domingo, 4 de julho de 2010

Tem saudade que dói inteira, amooor...


Tudo me faz lembrar de ti, como se o meu coração fizesse morada no teu peito e eu não conseguisse viver em paz por isto.
Tu sabes, não é só a alma que sente um abismo intransponível e a sensação de impotência diante da ausência.
Às vezes o corpo também dói, chora e quer fugir do que o deixa tão inquieto, tão aflito, tão pela metade...
Tem saudade que deixa a gente sem rumo e sem conexão com o resto do mundo.
Tem saudade que aperta a garganta, contrai a musculatura, desanima.
Tem saudade que faz pensar em tudo que poderia ter sido e não foi.
Tem saudade que só quer de volta o que já foi, o que ficou para trás e que não volta mais.
Tem saudade que é vontade do que nunca aconteceu, nunca se viveu, pura utopia.
Tem saudade que afasta quem está perto e disposto a apaziguar a nossa saudade, pois saudade não se dá a substituições, não é mesmo?
Mas mesmo diante de tantas conjecturas eu te peço: não ligues a distância com ausência. Não ligues ausência com saudade. Pois mesmo distante te acompanho. Porque mesmo ausente, estás comigo.
É assim mesmo... tem saudade que dói inteira, amor... não tem outro jeito.