quinta-feira, 7 de abril de 2011

Obviedade do amor.


Eu não queria ser mais uma na sua cama, por isso disse não aos diversos convites feitos por você pra passarmos um fim de semana na fazenda, pra me afastar da obviedade do amor...[Era a idealização perfeita da minha cabeça, de um fim de semana de puro amor]. Não sabia como, mas queria que você me notasse diferente de todas as outras. Mesmo assim, hoje senti uma puta falta sua, da sua pontualidade física, daquela cicatriz que você odeia em seu rosto, e eu não cansava de olhar. Eu não sei se rosas vermelhas ou qualquer metáfora que leio em livros-mulherzinha podem resumir o amor, mas quando penso em amor, vejo que ele deve ser transformador. Eu não gostava de rosas antes de você rsrs Depois de você, eu mudei, isso é fato e como aconteceu ou quanto durou, não importa. Você pode seguir do outro lado da cidade sem me ligar e eu ficar aqui, arrastando o sofá até a porta pra que você não possa voltar. Mas agora tanto faz, as rosas morrem mesmo... A grande ironia disso tudo é que continuo tentando pensar no amor como metáforas cheias de flores ou ausentes delas, lendo filósofos e poetas capazes de defini-los. Bem ou mal, eu vivo com ou sem você, mas o grande inconveniente é que o amor não pode ser medido sem você tragando aquele cigarro irritante, que me deixava louca de preocupação com seu pulmão, ou aquelas gargalhadas altas quando bebia, que acabava chamando a atenção daquelas piriguetes sempre de olho em você, meu Grandão. Se você vai, o amor vai junto e tudo volta a ser como era antes. Com ou sem rosas vermelhas, a presença é a obviedade do amor.