domingo, 26 de setembro de 2010


Eu sou doce a maior parte do tempo, mas tem dias que eu acordo ácida e não quero melodrama. Não quero falar da crise política, do final da novela ou simplesmente não quero falar.
Eu adoro agito, adoro uma festa, adoro companhia, adoro longas conversas sobre todos os assuntos do mundo. Mas há às vezes em que eu só quero silêncio, meia-luz, e um ombro para deitar e dormir.
Penso sempre que o dia que eu encontrar alguém que aceite e goste de todas as minhas facetas, juro que caso. De vestido branco, papel passado, festá pós cerimônia. Tudo como manda a tradição.
Mas não aceito me doar pela metade. Ou aceita todas as mulheres que vivem em mim, ou não aceita.
Até lá continuo feliz sozinha. Aprendendo a lidar com todos esses lados de
uma mulher que numa hora é princesa e na outra é feiticeira.
Então me deixa continuar vivendo meus delírios, minhas histórias tão malucas quanto os filmes do Tim Buton. Me deixa viver que essa é a minha especialidade.
Viver do meu jeito ancioso e preguiçoso, mas ao mesmo tempo tão extravagante e impulsivo.
Por que não se deve tentar mudar a essência das pessoas. Eu nasci teimosa, moleca, princesa, mulher, às vezes sedutora, às vezes tímida. Mas se você me aceita e me pede para ficar, eu faço da sua vida uma festa diária. Sem rotina. Sem motivo pra preguiça. Sem pedaços de corações jogados pelo quarto.


Te darei o seu próprio final feliz.


Ps: Louca e Santa como já dizia Martha Medeiros. Assim que toda mulher nasce.