terça-feira, 31 de maio de 2011

Segundo a revista Nova, uma das maiores necessidades do homem Alfa é pertencer ao clube “Ele precisa de tempo e espaço entre outros homens para expressar agressividade, conviver em bando. No seu clubinho, dedica-se a atividades como apreciar cerveja ou falar de mulher. Necessita desse momento como forma de expressão da sua virilidade.”
Nós, mulheres, temos inveja de bundas duras, bolsas grandes e coloridas, sapatos incríveis e confortáveis e braços que não incham depois dos 30. Mas isso é fichinha perto do que sentimos ao ver um grupo de homens unidos celebrando a vida. Existe algo de mágico, intenso e verdadeiro na amizade entre os homens que uma mulher jamais experimentará. Sim, temos amigas, irmãs e amigos. Mas em algum momento nossa amiga vai nos apunhalar, nossa irmã vai competir por atenção e nosso amigo vai tentar nos comer. Vocês não, vocês passaram por coisas que a gente nem imagina, juntos, se amando, se abraçando, bêbados, caindo, rindo até quase morrer, colocando isqueiro em pum alheio, se xingando daquele jeito que mais parece um elogio, se empurrando como se fosse o abraço mais apertado do mundo. Homem quando encontra os amigos fica com aquele semblante de criança quando ganha o brinquedo mais esperado do ano. Mulher dá aquele grito falso, pulinhos, se agarra e você vê na hora que aquela linda amizade não dura mais do que seis meses. Não tente ligar para um homem quando ele estiver “na noite dele com os amigos”. Algo de extraterrestre acontece. Trata-se de outra galáxia. É o mundo paralelo da real felicidade. Mulheres, esses seres, não entendem, nem podem, não está no DNA feminino ser tão feliz apenas por ser bobo. É o momento de ser macho, muito macho, com os machos. Falar de xanas e bundas e peitos e mulheres do trabalho e arrotar e ser grosseiro e, principalmente, se libertar, em um ambiente seguro e familiar, da dor que é gostar de uma mulher- esses seres incompreensíveis, complicados e insatisfeitos. Naquele tocar de copos de chope, naquele urro tribal, lê-se: chega do que não se entende, chega de nunca agradar, chega de nunca saber, chega do que é complicado, eu agora estou com os meus e eles me aceitam e eles me entendem e eu, meu Deus, estou tão feliz! É quase patético quando as mocinhas saem para tentar alcançar esse nível de alegria, esse requinte de intimidade. A gente se diverte, fala absurdos sexuais (se bobear somos mais toscas que vocês nessa hora e expomos nossos namorados muito mais do que eles nos expõe) e consegue relaxar. Mas é diferente, é muito diferente. Tem sempre uma mexendo no cabelo incomodada que a do lado veio muito bonita. No final sempre descamba prum chororô de que o amor não existe, o ex não presta, o novo fulaninho não respondeu a mensagem de texto. A maior prova de que as mulheres são fracas em amizade é que a maioria acaba ficando super amiga das namorada dos melhores amigos do namorado. Homens sabem combinar peregrinações pela Europa, acampamentos no Ushuaia, campeonatos internacionais de pôquer, …mulheres sabem combinar “encontro para vender as minhas bijus lindas com precinhos especiais e bolinhos de fubá”. Somos chatas, muito chatas. Invejamos muito sua amizade com seu melhor amigo. Mas a nossa vingança é que, lá no fundo (isso sua mulher nunca vai te falar) achamos tanto amor (aquele que você nunca dá para uma mulher com medo de virar escravo dela) um pouco viadagem demais. Comparar pintos, se masturbar juntos, não viver um sem o outro, morrer porque essa quinta não tem “encontro da galera”. E a gente em casa querendo atenção, de creminho de manga e baby doll. Tsc, tsc.