sábado, 21 de maio de 2011

Depois de duas semanas tentanto entender se você me fazia falta ou não, acabei descobrindo que sim: você me faz uma falta enorme, além de todas as coisas. É saudade do sorriso, do cheiro, do abraço, do olhar, do beijo. Saudade das conversas. Saudade do nosso amor. Deu tudo errado não foi? E agora todos os dias eu choro. Um choro rápido. Algumas lágrimas caem, deixam meu rosto vermelho, molham o travesseiro, eu respiro fundo e o choro já passou. É, agora eu tou assim sabe, não me permito chorar por muito tempo. Trato logo de secar os olhos, porque chorar é lembrar. E eu tenho que parar e esquecer, pra ver se dói menos. Mas continua doendo. Agora mais do que há quinze dias atrás. E daqui há uma semana mais do que hoje. É uma falta serena, uma saudade gritante mas controlada, e uma dor que não corta mas incomoda e deixa o coração triste. As coisas aqui dentro de mim andam um pouco feias, tudo muito sem cor, sem vida. Ando todos os dias no arame farpado que se faz a razão e o coração. E deixa eu te dizer, se ainda não me afundei em lágrimas e cai de cabeça nessa dor é porque a razão tá todo tempo martelando na minha mente, dizendo que é melhor assim. Que o momento é nós dois estarmos separados. E minha maturidade dizendo todo tempo que isso vai passar, que aos poucos vai ficando mais fácil. A verdade? Queria estar contigo, com todo o meu gostar, com toda minha dedicação. Mas ai vem a razão dizendo que eu não posso. Vem o medo dizendo que se nós voltarmos vai ser tudo como antes - as mesmas brigas, as mesmas divergências. E vem a realidade me mostrando que você está muito bem sem mim, obrigada. E eu sinto um ciúme horrível de você que vem seguido de uma raiva mais horrível ainda. Do tipo, não tou contigo e nem quero que ninguém esteja. Coração aperta, eu ligo pra você. Você diz que ta bem. Mas não passamos disso. Acho que é isso. Estranho? Demais. Mas é assim. Eu ligo outra vez e você diz que vai sair; e eu penso: " tá do jeito que ele sempre quis. Diversão a todo tempo. Continuo ligando pra que? Ele não precisa de mim.". Minha voz fica estranha e você pergunta se eu estou com raiva. Digo que não. Desligo o telefone e choro. Mais uma vez um choro rápido, mas cheio de dor. E então eu prometo a mim mesma que acabou. Não vou mais te ligar, não vou mais te procurar.
Você tá certo, tá seguindo sua vida. E eu vou seguir a minha. Vai ser difícil, mas levo como mantra: vai passar! É isso, parou por aqui. Eu e você, cada qual pro seu lado.