domingo, 3 de outubro de 2010

Hora de dar tchau


Ontem sonhei com você e acordei chorando. Pode parecer loucura, mas foi tão real que meu coração daqui te sentiu. Sei que é muita ousadia a minha adentrar uma coisa que é tão sua. Mas às vezes eu sou assim mesmo. Tomo posse do que não é meu, acredito no que invento, corro atrás do impossível. Isso também acontece com você? Bom, não importa. Hoje o que importa é o que eu quero que importe. Eu me importo. Ando preocupada com todas essas sensações contraditórias que me tem ocupado um espaço enorme. Acredite você que me perdi dentro da própria saudade. Como é possível? Sinto, e não te conheço. Li outro dia que somos capazes de sentir falta daquilo que nem chegamos a viver. Isso tem nome: o poder da ilusão. E ilusões também cansam. Acredita!? E eu cansei de insistir. Desculpe, o problema não é você. Sou eu, que nasci pra sentir. Porque sentimentos pela metade não me cabem. Tem que ser inteiro. Completo. Repleto. Eterno. Por isso perdeu a força. Perdeu a graça. Infelizmente a frase vai ficar incompleta. Em partes. (Não foi sempre assim?). Amanhã, eu não sei como vai ser. Você sabe, não entendo de muita coisa. Sou composta por dúvidas e medos. Assim como sou adaptável. Me acostumo fácil. Me desinteresso à toa. Espero me acostumar com a sua ausência. Até porque, quem nunca foi presente, não faz falta.
(Estou certa?)