sexta-feira, 5 de novembro de 2010


Conte segredos, confesse a confusão que se passa por dentro e a distância que tudo isto causa entre o ego e coração.
Não permita que entrem na sua vida para fazer você se perder em si, e deixar que ela se encarregue de te trazer de volta.
Viva o passo, as pegadas feitas pelos traçados dos pés que seguem em frente, sem esse medo de que o fim seja preciso, antes mesmo do início.
Seja fatigado de emoções, e, mesmo assim, ainda saiba viver só. Prefira a busca desse labirinto tedioso do que ter de ficar a esmo das decisões. Paixão não alimenta coração, nem há tempo definido para que o amor aconteça. Não deixe que subestimem o que tens a dizer . Não adianta, (re)viver o passado já não trará os mesmos sentimentos, nem a espécie de amor que se acredita existir. Acredite no presente, no que se tem ao lado, tenha paciência com a irreverência do outro.
Descuido serve de lição, maneiras de não dizer, e despedidas dão imunidade ao coração, esta batalha também se vence em parceria com o tempo.
Hoje, queira quem te quer, embora, na sua autosuficência seja difícil acreditar.
Tenha respostas na realidade, não precisa mais inventar, criar o que não existe para, quem sabe, conseguir o que quer. Agora o amor, de fato, existe
.
Aquilo que passou, passou. Descuido faz a gente pagar caro pela certeza que temos quando tudo passa, quando o outro se encontra, e a gente se perde.
A memória é um abismo, não queira acreditar nas lembranças para forjar saudade, afaste-as do seu cotidiano, livre-se da falta que ela faz.
Chegou a hora de pôr os acontecimentos em ordem cronológica. O presente é agora, o futuro vem mais adiante, e o passado a gente põe na primeira caixa vazia que se encontrar pela frente. De lá, selecione o que te faz bem, mas livre-se das promessas. O resto deixe trancado à sete chaves, se precisares abrir novamente, resgate apenas o que te fará feliz, e deixe novamente aquilo que não volta mais.