e de mais ninguém.

Se perdoe e seja feliz.

Existem respostas que estão adormecidas em nosso inconsciente, mas que com o tempo, com nossas experiências e aprendizados vão ressurgindo. Muitas delas não sabemos explicar muito bem, mas podemos sentir. Uma dessas respostas que há muito se faz clara pra mim e que vem sempre aparecendo aonde quer que olhe é que uma imensa parte dos problemas de qualquer pessoa se resolve com duas singelas palavrinhas: amor e perdão.

À primeira vista, você vai pensar no amor e no perdão na direção de outras pessoas. Vai pensar em amar mais o próximo e perdoar seus “inimigos” ou desafetos. Mas, antes disso,
que tal pensar primeiro em si mesmo?

Meus últimos estudos me levaram à conclusão de que antes de qualquer coisa precisamos primeiro nos amar e perdoar. Porque só assim poderemos seguir adiante e fazer o mesmo com o próximo. Os mais diversos problemas surgem do fato de não nos aceitarmos e de não nos amarmos o suficiente para perdoar a nós mesmos. A autora Louise Hay, com seu livro Você Pode Curar Sua Vida, tem me ajudado muitíssimo a compreender isso. Uma coisa tão óbvia que te faz pensar: como é que eu não pensei nisso antes?

Acho que tem muita gente por aí que reúne tanto ressentimento por não perdoar a si próprio e por não deixar o passado ir...que depois isso pode piorar transformando uma doença emocional em uma doença física, para que tenha que encarar o problema de frente. Então, meu povo, vamos nos dar a liberdade de nos perdoarmos por tudo, qualquer coisa que já fizemos (ou não fizemos!). Pronto! Já passou! Hoje é um novo dia! O futuro maravilhoso que você sonha só acontecerá a partir da mudança de hoje...de uma nova construção que começa agora.

Ame-se muito. Dirija a você todo o amor que gostaria de receber dos outros. Esse é o primeiro passo para começar a viver uma verdadeira liberdade de qualquer amarra do passado. Sei que não é fácil. Às vezes as mágoas são tantas, tão profundas, mas também acho que simplesmente viciamos em certos sentimentos. Ei!, lembre-se, você é livre para mudar. Não espere um Ser Superior aparecer e dizer isso. Não se martirize. Alguém lá em cima apenas quer que você seja feliz. Por que não sê-lo? Aceite a felicidade. Você merece!

Um abraço.


Todas as pessoas que sofrem precisam de um abraço.
Um abraço de conforto, de incentivo a continuar no caminho, repleto de amor, como a mãe que abraça seu filho.
Imaginei-me abraçando essas pessoas dando todo o meu apoio para que continuassem em seu caminho com esperança e fé que dias melhores virão.
Não só eles, mas muitas pessoas nesse exato momento precisariam de um abraço assim.
Então, não perca tempo, envie seu abraço espiritual a quem estiver precisando.
Com a lembrança de que o Pai está sempre de braços abertos para que recebamos seu abraço, todos os dias.
Namaste


- Eu tento sempre te enviar a minha melhor vibração de axé;
Onde quer que você esteja, seja qual rumo tenha tomado pra tua vida,
eu sempre, sempre, sempre, por toda a vida, emanarei vibrações positivas para ti. Digo o repito: te desejo o que há de melhor nessa vida, vc sabe ;*

PERDOAR- um dom supremo.

O perdão é, na maioria dos casos, a solução para muitos dos problemas que ocorrem com as pessoas. Seja o perdão a si próprio, a pessoas ao redor ou até mesmo a amigos espirituais que há muito anseiam por uma palavra simples: perdão!

Eu gosto muito de uma técnica havaiana chamada Ho'oponopono, que consiste na liberação das memórias nocivas que continuam gerando situações negativas no presente. Para praticá-la é muito simples. Basta repetir, quantas vezes quiser e na ordem que sua intuição pedir:

Sinto Muito. Me Perdoe. Te amo. Sou Grato.

Enquanto estiver repetindo essas palavras, pense em tudo aquilo que está atrapalhando a sua vida nesse instante. Tudo que você poderia melhorar ou tudo que anda lhe trazendo algum incômodo ou sentimentos ruins. Experimente e analise os resultados.
Se você acha que o processo do Ho'oponopono é muito simples ou se prefere fazer uma oração antes de dormir ou ao acordar, encontrei esta Oração do Perdão* bem legal para praticar o perdão, antes de começar, reflita
- Quem você precisa perdoar?:

"A partir de agora eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me injuriaram ou me causaram dificuldades desnecessárias.
Perdôo, sinceramente, quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.
Perdôo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada.

Reconheço que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter. Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com estas criaturas.

Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos.
Iniciei agora uma nova etapa de minha vida em companhia de gente amiga, sadia e competente. Queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.

Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas.
Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.
Agradeço pelas dificuldades que estas pessoas me causaram, pois isto me ajudou a evoluir do nível humano comum, ao nível espiritualizado em que estou agora.

Quando me lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela Lei da Causa e Efeito nesta vida ou em futuras.

Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconsciente eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei.

Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo em meu favor.

Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida, respiro profundamente, prendendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.

Agora dirijo uma palavra de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para realização em ritmo acelerado de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.

Agradeço a todos de coração... a todas as pessoas que me ajudaram, e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, prosperidade e auto-realização.
Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno, infinito, indescritível que eu, infinitamente sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.
Assim seja, assim é e assim será."

*Você pode adaptar essa oração de acordo com suas necessidades, claro.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mulheres foram feitas para serem tocadas, não compreendidas, decifradas, poetizadas.


- Este texto poderia se chamar "Como entender uma mulher?". Mas ao final da leitura você terá descoberto que não é preciso uma resposta para esta pergunta. "O amor não é prosa e nem poesia. Aquelas três palavras não me servem. São sonetos sem pele, versos que não ressoam, metáforas que não suam, frases que não cheiram. "Eu te amo" não diz nada, entende? Não escreva o que sentiria se acordasse comigo. Acorde comigo. Não imagine meu cheiro. Me cheire. Não fantasie meus gemidos. Me faça gemer. O amor só existe enquanto amar. Ação. Calor. Verbo. Presença. Milímetros. Hálito. A antologia poética do Cummings nunca engravidou ninguém. Não é o refrão de "Sexual Healing" ou qualquer solo de guitarra que arrepia cada orifício das minhas costas ou empina os pelos da panturrilha ou me umedece o centrípeto das pernas. Não me elogie a quilômetros ou horas de mim, não digite meu nome, não me telefone no meio da noite, não me convide por webcam, não quero um e-mail seu. As frases, as confusões, as lágrimas são minhas. Você tem o corpo. Eu transito pelo mundo. Pego carona em carros, desvio de pessoas, contemplo edifícios, sento em cafés, folheio revistas, acho rapazes bonitos, navego por horas na internet, leio mensagens em PowerPoint, troco fofocas. Meu físico ocupa percursos, espaços, tempos e ainda assim meus fragmentos voam pelo chão. Eu não sou uma flor, um tesouro, a aurora boreal. Sou só uma mulher, me trate como tal. Fui feita pra ser tocada, não compreendida, decifrada, poetizada. Não sou tempestade. Sou abraço. Não sou química. Sou física. Não sou vento. Sou movimento. Não sou música. Sou reboladas. Meu corpo não é o paraíso, é um lugar. Faça de mim o seu lugar. More em mim ou seja meu vizinho. Caminhe com o áspero da sua língua em todas as minhas texturas, meus calcanhares, minhas coxas, minhas axilas, minhas nádegas, entre os dedos na minha mão, atrás da orelha, no couro cabeludo, no lábio inferior, embaixo dos seios. Eu não preciso de um bilhete, eu preciso de uma massagem na cintura, nos pés, na barriga. Eu não quero flores vermelhas, quero você dizendo baixinho o quanto sou gostosa. Não pense em mim. Me coma. Não me pondere. Me atravesse. Não me console. Me acarinhe. Não me deseje. Me deslize. Não me descreva. Me aproveite. Não me leia. Me dance. Não me pergunte. Me invada. Não me solucione. Me enxugue. Não me controle. Me conduza. Puxe meu quadril, morda meu queixo, bagunce meus cabelos, chupe meus joelhos, esfregue seu peito em minhas costas, lamba a planta do meu pé, toque minha lombar, cheire minha virilha, aperte minhas vértebras, me dê a mão, respire perto de mim, me faça rir, uma omelete, um cafuné no sofá. Não sou uma floresta intocada. Sou uma mulher novamente virgem minutos depois que sua mão me abandona. Deguste meus cheiros, fareje meus gostos, beije minhas cores. Não ache que consegue me abrir, me comover, me prender com apenas três palavras. Não quero ler ou saber que você me ama. Quero sentir isso. Quero tomar banho com você, ser olhada com ternura, que você se confesse entre meu pescoço e meus seios. Peça meu colo, abra minhas pernas, penetre seu carinho, me cante, se importe comigo, ejacule seu querer sobre mim, escute meus medos, enrole minha franja, persiga meu gozar. Não perca a chance, não deixe pro dia seguinte. Não existo amanhã. Eu só existo dentro dos seus olhos, da sua boca, dos seus braços, na ponta dos seus dedos. Esqueça tudo que leu e ouviu sobre mim. O tempo que demora pra me fazer um texto é o suficiente pra derramá-lo sobre mim. Não me descreva, não me entenda, não diga me amar. Me ame apenas. O corpo é a única prova de amor."

domingo, 17 de abril de 2011

Podemos mudar a nossa forma de olhar tudo que está ao nosso redor.


Com os olhos do amor, entendemos a perfeição divina. Enxergamos que os obstáculos são fontes de aprendizado e que sem eles não chegaríamos ao nosso objetivo final. Com os olhos do amor, não vemos os defeitos alheios. Pois sabemos que cada um tem o seu tempo e ritmo e estes devem ser respeitados. Com os olhos do amor, enxergamos as flores e não os espinhos. Pois sabemos que existe uma fonte eterna para a esperança e nunca estaremos desamparados. Com os olhos do amor, nunca estamos sozinhos. Pois sabemos que fazemos parte de um todo, muito maior. Afinal, somos todos UM. Com os olhos do amor, enxergamos a verdadeira beleza. A perfeição que existe em cada um prestes a desabrochar. Com os olhos do amor, agradecemos por tudo que recebemos como presente para enfeitar nossa jornada. Porque temos tudo que precisamos para fazer deste mundo um lugar melhor para todos. Com os olhos do amor, vemos a natureza como o que ela realmente é. Como fonte inesgotável de energia e sabedoria para o nosso caminho.

Perserverança.

Não é mesmo fácil perseverar. Muitas vezes acordamos desanimados, sem vontade de caminhar. A vida é difícil, o trânsito é duro, o salário é pouco, quem deveria cuidar da população está aí roubando, a gente olha em volta e vê tudo errado, não é mesmo? Bate aquela dúvida: o que estou fazendo nesse lugar tão áspero, tão inóspito? Mas sabe aquela história 'se não houver trevas não saberemos enxergar a luz'? A resposta talvez venha por aí. Estamos num momento divisor de águas, em que muitas pessoas se fazem as mesmas perguntas todos os dias: Por que tem de ser assim tão complicado? Por que tanta desigualdade se vivemos num planeta rico de tudo que precisamos? Ou seja, do micro ou macro, muitos se incomodam. E é isso que me dá esperança. Existe uma rede muito grande de pessoas que têm em si uma semente para modificação do sistema vigente. Muitos aprendizes insatisfeitos como eu e você. Eu tenho certeza de que isso tudo é uma grande escola para todos que estão no mesmo barco. Lembra como era difícil acordar cedo para ir pra escola? (Pra mim, sempre foi! rs) Mas não valeu à pena no final? O que seríamos sem a educação? (mesmo com o péssimo sistema de ensino a que a maioria tem acesso) A cada ano que passava, tínhamos acesso a mais conhecimento, cada vez mais refinado, tornando-nos cada vez mais capacitados para novas etapas da vida. Como absolutamente nada aqui acontece sem que seja perfeito, matemático, calculado, eu só posso crer que estamos todos num grande momento de aprendizado para novas fases. Se não houvesse tanta coisa errada, não estaríamos colocando nosso espírito de luta, honestidade e humanidade à prova. É como se estivéssemos recebendo um grande tranco, um susto, para que a nossa parte boa, a nossa parte luz, reaja e mostre sua face. Nessas horas, eu lembro da história da Flor de Lótus. Ela nasce das profundezas da lama e utiliza toda aquela escuridão para se fazer forte e brotar sobre as águas. Aliás, o seu momento mais esplêndido só ocorre ao anoitecer, quando a luz se vai. Somos como a Lótus, precisamos passar por certas dificuldades, para brotar em nossa forma mais magnífica, mais serena, mais sábia. Tudo está em seu lugar e agindo segundo a sabedoria do Pai.

mulher objeto

Era tudo mentira quando eu falava pra você só falar a verdade. Pra ser direto. Não. Mulher gosta de rodeios. Gosta de ser galanteada. E até de ouvir uma mentirinha de vez em quando. Fale que eu sou a mulher mais linda do mundo. Que eu sou mais bonita que a Gisele Bündchen. Fale que vai me amar pra sempre. Jure fidelidade eterna. Diga que eu sou a pessoa mais importante na sua vida. Minta como se estivesse dizendo a verdade.
Eu não gosto tanto assim do escracho como eu dizia que gostava. No fundo – ainda que muito fundo – eu gosto de um pouco de romantismo.
Quem fala que não gosta está mentindo. Despiste se quiser só meu corpo. Me mande flores, me leve pra jantar. Finja que gosta de mim mesmo que, no final das contas, só queira me levar pro motel. Finja que é meu, ainda que só por uma noite. Eu gosto desse conto de fadas imaginário que toda mulher cria na cabeça pra colorir a vida um pouco. Eu gosto de ouvir elogios exagerados. De receber mensagens bobas no celular. De receber e-mails no final da tarde e flores no meio do trabalho. Eu gosto de criar fantasias impossíveis. Se eu te chamar pra viajar comigo, não significa que você precisa ir. Minta que vai só pra não estragar a história. O que eu quero mesmo não é nenhuma viagem.
Eu finjo que odeio o seu ciúme mas morro de rir por dentro. Acho lindo quando algum bonitão passa do meu lado e você vigia meu olhar com seus olhos. Acho lindo quando meu celular toca e você, despistadamente, tenta ver quem é. Acho lindo quando a gente sobe no elevador com algum vizinho gato e você me pergunta “quem é esse cara?” depois que ele desce no andar dele. Acho lindo que você não tem ciúmes dos meus amigos feios.Mas você se tornou tão previsível que perdeu o encanto. Você me conta que acha a vizinha “gostosa”, que acha aquela baranga da televisão “boazuda” e que acha minha amiga “muito boa”. Você conta que “quebrou o pau” na noite anterior. Que bebeu além da conta. Que seus amigos são todos galinhas. Essa sua mania de ser direto acabou com toda a poesia. Você se tornou meu homem-objeto e eu me tornei alguém que eu não sou. Inventei uma mulher-objeto pra te agradar.
Invento que eu não gosto de você. Que eu não to nem aí pros seus desejos pelas outras mulheres e finjo que não ouço as coisas desnecessárias que você fala. Invento que eu não gosto do romance e da poesia da coisa.Mas, quer saber?! Eu gosto da meia-luz. Eu gosto das palavras que só insinuam. Eu gosto do jogo que eu sei jogar. Eu gosto de ser seduzida e não arrastada pelo cabelo. Eu gosto da sua mão segurando a minha e não só dela pelo meu corpo. Eu gosto de me sentir a Marilyn Monroe e não a loira do Tchan. Eu gosto de vinho tinto e não de cerveja na lata. Eu gosto de jazz e não de funk.Te peço: finja de bom moço. Mande mensagem. Mande flores. Mande no rumo da minha vida. Me pegue no colo. Dance comigo no supermercado. Coloque o meu CD favorito quando eu entrar no seu carro. Me chame de princesa. Me chame de linda. Me chame pra fazer parte da sua vida. Apareça de surpresa. Entre na minha vida sem eu perceber. Minta que eu sou a única mulher que você deseja. Minta que você mataria um dia de trabalho pra ficar à toa comigo em casa. Minta mesmo que eu não acredite em nada disso. E, se você resolver tornar tudo isso realidade, apenas seja. Eu não preciso saber que é verdade.

Deus- confiança total.

Ainda me lembro de tantas coisas que me aconteceram, aqueles sorrisos que não há como conter em momentos não adequados para isso. Em palavras que não sairam, quando na verdade imploravam para isso. Em pessoas que conheci e ao me lembrar, um sorriso e lembranças me vagam na mente. E são tantas as pessoas em que conheci, dos lugares por que passei, é impossível dizer que foi em vão, que não valeu à pena, pois todos que conheci, tudo o que conheci e ainda vou conhecer, me faz tornar, me fez tornar aquilo pelo qual sou hoje, aquela menina que aprendeu a amar, a confiar, e a acreditar que o amigo mais fiel que existe é Deus.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

aquele imbecil

Ele é o cara perfeito pra você. Moreno e sarado. Mais velho. Rico. Do tipo que manda flores. Um gentleman. Tudo que você faz, ele acha lindo. Ele gosta do cheiro da sua pele (mesmo que você tenha acabado de sair da academia!). Do seu cabelo. Ele compra seu chocolate favorito e leva pra você quarta-feira à noite quand você está deprimida em casa. Ele deixa de assistir o time dele jogar pra ir com você àquela festa da sua tia avó mais chata. Ele cuida de você quando está doente e ainda diz que você está linda mesmo assim. Ele é o genro que sua mãe pediu a Deus. E o cara pra quem você disse adeus.
Você quer mesmo é aquele mala. Aquele idiota que te faz sofrer. Aquele infeliz que racha conta de três reais com você. Aquela anta paralítica que não tem dinheiro pra colocar gasolina no próprio carro. Aquele ser desprezível que diz que vai te ligar e some. Some. Só aparece na segunda-feira. Isso mesmo. Segunda-feira, dia oficial de ligar pras pessoas de quem nos lembramos quando não temos mais nada pra fazer.
Aquele. Ele mesmo. Que desmarca o cinema com você vinte minutos antes da sessão pra ir jogar bola com os amigos. Que se embriaga nas festas e quer voltar dirigindo pra casa. Que nunca tem dinheiro pra viajar com você, mas que sempre arruma grana pra cerveja e pra coisas de suma importância na vida dele [...]
Não precisa ser nenhum gênio, nem muito menos a Mãe Dinah, pra saber que o problema é você. A mala, a idiota, a infeliz, a anta paralítica, o ser desprezível é você. É você que sofre de problemas mentais sérios. Que acredita no amor impossível Nas love-stories. Na paixão que te tira o fôlego e te deixa no chão. Que acredita em tudo isso só porque, quando vocês estão juntos, o mundo parece que pára. E alguma coisa te diz que vocês dois são o melhor plano já feito. E você sente que é imortal. E que tudo é pra sempre. E você confia mais nele do que nos seus próprios sentimentos. E, quando está com ele, você gostaria que cada segundo durasse pra sempre. Que as noites não tivessem fim. Você se sente viva. E trocaria a eternidade por aquele momento. Pelas tardes sem fazer nada juntos. E vocês se comunicam sem palavras. E você é capaz de dizer o que ele está pensando só de olhar pra ele.
E você ainda acredita no amor porque ele te olha nos olhos de um jeito que sua respiração pára por um segundo. E seu coração ainda dispara quando aquela voz linda diz "alô" do outro lado da linha. E ele te liga no final do dia só pra dizer que te ama e que está com saudades, mesmo que tenham passado a tarde juntos. E tudo isso parece tão simples. E ele parece tão seu.

Ele mesmo... aquele idiota...

Eu queria fingir....

Eu queria ser famosa. Estampar as capas das revistas com minha felicidade instantânea e dizer que estou ótima depois de uma separação traumática. Queria ir pro Big Brother e fazer melhores amigos em uma semana. Queria dizer que amo com um mês de namoro. Queria achar super normal que o cara que eu amo conversa no MSN com mulheres que ele acha gostosas. Queria que, quando alguém me chamasse de gostosa, isso fosse um elogio ao meu caráter e não um “eu te comeria se você me desse mole”. É provável que eu fosse mais feliz assim.
Mas eu sou tradicional. Sou convencional, apesar de não ser normal. Se eu me corto, eu sangro. Se bato o dedo no pé da mesa, dói. Sou uma pessoa comum. Acredito no até que a morte nos separe e também no eterno enquanto dure. Acredito que, se eu sou capaz de ser fiel, alguém mais pode ser. Acredito que eu não sou uma laranja, mas preciso da minha outra metade pra me sentir inteira. Valorizo as pequenas atitudes, assim como condeno pequenas mancadas. Sou rancorosa, guardo por anos uma coisa que me magoou de verdade. Sei perdoar. Passo por cima dos erros pra ficar junto das pessoas que eu gosto. Tenho meus limites. O primeiro deles é meu amor-próprio. Perdôo uma vez, porque errar é humano. Perdôo duas porque o ser humano é estúpido às vezes. Mas não posso viver perdoando porque isso seria incompetência minha.
Acredito que as pessoas aprendem com os próprios erros e com o tempo. Acredito também que quem traiu uma vez e foi perdoado vai trair de novo. Acredito que aquelas pessoas que vivem falando mal dos outros vão falar mal de você com esses outros. Acredito que as pessoas só mudam por vontade própria e nunca pelo pedido de outra pessoa. Acredito que tudo que eu acredito hoje vai mudar com o tempo. E que, no futuro, talvez, eu acredite em menos coisas. Ou em nada mais.
Nunca vendi meu corpo, nem nunca sequer considerei essa possibilidade. Eu sei exatamente o tipo de homem que sai com puta. E esse tipo me dá náusea. Nunca precisei experimentar drogas pra pertencer a nenhum grupo. Me dou bem com todo tipo de gente e as pessoas costumam gostar de mim apesar do que eu sou. Tenho verdadeira repulsa por homem mulherengo. Detesto aquele tipinho “caminhoneiro” (que fala pra esposa que tem uma em cada ponto, mas ela é a única que ele ama). Detesto mulher corna que se explica pras pessoas “mas ele me ama”. Sexo com outras pessoas só é perdoado quando é o homem que faz. Detesto homem machista. Detesto o tipinho que vai pra farra enquanto a mulher tonta espera em casa. Detesto mulher tonta.
Eu queria ser famosa pra fingir que não sinto dor. Pra fingir que sou perfeita na capa das revistas masculinas. Pra fingir que não preciso fingir. Queria ser famosa pra ser uma fruta e não uma cabeça que pensa. Mas escrever nunca deu dinheiro, nem capa de revista, nem melhores amigos no Big Brother. Escrever é pra pessoas de quinta como eu, que não vão fazer seu primeiro milhão vendendo o que tem no meio das pernas pra adolescentes de 30 anos de idade. Queria ser famosa pra experimentar uma vida que, dizem por aí, é melhor que a minha. Queria ser famosa pra ver se eu conseguiria ser eu.

quarta-feira, 13 de abril de 2011


As mulheres não foram feitas para a fuga. Quando correm é porque desejam ser perseguidas.

Afinal, o que nós mulheres queremos é...


Nem de longe é a beleza de um homem que encanta a mulher. Para a sorte de vocês (ou azar, vai saber...), nosso barato é diferente, e pode ser definido, entre outras coisas, como "virilidade". Essa definição tem muito pouco a ver com coçadas supostamente discretas nos testículos, cuspidelas na sarjeta ou exaltação do sistema nervoso diante de 22 homens suados correndo no gramado, imbuídos do espírito de encaçapar a gorduchinha. Vai muito além da testosterona exacerbada. Tem a ver com autoconfiança, sempre. E com perspicácia, qualidade muito rara num homem. Ou você pensou que seria fácil? Não ligamos pra barriga, careca ou pneuzinhos, até porque sabemos muito bem que nada disso atrapalha, tanto quanto o seu oposto pode ser absolutamente desprovido de encantos se não vier acompanhado de um perfil psicológico substancioso. Mas o que afinal de contas isso quer dizer, nunca te explicaram. Então lá vai. Voltemos à virilidade. Acho que poucas coisas nesta vida são mais eróticas e provocantes do que a inteligência. E quem a tem também possui senso de humor - porque somente os inteligentes não levam nada muito a sério e sabem se divertir mesmo com as intermináveis chatices cotidianas. Então temos inteligência e senso de humor, que somados à malícia (outro atributo dos neurologicamente privilegiados) arrebatam as mulheres e tornam um homem ainda maior aos nossos olhos. Porque não basta pregar a gente na parede. Isso todo ser munido de um bom falo é capaz. É preciso, para se diferenciar da varonil multidão, despertar nosso impulso primitivo racionalmente ativável. Eternamente alunas. Vocês olham uma mulher e pensam: "Meu Deus, que peitos, que nádegas, que cinturinha escultural, que boca mais lasciva...", e já começa o devaneio e o desejo de abater. Nós, não. É impossível uma mulher (minimamente inteligente, claro) olhar para um homem esteticamente interessante e, sem nenhuma conversa, desejar ser invadida. Não. Eis aqui a diferença: nosso desejo de invasão não prescinde do intelecto (você já deve ter presenciado o olhar admirado e sensual das alunas de um grande professor). É preciso passar primeiro pela porta da razão para chegar à porta da alegria. E quanto melhor for o instrumento pensante do sujeito, maiores as chances de acolhida de um outro também interessante e mais mecânico agente. Porque mulher gosta mesmo é de ser surpreendida, e isso só acontece quando se depara com alguém mais esperto do que ela. Todos sabem o jogo que estão jogando, esse interminável gato-atrás-do-rato que motiva nossa vidinha. E é preciso reconhecer as suas regras, o que requer maturidade. Homem que baba demais, no chance. Os que bajulam e não convencem, também. Os cafas, cruz-credo! A gente tem olho clínico pra eles e passa longe quando os vê. Os demasiadamente (ou precipitadamente) românticos têm grande chance de morrer na praia, porque acaba o desafio. Os posudos e pretensiosos não duram mais do que uma noite. Restam então os inteligentes. Estes, sim, sabem do que somos feitas. E sabem que, por trás de toda empáfia, vaidade ou sedução, está um bichinho indefeso em busca de acolhimento, louco por um colo. A virilidade está nisso, na consciência masculina de que não somos assustadoras nem lascivas, mas apenas mulherzinhas assustadas e ávidas por um olhar que nos descubra. E nos devore, de preferência.

terça-feira, 12 de abril de 2011

l.i.v.r.e.


Você quer casar e ter filhos, eu quero dormir sozinha na minha cama queen e ter uma casa com uma girafa, uma onça e 379 pássaros. Soltos. Você quer me segurar. Eu quero ser solta.
Por não saber o que quero da vida, vivo fazendo o que não quero. Por não saber amar, vivo levando na cara. Por amar demais, vivo sonhando. Por não acreditar nos sonhos, vivo me ferrando. Por me ferrar sempre, vivo me fechando. E por me fechar demais, vivo sem amor.
Acredito no amor, apesar de o amor não acreditar em mim. Valorizo as pequenas coisas, como o chocolate no fim da tarde e o almoço no meio do dia. Valorizo a boa intenção. A boa fé. Acredito nas palavras do coração pra fora. E nos sentimentos do coração pra dentro. Acredito em tudo que vem de dentro da alma. Acredito no agora e desconfio – muito – do futuro. Desejo o bem pra quase todas as pessoas que conheço. Acredito no desejo. Acredito na vontade que faz acontecer. Acredito que tudo que queremos de verdade acontece. Não acredito em signos, cartas e tarô. Respeito todas as crenças. Acredito no amor que dura uma vida inteira. Desconfio do amor que dura uma noite. E respeito todas as formas de amar.
Você já devia saber que uma garota que já deu uma bolsada na cara de alguém não está pra brincadeira. Já deveria conhecer meu tom seco e sarcástico e minha insuportável mania de falar a verdade sem me importar com o que os outros vão pensar. Sem me importar se vão continuar gostando de mim mesmo assim.
E mesmo assim você me quis. Mesmo conhecendo meus defeitos mais ácidos e meu (mau) humor oscilante. Mesmo assim você pagou o preço e apostou todas as suas fichas pra ver no que ia dar. Corajoso você.Nunca precisei fingir que sou uma pessoa boa. Nunca precisei fingir que eu não to nem aí quando eu to mais aí do que aqui.
Não faz meu tipo. Me esforço às vezes pra ser romântica, pra acreditar nos planos. Pra acreditar nas pessoas. Nunca chorei pra convencer. Talvez porque não faço questão de convencer. Ou, como você mesmo diz, sou direta. Fria. Seca. É. Nada disso é novidade pra ninguém. É só o meu jeito.
Mas o que você não sabe é que eu nunca precisei assistir novela pra construir frases bregas. Nunca li e-mails de auto-ajuda em Power Points coloridos - que piscam, cantam e mostram imagens de santos - e ainda assim sou brega. Nunca precisei ser melosa pra ser romântica. Nunca precisei fazer esforço pra dizer que amo. Só consigo chorar se estiver triste. Não sei fazer cena.
Meu personagem é o mais puro retrato de mim. Sem máscaras.Deve ser por isso que sou tão chata. Intolerante. Exigente. Dou 100% de mim e exijo o mesmo em troca. É alto o preço. Mas você - todo orgulhoso - ligou, insistiu, chegou e disse que queria pagar pra ver. E eu – confiante – disse sim, aceito. Aceitei que você ia aceitar minha chatice. Minhas “nóias” (como você diz).
Aceitei trocar a boa vida de solteira pelo seu colo macio. Larguei a balada e me prendi a você. Soltei o mundo pra segurar a sua mão.
Não é qualquer um que agüenta, eu bem sei. Mas você arrumou um jeito de me dobrar. Fez um origami de mim e agora eu estou na sua mão. Por você, abri uma exceção. Virei minha vida do avesso. Abri minha casa. Meu coração.Por você eu apaguei os nomes do meu celular. Esqueci os abdomens sarados. Apaguei meu passado. Por você, parei de escrever, avacalhei a rima e esqueci os versos. Por você, abandonei os outros alvos. Acertei na escolha.
Larguei as festas, os riscos. Larguei a vodca com energético.Misturei amor com você.
Não é nada fácil. Mas você é bom nisso. Você me amolece com suas palavras. Me suporta com esse seu jeito doce-azedinho. Você é uma pessoa boa e acha que o mundo é bom. Aprendeu a ver o mundo com seus olhos (me ensina?).
E eu sou pura. Pura azedura. Puro teste de paciência com você. Testo seus nervos, sua pele, seu suor. Testo suas noites de sono. Seus sonhos. Misturo os meus com os seus.Me perco em você todo. Agora só falta a gente achar um caminho. Me ensina a falar a sua língua. Me ensina a ver o mundo bom que você quer me mostrar lá fora. A ver o que eu não vejo.
Me leva pra você. Some comigo no mundo. Me coloca pra dormir e só deixa eu acordar se for do seu lado. Não me deixa sozinha nunca mais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

'Esta é a última carta'. A partir de agora, eu virei silêncio.


Eu relutei muitas vezes em fazer essa prece, por receio de estar renunciando você e ao sentimento que sentia/sinto por ti. Mas hoje eu fiz essa oração. Pedi ao meu Bom Deus, que se não era pra ser você mesmo, se não haverá reconciliação, recomeço daquilo que vivi... Que eu esqueça você. Que eu, de fato, esqueça pra poder seguir minha vida, verdadeiramente com leveza. Não mais me sentindo suja ou traidora por dedicar a outro tudo aquilo que eu desejei que fosse só pra você, mas que você não quis, ou até quis, mas tua covardia não permitiu me dar espaço. Sei que não vai ser fácil pra mim te esquecer. Mas agora peço a força de Deus pra esquecer-te. Já que esperei por tantas vezes os teus sinais e eles não vieram. Esse surto que você ta tendo agora, só faz se repetir o passado em minha mente, onde na minha presença você só mostrava as gaiatices. Sobre o sentimento, o compromisso, você só falava com os outros. E isso só passaria a ser verdade absoluta pra mim, quando as palavras fossem dirigidas a mim por tua boca. Você não faz idéia do quanto eu quis ser tua só tua. Quis te cuidar, te mimar, te proteger, te dar o meu amor. Mas você nem ligou. Jamais me esquecerei de quando você soube me dizer que não queria nada sério com ninguém, pelo menos nos últimos tempos, que o futuro a Deus pertencia. Interpretei como que você quisesse congelar o meu querer por você pra quando você tivesse disponibilidade eu estar intacta esperando você me querer. Dias após você estava namorando, chamando ela de um ‘mimo’ que na minha inocência, achava que era só pra mim e você. Pois é, Dengo... Se essa for a vontade de Deus, eu me esforçarei e irei te esquecer.

Te cuida ;*


Mais uma vez eu te dei uma chance, e você nem sequer notou.
Lembro exatamente de como você estava no dia em que te conheci. Camisa de malha amarela, calça jeans surrada, os bons e velhos tênis combinado com esse teu jeito esquisito. Trazia uma careca horrorosa e quase não falava. Era de uma desenvoltura monossilábica. Não tinha beleza usual, quebrava meus parâmetros da atratividade, com seu aparelho e seu tabaco. Com sua forma esguia e lânguida. Nada familiar a mim e ainda assim, não conseguia tirar os olhos de você.
Mal consigo me lembrar quando me apaixonei por você! Entre um beijo e outro me via presa no gostoso de dormir em teus braços e implicar com teu pé estranho sempre com aquela mania de fumar na cama, ainda deitado. Debochava da minha idade, do meu tamanho e nunca dizia o que sentia. Sequer saudade. Vez ou outra bêbado, mas quase nunca. Era então meu amor e meu amigo. Entre as vastas conversas (agora polissilábicas),confissões e beijos, confidências e desejos, estivemos juntos.
As vezes me lembro disso, mas hoje, especialmente hoje, lembro de quando me pediu pra partir.

Cansei do desespero, logo isso se tornará desprezo.


A mulher somente despreza quem ela amou demais. Não é qualquer homem que merece, não é qualquer pessoa. Pede uma longa história de convivência, tentativas e vindas, mutilações e desculpas. O desprezo surge após longo desespero. É quando o desespero cansa, quando a dúvida não reabre mais a ferida. É possível desprezar pai e mãe, ex-esposa ou ex-marido, daquele que se esperava tanto. Não se pode sentir desprezo por um desconhecido, por um colega de trabalho, por um amigo recente. O desprezo demora toda a vida, é outra vida. É nossa incrível capacidade de transformar o ente familiar num sujeito anônimo. Assim que se torna desprezo, é irreversível, não é uma opinião que se troca, um princípio que se aperfeiçoa. Incorpora-se ao nosso caráter. Desprezo não recebe promoção, não decresce com o tempo. Não existe como convencer seu portador a largá-lo. Não é algo que dominamos, tampouco gera orgulho, nunca será um troféu que se põe na estante. Desprezo é uma casa que não será novamente habitada. Uma casa em inventário. Uma casa que ocupa um espaço, mas não conta. É a medida do que não foi feito, uma régua do deserto. A saudade mede a falta. O desprezo mede a ausência. O desprezo não costuma acontecer na adolescência, fase em que nada realmente acaba e toda vela de aniversário ainda teima em acender. É reservado aos adultos, desconfio que deflagre a velhice; vem de um amor abandonado. Trata-se de um mergulho corajoso ao pântano de si, desaconselhável aos corações doces e puros, representa a mais aterrorizante e ameaçadora experiência. Indica uma intimidade perdida, solitária, uma intimidade que se soltou da raiz do voo. O desprezo é um ódio morto. É quando o ódio não é mais correspondido. Não significa que se aceitou o passado, que se tolera o futuro; é uma desistência. Uma espécie de serenidade da indiferença. Não desencadeia retaliação, não se tem mais vontade de reclamar, não se tem mais gana para ofender. Supera a ideia de fim, é a abolição do início. Não desejaria isso para nenhum homem. O desprezado é mais do que um fantasma. Não é que morreu, sequer nasceu; seu nascimento foi anulado, ele deixa de existir. O desprezo é um amor além do amor, muito além do amor. Não há como voltar dele.

Dessa vez apostei certo.


Eu sabia que estava sendo amada, talvez como nunca em toda a minha vida. Mas absolutamente incrível. Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

Só ele... o Meu Zú *_*


" Pra ninguém, você pergunta se ela também pensa em você. Sem resposta, mas claro que sim. Com sombras de dúvida. Ninguém apaga tudo assim. Ela também ouve "Pra você guardei o amor" com o olhar triste no céu escuro da varanda. Claro que ouve. Aí você começa a desconfiar que ela poderia ter sido a mina legal da sua vida. Isso, se você sentisse a mesma paixão, se você conseguisse entregar sua alma tanto quanto, se você soubesse amar ela do mesmo jeito e intensidade que ama a falta que agora ela te faz. "

sábado, 9 de abril de 2011

Conta pra mim de onde a gente se conhece...



Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem a sensação de que sempre esteve aqui, quando eu sei que não estava. Conta por que nada do que diz sobre você me parece novidade, como se eu estivesse lá, nos lugares que relembra, quando eu sei que não estive. Conta onde nasce essa familiaridade toda com os seus olhos. Onde nasce a facilidade para ouvir a música de cada um dos seus sorrisos. Onde nasce essa compreensão das coisas que revela quando cala. Conta de onde vem a intuição da sua existência tanto tempo antes de nos encontrarmos. Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem o sentimento de que a sua história, absolutamente nova, é como um livro que releio aos poucos e, ao longo das páginas, apenas recordo trechos que esqueci. Conta de onde vem a sensação de que nos conhecemos muito mais do que imaginamos. De que ouvimos muito além do que dizemos. De que as palavras, às vezes, são até desnecessárias. Conta de onde vem essa vontade que parece tão antiga de que os pássaros cantem perto da sua janela quando cada manhã acorda. De onde vem essa prece que repito a cada noite, como se a fizesse desde sempre, para que todo dia seu possa dormir em paz. Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem essa repentina admiração tão perene. De onde vem o sentimento de que nossas almas dialogavam muito antes dos nossos olhos se tocarem. Conta por que tudo o que é precioso no seu mundo me parece que já era também no meu. De onde vem esse bem-querer assim tão fácil, assim tão fluido, assim tão puro. Conta de onde vem essa certeza de que, de alguma maneira, a minha vida e a sua seguirão próximas, como eu sinto que nunca deixaram de estar. Conta pra mim por que, por mais que a gente viva, o amor nos surpreende tanto toda vez que vem à tona.

Apesar dos caminhos opostos, seu lugar aqui ninguém nunca tomou.


"Eu queria saber como dizer que apesar dos contratempos e da gente ter tomado uns rumos tanto quanto diferentes, quando eu vir você e você me ver, vai ser como se o tempo nem tivesse passado. Eu queria conseguir explicar que apesar de eu ter conhecido tanta gente nova, seu espaço ninguém tomou. Olhe você se cuide. To aqui pra qualquer coisa, nem que seja pra te falar as minhas besteiras e te fazer dar aquela risada que mais ninguém tem e que eu sinto tanta falta."

Esqueça...



Esqueça se ele não te ama
Esqueça se ele não te quer

Não chore mais, não sofra assim
Porque eu posso te dar amor sem fim
Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar
Não chore mais
Vem pra mim, vem
Não pense
Não sofra
Não chore mais meu bem.

"Poderíamos"... e foi assim que EU quis.


Poderiamos casar,teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegariamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase,fariamos amor a noite toda e você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.

...ou talvez eu só precise de férias, um porre e esse novo amor.


É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.

Talvez volte, ou não.


Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.

Aquela saudade irracional.


"Confesso que me dá uma saudade irracional de você. E tenho vontade de voltar atrás, de ligar, de te dizer mil coisas, e cair em suas mãos, sem me importar com nada, simplesmente entregar-te meu coração. Mas não, renuncio, me controlo e digo para mim mesma que não é assim, que não pode ser, que você se foi, e não volta. "

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hoje, quero colorir meus olhos com o teu sorriso. Esquecer nossos problemas, fazer valer o impossível, o acaso, o destino. Hoje quero roubar o passado escondido nas estrelas, quero conspirar com a lua cheia, quero voar nas caudas dos cometas. E, de tanto, quero cair, finalmente, no teu colo, enquanto tu secretamente pedes por um sonho. Por hoje, quero ser a realidade concreta, quero ser aquela que te espera, quero ser a que dantes nunca tiveste em tua vida. Quero usurpar esta agonia, tua, e, minha, quero te dar a certeza única de que te amo.

Desde que você se foi...

" Minhas noites tem o perfume das rosas,
E o gosto da solidão...
Desde que você se foi. "

Ainda [e sempre ] penso tanto em você...


[...] Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada. Só estou te dizendo estas coisas porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido. Depois de tudo. Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem. Só isso.

A lembrança de você ainda marca tudo que eu faço.


"Hoje tive os melhores sonhos. Sonhei com você, sonhei com os nossos melhores dias e os nossos melhores sorrisos. É incrível como se desfez assim. [... ] Eu sei que ainda se lembra das nossas brincadeiras, dos nossos sonhos, das nossas alegrias e nossos medos. Eu sei que sabe que ainda te amo porque sabe que algo tão bonito não se acaba assim. Eu ainda me preocupo com você, ainda me preocupo com suas decisões e seus objetivos, e sei que vai alcançar todos. Espero que esteja feliz. São tantos sonhos se realizando... os meus, os seus... Se cuida Dengo, seja feliz, não se esqueça de tudo o que passamos um dia, não se esqueça que não te esquecerei, e o pouco que passamos juntos é bem maior. Te amo, até um outro dia, até um outro sonho. O meu coração como o prometido, ainda deixo com você."

Queria que você soubesse o quanto me salvava...


Enquanto eu me sentia, sem chão sem saber o que fazer, ele me olhava com um sorriso esperançoso, com um olhar de que tudo iria dar certo. Eu não conseguia entender o porque de toda aquela confiança. Meu coração apertado, e ele lá firme, segurando a minha mão, dizendo que tudo daria certo. Queria que ele soubesse o quanto me salvava naquele momento, me salvava do desespero querendo me dominar. Minha vontade era de sentar ali e chorar, não de tristeza, mas de cansaço. Eu queria cair num sono profundo até amanhecer outra vez, até as coisas começarem a caminhar novamente. Enquanto meu olhar desesperado encontrava o dele calmo, sereno, era como se o peso que eu carregava fosse dividido, era como se ele conseguisse ver tudo de uma forma mais fácil, mais simples... Me disseram que eu era forte, mas não... ele que era, e era a força dele que me deixou de pé. E ele sabia disso, e ele sabe disso.



"...De onde vem o jeito tão sem defeito?

Que esse rapaz consegue fingir

Olha esse sorriso tão indeciso

Tá se exibindo pra solidão..." [Los hermanos- De onde vem a calma]

Os sorrisos, os olhares, os carinhos, os sorrisos, os beijos, o silêncio. Esses nunca seriam esquecidos. Tudo de ruim nunca deve ser grande o suficiente pra esconder as coisas boas que aconteceram.

Algo que estará para sempre em mim...


“E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles.”

" Um amor para recordar "



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tudo acabado, Não te vejo nunca mais Simplesmente, sem palavras, Apenas um adeus O que era tão lindo De repente se perdeu Um pro outro, toda vida, Nós dois perante Deus Um jeito de amar que o tempo esqueceu Mesmo que eu esconda Tudo aquilo que sentir Não pergunte, não respondo, Eu posso até mentir Sei que foi um grande amor, Mas devo desistir Te amando, para sempre, Sem nunca compreender Como o infinito amor foi se perder ... Nada vai poder mudar, Não há nada a decidir Sem saída, sem mais chances, Não há pra onde ir. Sei que foi um grande amor, Mas devo desistir Escondendo, o que sinto, Não quero mais criar Um castelo de ilusões Pro vento desmanchar.

Eu queria que em um dia qualquer, você chegasse de fininho, me abraçasse apertado e dissesse: Senti sua falta!

Os olhos, geralmente, não desmentem o que diz o coração.


São os olhos, exatamente os olhos, que eu mais ouço. A vida tem me ensinado, ao longo da jornada, que as palavras muitas vezes mentem.Os olhos, geralmente, não desmentem o que diz o coração.

O paradoxo do tempo.

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver.Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.Conquistamos o espaço, mas não nosso próprio.Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

Você sempre esteve por perto, mas não ao meu alcance.


Sabes, eu estou esquecendo você. E o mérito ou a culpa é sua. Sim, é verdade. Vem acontecendo gradativamente, nota? Eu sempre quis aproximação, reciprocidade, algum tipo de relação normal. Mas você ficou aí parado, concordando com algumas das minhas reivindicações de afeto, como aquelas pessoas que sentam em mesa de bar pra discutir política, falam, falam, escutam, escutam e não fazem nada pra mudar o processo. Eu só queria um pouco de atitude. Você sempre esteve por perto? Ah, sim, tem razão. Sempre esteve por perto, mas não ao meu alcance. Mil impossíveis, impostos por você, entre nós dois. Um tipo de amor invisível, que a gente até sabe que existe, mas nunca se completa. Omissões e ausências, algumas vezes justificadas por falta de memória, outras, simplesmente pela frase: “eu sou assim”. É, demorou muito, mas você fez um bom trabalho para que eu já não sentisse tanto a sua falta. Afinal, você é especialista em se manter ausente. E o pior é que você acha normal esse tipo de comportamento. Se eu não sinto mesmo a sua falta? Sinto falta de um passado que esconde lembranças boas. Lembra quando conversávamos durante horas? Lembra quando riamos muito enquanto conversarvamos ao lanchar? Lembro do "Eu te amo" inesperado no carro? Enfim, não vou ficar aqui citando lembranças felizes porque elas não são suficientes para eu ainda lutar por você. E há de convir que eu lutei muito, não é mesmo? Esperei demais, fui ao seu encontro, bati na porta. Quantas vezes eu subi e desci aquelas escadas esperando que alguma coisa mudasse? Que tomasse alguma decisão ao nosso favor. Tentei de todas as formas entender e aceitar o inaceitável. E você, seu acomodado, o que fez? Eu quero que você perceba que eu me decepcionei muito. E essa parte, sejamos sinceros, não foi culpa sua. Idealizei demais e muitas vezes fui condescendente com essa situação toda. Eu tinha uma imagem sua, meio fantástica, não é? De um homem mais decidido, que mandava na sua própria vida, mais forte, talvez. Pensando bem, acho que você até foi assim uma época. Eu só quero que você saiba que o teu mal foi não fazer nada e viver somente pelas circunstâncias. Não dá mais para dar morada assim a você, aqui dentro, sem compartilhar. Não pense que eu escrevo todo esse texto dramático com algum sentimento de satisfação. Pelo contrário, não há alegria nenhuma em passar um tempo tentando fazer o melhor e depois se dar conta que não funcionou e não vai funcionar. Mas afinal, a culpa é toda sua mesmo? Não, a culpa é nossa, mas é o que menos importa agora, pois o que não está feito não está. Te dei todo o tempo do mundo. Agora, eu sinceramente, de coração, mesmo amando, preciso e estou indo embora. De dentro pra fora, entende?A cada dia um pouquinho mais. Como sempre desejo que sejas muito feliz, e o meu pedido é o mesmo, só desejo um sorriso. Tu sabes do que eu falo.