domingo, 27 de fevereiro de 2011
Tudo que vai, volta.
"Para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade."
"O que estas frases tem em comum???
São relativas, mas de leis diferentes...
A 1ª frase tem a ver com a Lei Tríplice, comumente usada na wicca, é a única lei desta religião...
E a 2ª frase tem a ver com a Terceira Lei de Newton também é conhecida como Lei da Ação e Reação, ou seja... Tudo que vai, volta!
Isso é na ciência e na religião...
Tenha sempre cuidado com o que você faz, pois pode voltar para você mesmo...
Você já vivenciou isto na sua vida??? Aposto que sim!!!
Estas leis fazem parte da nossa vida, não há como fugir... não mesmo...
Intrigante isto né?!
É... isto é a realidade... "
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Aventuras da paixão.
- Estou passando aí pra te pegar!
- Como assim?! Sabes que não posso sair agora!
- Mas TEM que ser agora. Só coloca uma roupa. Estarei aí em dez minutos.
Colocou shorts, camiseta, uma rasteirinha, lembrou-se de pegar os óculos de sol e ele já tocava o interfone.
Beijaram-se de leve. Entraram no carro.
- Onde vamos?
- Verás. Tive uma ideia. Vais gostar.
Rumaram em direção às praias.
Chegaram numa praia mais afastada. Estava vazia, pois ainda não era época de temporada.
Caminharam pela praia brincando e se provocando até chegarem perto dos costões.
Atravessaram o primeiro, que dava para uma prainha reservada.
Ela passou pelas pedras reclamando que não gostava de aventuras em ambientes tão “selvagens”.
- Sou muito urbana, sabes que não curto isso!
- Ih, o clima está esquentando...
- Mas é verdade!
No final das pedras a pegou no colo e foi caminhando mar adentro.
Ela deu um grito!
- Não faz! Me solta!!! Meu Deus!!! Mas... e agora? To com a roupa toda molhada!
Jogou-a.
Ela emergiu rindo...
- Eu trouxe outra no carro, sua boba... Agora vem cá morena, vem... Deixa eu tomar água salgada da tua boca.
E beijaram-se dentro d’água, vestidos e molhados...
Não foi suficiente. Saíram da água meio atrapalhados, pois não queriam se desgrudar...
Tiraram a roupa ali mesmo e transaram sob o suave Sol de primavera...
Suados, voltaram para a água e lá continuaram a se provocar por mais algum tempo... já na suavidade do depois.
Subitamente, se deram conta de que aquilo tudo ali tinha sido uma grande loucura!
E saíram da água, vestiram as roupas, voltaram para o carro serenamente, abraçados e rindo de si mesmos... e do que a paixão é capaz.
Submissa a você.
O indecente é mentir, viver de mentiras.
Faça o necessário para se sentir plenamente feliz.
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"
Quanto tempo já passou e a gente nem se falou...
"Então, me diz alguma coisa
Bate aqui de madrugada
Pra lembrar daquele tempo
Pra sempre ou só por um momento
Me dá um beijo na boca
E depois me leva pra tua casa "
Charles Master / Armandinho
amor se esvaindo, ou nos tornando fontes?
Mulher sem razão, ouve o teu coração.
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou
Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dá um pouco de atenção
Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não tá com nada
É uma festa na prisão
Nosso tempo é bom
Temos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto
Na escuridão do quarto"
Não adianta sair por aí procurando, às cegas, um grande amor
Despedida.
Sabia o porquê. Por causa dele. Da certeza de que já tinham estado juntos. Não sabia onde, nem quando ou como.
Alguns momentos demandam técnicas racionais, outros carecem de transgressões emocionais. E sabia o que haviam se permitido.
A simples constatação quando finalmente o sentiu, quase lhe tirou a eloquência.
A comunhão é facilmente perceptível aos atentos.
Ocorre que o tempo pode ser um grande inimigo.
Tudo o que a prendia, segurava e continha, não seria desatado em algumas horas. Não conseguiria transpor tão facilmente a frieza que há muito estava se impondo nos relacionamentos. E intimidade física não demanda o encurtamento da distância que protege o coração.
Mesmo assim foi intenso... e pôde sentir novamente a felicidade que essa vibração é capaz de proporcionar...
Depois do pedido para que não calasse, viu-se falando e rindo, a despeito de perceber por dentro a mais absoluta desordem de sentimentos. E era justamente sobre isso que queria falar: de si, dele, das angústias, do tesão, de paixão, das dores, do arrebatamento, do sofrimento, de prazer. Mas ele mantinha idêntica distância: respeitosa e estratégica. Entoavam o mesmo mantra.
Ela também já tinha passado pela experiência de deixar que um homem a visse chorar na despedida e sofreu por ter se permitido. Não foi fácil constatar que os homens se sentem responsáveis ao ver uma mulher chorar; que ficam perdidos, sem saber o que fazer, porque não querem responsabilidades; querem fugir; desapegar. Por essa razão tinha prometido a si mesma que não o faria novamente. Sabia o quanto se libertar naquele momento poderia ser determinante. Não o conhecia o suficiente, pois assim também não lhe fora permitido, então preferiu não arriscar.
No derradeiro momento controlou-se, embora tivesse certeza absoluta de que se ele permanecesse ali, por mais um minuto que fosse, não conseguiria conter as lágrimas.
Quando enfim ele se foi, o peito cogitou outras possibilidades... mas era tarde... havia perdido para sempre a chance de sentir a leveza das mãos dele enxugando-lhe as lágrimas que finalmente permitiu correrem, sem medo.
Um sabia o quanto de si habitava no corpo do outro.
Deveríamos ter comemorado mais nosso encontro, pois hoje sabemos o quanto de amor nos foi permitido compartilhar. E há tantos vazios por aí que pensam e dizem amar...
Tudo de ti em mim está preservado num lugar onde nunca ninguém andará.
Não há tristeza, não há lamento, apenas uma doce saudade...
um pouco saciada pelo tom inconfundível da tua voz...
sempre foste mansidão..."
Pele na pele.
Sentada a beira do mar, me procurando o cheiro do seu perfume passou a me cercar. Fechando os olhos e deixando somente o perfume exalar ao meu redor, foi como se pudesse sentir aquele toque, que me arrepia da pontinha do dedinho mindinho do pé, até ao interior da minha alma. Era uma sensação de prazer, sendo apaziguada com uma sensação de leveza.
Como se estivesse a flutuar, voltei ao casulo, deite-me na cama e era como se estivesse prestes a tê-lo. Sentia aqueles lábios beijando desde meus pés até a minha testa. Desnorteada, alucinada. Os gemidos urgidos, traziam-me um prazer como se estivesse em um amor louco, desvairado. Era como se estivesse presente, prestes a surgir de trás de uma fumaça de gelo seco, me surpreendendo, me tomando em seus braços e fazendo-me mulher como tantas outras vezes. Nossa história foi o próprio poema de Luis Camões e ao mesmo tempo a velha frase de Martinha "Não era amor... Era melhor".
Entre um espaço onde estamos sós, nós dois, eu sou sua e você é meu.
Dos beijos o teu foi o que me fez querer voltar. Dos corpos o teu foi o que me despiu e me deu confiança para me entregar. E é isso que vale à pena. Olhar para trás e ver que sim, tudo valeu à pena e que eu não me arrependo de exatamente nada.
Se você precisa partir, eu entendo. Às vezes é necessário. Se nem nos somos para sempre, o que será? Não é? Se precisar de outra para ser feliz eu também compreendo. O que pode ser bom para mim, nem sempre será para o próximo. Sempre vou ter em mente fabula quando se referirem à gente como “nós”.
Agora sou eu, o seu desenho e o desejo de que bons momentos venham a meu encontro. Para que a cada momento que surja, eu possa viver intensamente sem pensar em um amanhã em um tempo paralelo. Quero viver apenas aquele momento. Quero aproveitar cada instante que eu puder ter. "(...)E te cuida, por favor. Te cuida bem.(CFA)". Vá e sejas muito feliz, meu amor."
O que vale é conhecer o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo.
Diante da crise de sentimentos confusos de uma mulher, é melhor silenciar.
Mas não aconteceu nada que possa ser resumido, explicado, esclarecido.
Nâo ocorreu um acidente, um terremoto, uma notícia; as vítimas são apenas sentimentos desarrumados e confusos.
E diante da falta de resposta já se pressupõe uma traição, uma ofensa...
Não percebe que ela está precisando somente de seu silêncio. É tão difícil doar silêncio...
É isso que ela pede, algo mínimo, algo discreto, algo despretensioso: o silêncio da lealdade. A fé. A quietude da segurança.
Que não fale nada, que não julgue, que não duvide, pois ela está cansada de ser abreviada, atalhada, sentenciada, concluída.
Está farta de que falem por ela.
Está farta de lutar para se defender, para ser compreendida, de começar de novo, quem não fica?
Que a receba em seu colo e dedique horas a fio beijando-lhe os olhos, dando voltas nas quadras de seus cabelos, consolando-lhe a pele.
Que a sua curiosidade não estrague a comoção.
Não dê ouvidos para a tristeza, dê ouvidos para os barulhos da casa. Os barulhos da casa cicatrizam qualquer ferida.
Não chamar atenção para si é um modo de estar presente nessas horas.
Ao acordar, ela não perguntará nada. Devolverá a boca, agradecida. E o abraçará como se tivessem conversado a noite toda sobre os problemas.
Na verdade, conversaram sem a arrogância das palavras."
(em O Amor Esquece de Começar, p. 174-175).
Desejo...
Tipos de mulheres.
Os homens sempre sabem com qual delas estão lidando.
Há a valentona, a frágil, a prendada, a feia, a vulgar, a rapidinha, a pudica, a inteligente, a séria, a maluquete, a bonita, a gostosa, a devagarinho...
E há a tudo-ao-mesmo-tempo-agora.
Pois é. Com essa fica complicado, pois a cada momento uma das características destaca-se mais que as outras, deixando os possíveis interessados perdidos.
Então algumas decidiram querer passar por uma fase bem mulherzinha: além de meiguinha, queridinha, cheia de delicadezas, uma Amélia(!), também querem ser socorridas, salvas, amparadas, ajudadas, além de ‘afofadas’, amadas, beijadas, bajuladas, agradadas, acarinhadas, 'full time'!!!
Ah, e inseguras! Querem poder se sentir beeeeeeeeeeeem inseguras... ciumentas; sendo egoísta e atendo-se em cuidar bastante de seus corpos, mente e espírito; querendo sair com 'seus' homens para todos os lugares e desfilar, bem agarradinhas!
Não seria mesmo uma delícia?!
Sim, porque os homens podem dizer que querem alguém com quem dividir as obrigações, uma mulher inteligente, com quem possam compartilhar tudo, mas nunca bancam esse tipo de mulher. Ficam inseguros, têm medo de beijar, abraçar, se entregar, se envolver, se declarar. E acabam ficando com as menininhas ou as Amélias! Tão mais fáceis de lidar!
E as mulheres estão mais independentes, bravas e lutadoras. Podem até dizer prescindir da gentil presença masculina que lhes abre a porta, envia flores, lhes tranquilizam no calor do abraço protetor, mas apenas porque não têm coragem de admitir ser isso uma inverdade... e acabam por travar uma luta com o homem macho que gostariam não fosse tão macho assim.
Então, percebo que, embora todos pensemos as mesmas coisas: que se declarar não significa amor eterno; que compartilhar não significa só discutir dinheiro e carreira; que dengos e mimos cabem aos dois, na sutileza da percepção de quem mais necessita em determinado momento, estamos todos muito estanques nos papéis invertidos.
Homens e mulheres perdidos. Com medo de expor suas dúvidas e fragilidades para que depois possa se instalar a sintonia do não dito. Não damos tempo a isso. Fugimos antes de nos deixarmos mostrar. As relações estão cada vez mais superficiais e talvez por essa razão nos sentimos mais sós, nos ocupando em idealizar algo inviável.
Encarar as coisas como realmente são, é melhor do que tentar vê-las como parecem.
Nós, mulheresm, somos múltiplas.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Aprendendo a ter a liberdade de assumir nossas necessidades.
Aquele gosto.
E eu agora escrevo não para te enviar essas palavras, mas para não me esquecer dos teus dedos nas minhas costas e dos meus encaracolando ainda mais teus cabelos; de que o mundo parece mesmo uma porção de coisas desnecessárias e sem sentido quando é possível estar perto de quem se gosta. É que precisarei lembrar disso nas insignificantes manhãs de quarta que ainda virão.
Afinal, o que fizemos foi sexo, amor ou sacanagem? Às vezes me parece sexo; de vez em quando amor; por outras me parece algo ilegal, imoral, ilícito. Talvez atentado aos bons costumes e à paz da vizinhança, que a tudo ouviu calada. Ainda bem.
Há tempos não sentia desejo tão forte ao repousar meus olhos em outros olhos, nem tanto prazer em trocar o olhar pelo sorriso.
Até agora desconfio que ficar tranquilamente deitada contigo, como se o mundo tivesse parado para fazer silêncio para nós dois, pode não ter sido realidade, e que tudo o que não foi dito sob o pretexto de não sermos invasivos ou levianos, não passou de um jeito de aproveitarmos um ao outro sem desperdiçarmos nada do pouco tempo que nos foi destinado. Com certeza evitou que as palavras ecoassem e nos enlouquecessem a ponto de apagar o registro do que realmente importa.
Sabia que voltaríamos a esconder nossas tristezas atrás do que nos cerca. A vida retoma seu ritmo.
Sabia que a tua rotina tornaria a ser massacrante e impiedosa comigo. Sempre foste claro nas tuas prioridades.
Sabia que continuaríamos nos agarrando a afetos passados. Afinal, é preciso sobreviver.
Sabia que tudo de mim que havia mostrado para ti não encontraria correspondência. Confiança não se pede, se (re)conquista.
Ocorre que cada um dos toques, suspiros, olhares e gemidos, denunciaram o que ficaria de ti... e são essas pequenas lembranças que te trazem para perto de mim o tempo todo... e gosto!
Um sexo diferente.
Um barzinho. Pessoas para todos os lados. Pessoas rindo. Pessoas conversando. Bebida. Risadas. Pessoas vivendo. Confraternizando. Convivendo. Interagindo. Eu apenas sentado. Quieto. Observando. Fumando e bebendo. Não tinha saído pra paquerar muito menos pra caçar. Não estava procurando uma foda. Não estava procurando conversa. Não estava procurando interagir. Queria beber. Relaxar. Fumar. Relaxar. Sair dali, voltar pra minha casa e só isso. Mas não foi isso que aconteceu. Como sempre parece que a vida me testa, e que certas coisas me provocam pra saber se eu ainda estou vivo. Por mais frio que eu possa parecer, corre sangue Mexicano nas minhas veias. Sangue quente. Sangue que pulsa como um vulcão em erupção. E por mais que eu seja quente, corre gelo nas minhas veias. Paradoxo? Vocês não viram nada...
Estava apagando a bituca do cigarro, com a cabeça e olhar baixo, olhando fixamente pro cinzeiro, assim que levanto os olhos vejo a Desgraça na minha frente. Parada. Em silêncio. Me olhando. Acendo outro cigarro. Dou uma tragada forte. Solto a fumaça. O sangue pulsa e o ódio aparece pra me dar oi. Da boca da Desgraça começam a sair algumas palavras:
- Oi...
- ...
- Tá tudo bem com você? Quanto tempo, né?
- ...
- Sei, que você ainda deve me odiar, sei que você ainda...
Um garçom conhecido passa perto da mesa. Levanto, olho pra ele e peço:
- Reginaldo, trás a minha conta aí. Vou no banheiro, já volto aqui e pego, beleza?
- Claro, Dave, vai embora cedo hoje...
- Pois é...
Apago o cigarro como se fosse quebrar o cinzeiro ao fazer isso. A Desgraça continua parada, com aquela expressão falsa e dissimulada, querendo me fazer acreditar que doeu minha indiferença. Só mais algum jogo manipulador e maquiavélico de um ser vil e calculista. Nada além disso. A vacina pra esse mal, já tomei. O vírus não irá me contaminar novamente. Saio de perto da mesa e passo pra seguir em direção ao banheiro. Ela segura meu braço e diz:
- Fala comigo!
- Não che-ga per-to de mim sua VADIA PSICOPATA!!!
Tiro a mão dela do meu braço com truculência e faço cara de nojo por aquela puta maquiavélica ter me tocado. Um cara se aproxima com olhos arregalados, rosto vermelho, olha pra ela, colocando a mão em seu ombro e me diz:
- Tá louco, cara? Você não vai falar com ela assim na minha frente!
- Ah, não? Você vai fazer o que?
- Olha aqui, cara...
Me aproximo do protótipo de Ken da Barbie, mais um boneco criado pelo sistema, com suas roupas caras de grife, seu cabelinho cheio de gel e sua cara de merda e digo:
- Tô esperando, e aí, que que é mesmo que você vai fazer...Babaca!?
Ela coloca a mão no peito do otário e segura o choro. O cara passa mão na cabeça dela, a abraça, olha pra mim e diz:
- Isso não vai ficar assim!
Ela pede que ele pare, e ambos caminham em direção a uma mesa. Eles saem, com ele dizendo que não deixaria "aquele cara" tratá-la daquele jeito e que por tudo que ele sabia da história, ela não merecia e não merece ser tratada assim por ninguém. Nesse momento pensei: A versão contada por ela, com certeza é digna de melhor roteiro e deveria ganhar o Oscar. Psicopatas tem esse poder de contar histórias fantásticas e viver diversos tipos de personagens. No fundo eu apenas sentia pena daquele babaca, que acha que conhece aquela aranha punheteira, sugadora de alma e sentimentos. Bom, que ele faça bom proveito. Com o tempo, ele vai ver que uma loira de olhos verdes e bonita, pode ser mais horrenda que o pior dos monstros das trevas.
Fui para o banheiro. Entrei. Mijei. Estava lavando as mãos, e o Ken da Barbie entrou. Entrou e fechou a porta do banheiro com a chave. É... Aquilo já avisava que eu a noite não acabaria bem...
- Olha aqui, cara... A gente vai ter uma conversa. Eu sei quem é você e sei tudo que aconteceu entre vocês dois.
Sorri com desprezo e caminhei até o secador de mãos. Sequei as mãos. Peguei uma folha de papel toalha, terminei de secar pois queria sair dali rápido. Meu Demônio já gritava dentro de mim ao ouvir aquelas merdas que estava ouvindo e eu sabia que a porta da cela onde ele se encontra poderia ser aberta a qualquer momento e que meu Dark-Side viria a tona, mas parecia que aquele encontro já estava marcado. Joguei o papel no cesto de lixo e segui em direção a porta. Ele ficou de frente pra mim não me dando passagem. Pedi licença uma vez. Ele não saiu. Pedi licença duas vezes, ele não saiu. Pedi licença pela terceira vez e ele disse:
- Hoje você vai ouvir algumas verdades! E você não vai sair daqui antes de eu te falar tudo que tá entalado aqui! Por bem ou por mal. Mas você não vai sair daqui antes de ouvir tudo que eu tenho pra te dizer!
Por alguns segundos pensei: Quem esse merda, com cara de Engenharia da USP pensa que é pra achar que eu deveria ouvir verdades de alguém que nunca vi na vida? O que que esse merda tem na cabeça? Abaixei a cabeça, levantei, e sorri com escárnio:
- Sai da minha frente, e agora a educação acabou.
- Não vou sair.
- Ah, não?
- Não!
- Pois bem...
Cerca de uns 10 minutos depois, lá fora na rua, sentado na moto, já colocando o capacete, ouvia vozes altas, uma certa correria e pessoas afoitas andando pra lá e pra cá. Sorri de forma maléfica, desci a viseira, girei a chave, acelerei e fui embora. Já chegando na esquina, vejo um carro do Resgate dos Bombeiros, entrando em alta velocidade, indo em direção ao barzinho. Fiquei pensando:
- Será que aconteceu alguma coisa?
É ai que você me quer...
É aí que você me quer, aí deslizando minha mão entre a sua nuca e o seu pescoço, passando o dedão no seu rosto, te puxando com pegada e te roubando um beijo. É aí que você me quer, com a minha língua dentro da sua boca, se envolvendo na sua língua, explorando cada canto da sua boca, e te deixando cada vez mais ligada em mim. É aí que você me quer, deslizando as mãos pelo seu corpo, passando pela sua cintura, quadris, coxas, pernas, bunda... Te fazendo morrer de vontade dos meus toques e carícias ousadas. É aí que você me quer, te agarrando, te beijando, te abraçando, te fechando dentro de uma teia de desejo e vontade onde o único caminho que você tem é se entregar ao momento. É aí que você me quer, com as mãos entre suas pernas, passando a ponta dos meus dedos na sua virilha, te provocando por debaixo do seu vestido colorido e a sua calcinha branca, enquanto a gente finge que assiste um filme no cinema. É aí que você me quer, em cima da sua mesa, de frente, trançada em mim, em cima dos seus papéis, deixando tudo cair no chão, e misturar sexo e tesão, entre seus escritos e afazeres. É aí que você me quer, na sua cama, debaixo do seu edredom colorido, em cima de você, matando sua sede na saliva, abraçado contigo, e indo devagar, sem pressa, indo e vindo, dentro de você, com calma, só sentindo você quente e molhada, gemendo baixinho, enquanto envolvemos nossas línguas uma na outra, e fingimos que ficaremos nesse sexo carinhoso e calmo durante toda noite. É aí que você me quer, no chão da sala. Indo pra cima de você como um Lobo faminto. Arrancando sua roupa, enfiando a mão por dentro do teu vestido, tirando sua calcinha, e te penetrando com rapidez e precisão, enquanto você trança as pernas em mim, e me pede, me pede ali, mais e mais, dentro de você, incansavelmente dentro de você. É aí que você me quer, debaixo do chuveiro, te encostando na parede, ajoelhando aos seus pés, e te fazendo aquele sexo oral, que você morde os lábios toda vez que imagina minha língua te explorando, te provocando, te lambendo, minha boca te sugando, te chupando, e você extasiada enquanto a água quente cai sobre os nossos corpos dentro daquele boxe cheio de fumaça e desejo. É aí que você me quer, no sofá da sala, no meu colo, olhando nos meus olhos, encaixada em mim, subindo e descendo, indo pra frente e pra trás, rebolando, e variando beijos de língua e chupadas no meu pescoço, com sua cavalgada que tem como objetivo me fazer explodir dentro de você. É aí que você me quer, tirando sua blusa, abrindo seu sutiã, tocando seus seios, beijando seus seios, lambendo seus mamilos, e mamando em você, até senti-los cada vez mais e mais durinhos dentro da minha boca. É aí que você me quer, te pegando de quatro na sua cama, te segurando pelos quadris, e te comendo num ritmo frenético. Indo fundo dentro de você. Te segurando pelos cabelos e não parar aquela sequência de estocadas profundas, onde você se sente completamente preenchida por mim. É aí que você me quer, dormindo de conchinha contigo, acordando ao teu lado pela manhã, te dando bom dia e já te roubando um beijo de língua, nem deixando você despertar e já me preparar pra te pegar de ladinho, logo nas primeiras horas da manhã. É aí que você me quer, num quarto de motel... É aí que você me quer, na sua sala... É aí que você me quer, no seu quarto... É aí que você me quer, no seu banheiro... É aí que você me quer, no sofá... É aí que você me quer, na pia da cozinha... É aí que você me quer, na sua cama... É aí que você me quer, em cima da mesa... É aí que você me quer, no chão, na parede, num lugar proibido, em cima da moto, nos fundos da igreja, atrás do estacionamento, dentro de um banheiro de restaurante, no final de um casamento, num ponto distante de um parque, na calada da noite, no iniciar do dia, no meio da tarde, por toda madrugada... Você morde os lábios, leva sua mão entre suas coxas, aperta suas pernas nela, fecha os olhos, e o que vem na sua cabeça, sou eu ali, aqui, lá, onde você estiver, como você estiver, e fazendo tudo que você mais quer. Aí você abre os olhos, sua respiração fica ofegante, você respira fundo, você sente seus mamilos ficarem duros, uma gota de suor escorre pela sua nuca, você morde os lábios novamente, olha atentamente pra cada uma dessas palavras, e a única coisa que você consegue imaginar e querer agora... Sou eu, dentro de você.
Por um momento.
Por um momento, senti uma vontade enorme de sentar no alto de uma montanha e conversar contigo por horas e horas. Chegar cedo, passar a tarde, e ver o por do sol; falar, falar, falar. Te conhecer cada vez mais e melhor. Assim... Aos poucos. Sem pressa. Naturalmente.
Por um momento, senti uma vontade enorme, de sentar na sala contigo, pedir uma pizza, encher a cara de vodka e Coca Cola, e ficar ouvindo e cantando Oasis, enquanto a gente ria das dores, angústias e mazelas da vida. Enquanto a gente dividia um momento simples, mas ao mesmo tempo cheio de significados que nem nós mesmos conseguimos identificar quais são, mas apenas... Deixamos acontecer.
Por um momento, senti uma vontade enorme, de te olhar nos olhos, ficar em silêncio. Acariciar seu rosto, me aproximar e fechar tudo que vivemos nesse dia, com um beijo. Um beijo doce. Lento. Calmo. Mas cheio de intensidade e desejo. E depois, te olhar nos olhos novamente, te abraçar e falar no seu ouvido:
- Você sempre fode forte desse jeito?
- Forte ou com vontade?
- Forte...
- Sempre. Esse lance de amorzinho, Romeu e Julieta e esses lances de cara que ouve Restart não é comigo.
- Enquanto você me pegava de quatro, puxava meu cabelo e me comia, parecia que você queria me matar...
Levantei acendi um cigarro. Caminhei até a janela. Fiquei olhando pro movimento da Augusta e soltava a fumaça do cigarro. Ela vestiu a calcinha e mexeu no bolso da minha calça. Ela encontrou a butterfly e perguntou:
- Você podia ter me matado!
- Não mataria.
- Por que não?
- Por que eu só enfiaria essa faca em uma única mulher...
- Em quem?
- Na buceta da Desgraça.
- Hã?
- Isso aí. Na buceta da Desgraça. Enfiaria. Torceria forçando o corte e puxaria pra cima, rasgando ela inteirinha. Enquanto o sangue caísse e eu percebesse o brilho daqueles olhos verdes se apagando, eu soltaria a fumaça do cigarro, forçaria o último corte e sorriria com escárnio. Nesse momento teria certeza de que fui vingado e que minha alma foi libertada da cela de ódio e mágoa localizada no inferno onde a Desgraça foi carcereira até esse encontro com a lâmina da minha faca... Dentro dela...
Ela também o espantava. O seu fraco sempre foram as mulheres delicadinhas. Mas ela o surpreendia com a sua intensidade e paixão. Como se gritasse as palavras que ele buscava, o sentido que não tinha. Como se iluminasse o valor de todas as coisas, coisas que ele antes nem percebia.”
A mentira.
É o comportamento verbal, habilidade altamente desenvolvida, que nos distingue de outras espécies animais, permite solução mais rápida para problemas comuns à espécie ou ao grupo e possibilita transmissão de práticas culturais. Por comportamento verbal, entendemos todo comportamento (ação) de uma pessoa que produz efeitos noutra pessoa antes de produzir efeitos no meio. Por exemplo, uma pessoa que sinta calor pode pedir a outra que ligue o aparelho de ar-condicionado, no lugar dela mesma ligar. Seu comportamento (verbal), ou seja, sua solicitação agiu sobre outra pessoa e esta pessoa modificou o meio em que ambas se encontravam.
As pessoas tendem a descrever o mundo e construir afirmações sobre o funcionamento das coisas, sobre os seus próprios comportamentos ou comportamentos de outras pessoas, além de acontecimentos de uma forma geral. Essas descrições e afirmações são produtos da interação com o mundo e passam a fazer parte do cotidiano quando aproximam pessoas, geram “assunto” e possibilitam a comunicação. Quando uma descrição ou afirmação é formulada e emitida, o outro pode se utilizar dela para nortear/ balizar seu comportamento. Por exemplo, quando digo a um amigo que o litoral cearense é maravilhoso, pela beleza e imensidão, estou afirmando algo a partir de uma experiência própria, seja ela através da exposição às praias do estado do Ceará ou através de imagens e informações obtidas a partir de uma revista. No primeiro caso, diz-se que a experiência é mais intensa, mais completa e geradora de emoções. O segundo caso, onde estamos expostos à afirmação (informação) formulada por alguém, pode trazer parcialidade, subjetividade e não teria a mesma capacidade de gerar afirmação precisa sobre o litoral cearense. De qualquer forma, as duas situações possibilitam a formulação de descrições ou regras, sejam elas precisas, imprecisas, coerentes ou incoerentes. O amigo pode tomar a decisão para onde ir durante as férias após essa nossa interação. Ao voltar da viagem, ele faz contato e demonstra ter ficado extremamente satisfeito com o litoral cearense. O fato de descrever um lugar e isso ter orientado a escolha de um colega e tê-lo feito feliz se mostra gratificante.
Observa-se, então, que descrições ou regras formuladas por uma pessoa afetam o comportamento do outro. O exemplo citado trata de descrição coerente com fatos. Mas, e se um marido infiel disser algo como: "Eu juro que não te traí. Você é a única mulher da minha vida!" Essa descrição não se mostra coerente com os fatos. Por quê? É quase irresistível dar respostas como “porque ele é um mentiroso” ou “porque ele é um canalha”. Mas dizer que alguém é mentiroso ou canalha não diz muito sobre os motivos da mentira. Não conheço uma só pessoa que tenha nascido mentirosa, então, seria interessante entender porque algumas pessoas mentem em alta freqüência (os mentirosos) e porque outras mentem pouco ou não mentem. O exemplo em questão trata de alguém que teria condições de descrever a traição, ou seja, os fatos tais como ocorreram, pois ele vivenciou a experiência e, muito provavelmente, recorda-se dela. Mas, por que o relato “verdadeiro” não ocorreu?
Por que as pessoas mentem?
Há uma área de pesquisa em psicologia que se chama “correspondência entre o fazer e o dizer”, que investiga as variáveis relacionadas ao que se pode chamar de “dizer a verdade” ou “contar mentira”. Estudos (Paniagua, 1989; Lima, 2004) têm investigado situações geradoras da apresentação de relato coerente (verdade) ou relato incoerente (mentira). Os parágrafos a seguir estão baseados numa interpretação dos achados desses autores.
Pode-se dizer que há uma dicotomia, que seria falar a verdade, ou seja, descrever de forma coerente fatos acontecimentos comportamentos ou contar mentira, que seria apresentar uma afirmação pouco adequada ou incompatível com o que, de fato, ocorreu. Tanto falar a verdade quanto contar uma mentira, são comportamentos verbais aprendidos e mantidos pelas conseqüências que produzem, em primeiro lugar, para aquele que fala. Assim, se alguém é beneficiado por contar uma mentira, tal comportamento pode ser aprendido. Se mentir mais vezes trouxer “vantagens”, ele será mantido em alta freqüência. É importante, ainda, considerar que o comportamento de mentir pode afastar ou adiar conseqüências desagradáveis, como no exemplo do marido infiel que insiste em dizer à sua mulher que não cometeu traição. Assim sendo, mentir também seria aprendido e mantido.
As crianças mentem com freqüência para seus pais quando estes costumam repreendê-las pelo que fazem, quando punem deliberadamente seus relatos sobre o que consideram ser errado ou quando limitam muito as possibilidades sobre o que as crianças podem fazer. Então, elas mentiriam para ter a oportunidade de brincar com um coleguinha que não é benquisto pela sua família, mentiriam sobre ter realizado a tarefa de casa para assistir ao seu desenho favorito.
É necessário diferenciar o comportamento de mentir enquanto relato em desacordo com acontecimentos/ fatos do relato impreciso sobre algo pela falta de habilidade em descrever. Na mentira, uma pessoa tem consciência de que (sabe que) sua descrição não é coerente com o que fez. Por outro lado, uma secretária pode relatar (incoerentemente) ao chefe que entrou na primeira sala à direita do corredor da empresa e não atendeu à solicitação dele porque a sala estava fechada. Ela apresenta este relato (que não é verdadeiro) por não ter aprendido a diferença entre esquerda e direita.
Você quer que as pessoas digam a verdade?
Os psicoterapeutas procuram ter, na relação com seus clientes, uma audiência não-punitiva. Isso significa ouvir e não julgar, ouvir e não criticar, ouvir e não punir. Tal contexto é que torna possível o relato do cliente sobre coisas que não seriam ditas nem para os bons amigos.
Como foi afirmado anteriormente, pode-se mentir para ter acesso a alguma vantagem ou evitar “mal maior”. Assim sendo, as pessoas têm maior probabilidade de dizer a verdade diante de contextos em que o que elas dizem não é julgado, não é criticado, nem punido. Se um pai pune o filho quando ele relata que assistiu TV quando deveria estudar, é importante observar que ele puniu o comportamento do filho ter feito o que não devia, mas, puniu principalmente o comportamento de dizer a verdade. Pense, após ter sido punido por dizer a verdade, você a diria novamente?
É claro que nem sempre se pode aceitar a verdade sem que algum tipo de sanção seja administrada. Mas, se todo relato de alguém sobre o que fez ou como agiu diante de uma situação passa a ser criticado, julgado ou o relato passa a ser motivo para uma discussão, é provável que esse relato não ocorra mais ou que passe a ser um relato que apresente algo diferente do que ocorreu. Isso vale para qualquer relação interpessoal. Um amigo continuará dizendo a verdade sobre o que pensa sobre você se ele sentir-se ouvido. Por isso, dar espaço para as pessoas dizerem o que pensam, relatarem o que fizeram é um bom caminho seja para um pai ou uma esposa continuar ouvindo a verdade.
Outra forma de aumentar a probabilidade do dizer a verdade em crianças ou adultos é valorizar, enaltecer e gratificar os momentos em que a verdade é dita. No caso das crianças, pode-se ensiná-las a dizer a verdade, expondo-as a algumas situações em que sejam acompanhadas e solicitando que elas relatem o que experienciaram. Elogiar, enaltecer e gratificar relatos mais próximos da experiência estabelece condição para a aprendizagem do “dizer a verdade”.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Você só esvazia o drama falando sobre ele.
Dor de "amor".
Mesmo que não o diga, você sempre sabe do que estou falando. Porque a gente sempre sabe.
"... Vamos ser outra vez nóis dois. Vai chover pingos de amor..." [Kid Abelha]
Mas você não veio.
A dor do silêncio.
Lembranças em baixo do tapete.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Autenticidade.
Ironias do Amor
O que Deus quer de nós é...
(Miquéias 6:8)
Você é quem me passa energia positiva, quem me dá gosto de estar sempre perto.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
n.o.v.i.d.a.d.e.
Não quero amor de fim de noite. Não quero amor de uma noite só. Não tenho mais idade - nem saco - pra micareta. Não sei mais paquerar ou fazer joguinho de “não te quero só pra você me querer”. Não preciso que me queiram pra massagear meu ego.
Tenho foco. Sou mulher de um homem só.
Não preciso de conversinha com ex-rolos no Messenger porque sei bem o que eu quero. Não preciso de homem pra massagear meu ego. Não preciso testar meu poder de sedução mantendo possíveis casos amorosos na internet. Não preciso de ninguém pra me dizer o quanto sou linda, gostosa e inteligente. Pra isso, tenho espelho, academia, papel e caneta. Não preciso usar meu corpo ou muito menos minhas palavras pra conquistar alguém. Pra isso, tenho sentimentos que falam por mim.
Das duas, uma.
Ou você leu meu manual de instruções ou você tem uma bola de cristal em perfeita sintonia comigo. Só pode ser. Porque não é possível alguém ser assim. Alguém que me trata como uma princesa. Que faz todas as minhas vontades. Que despenca de tão longe pra me ver por tão pouco. Não é possível alguém ser tão tudo de bom e fazer tão do jeito que eu gosto. Não é possível uma sintonia tão fina. Uma perna tão grossa. Uma cabeça tão macia. Eu sabia que esse dia ia chegar. E chegou como um samba de carnaval. Me arrancou do chão. Aumentou minha pulsação. Me levou junto.
Eu sabia que um dia eu ia fazer tudo certo. E agora eu entendo porque. Porque agora todas as peças se encaixam e não falta mais nada.
Você fez a aposta. Eu perdi.
Perdi noites de sono em baladas freqüentadas por garotas de saias e cabeças pequenas. Por playboys deslumbrados, com algum dinheiro e nenhum pedigree. Por corpos sarados e mentes doentes. Festas com muita pose e pouca atitude. Com convites que custam caro e pessoas que se vendem por tão pouco. Me perdi e não encontrei ninguém. Torrei meu dinheiro e minha paciência. Estourei meu cartão de crédito e, por pouco, não estouro meus tímpanos. Mas, quer saber? Cansei de música alta.
Prefiro quando você fala baixo no meu ouvido. Prefiro ficar vendo os aviões brancos dando rasantes sobre nossos corpos tintos. Prefiro você suave. Prefiro o silencio dos seus olhos me dizendo que me ama. Prefiro sua voz de madrugada. Prefiro quando você se perde nas notas. Prefiro sua música, seu tom. Por você, eu dei uma nova chance a mim mesma. Eu dei minha cara a tapa. Por você, eu voltei a acreditar no amor adolescente e a ter calafrios na espinha. Por você, comecei a ter ciúme. Por você, posso largar música agitada e aprender a gostar de jazz. Por você, eu largo os vinhos baratos, os xampus caros e as roupas curtas. Porque quando você está dentro, não existe mais nada lá fora. O mundo acaba aqui, na gente. Porque você me faz tão sua. Porque você me faz tão eu.
Você precisa dar uma chance para você!
Não, não é que você já não tenha dado, mas sabe você precisa, olhar para você e sentir a pessoa mais bonita, a pessoa mais feliz, aquela que ao passar pela rua, não será notada pela aparência mas sim, pelo seu sorriso, pelo seu jeito, sim por ser diferente. Se dê uma chance, corra para fora em um dia de chuva e sinta cada gota bater em seu rosto, sim isso faz bem, ou até mesmo sentar em uma grama olhar o sol nascer e agradecer a Deus por cada minuto, cada segundo, tudo o que Ele tem feito por você. O fato de você estar aqui agora lendo este texto, foi porque Deus te ama, e ele ainda quer ver muitos sorrisos neste rostinho ai!
Sim, agradeça a Deus por Ele te amar tanto!
Jesus te ama ! Deus abençoe, que vários sorrisos resplandessam em seu rosto.
Você é especial para Deus!
Fica contente :]
Lindos detalhes.
Uma conversa franca.
Também não sou fã desses monólogos, me cansam. Mas se você não disser uma palavra apenas, é nisso que minha oratória se transforma. Um monólogo por opção. Tudo bem, eu entendo que você esteja se sentindo rejeitado, mas não é isso. O problema não é com você, é comigo. Não vejo como um problema, na verdade. Questão mesmo, fica mais bonito e expressa melhor como lido com tudo isso. Sim, você não deve estar entendendo nada, mas é isso. Não se assuste, nem se espante. É tudo verdade. A questão é totalmente minha, e foi pura escolha até agora. Tá captando a charada? Mais ou menos, ok. É que dizer assim reto, e sem subterfúgios, fica tão feio, tão sem graça...Mas tá quase. Liga a luz. É melhor, eu prefiro.
Ah, acha que sabe o que é? Sim, é isso. Fiquei vermelha? Ação e reação, né. Compreensível. Ou melhor, você me compreende? Que ótimo. Que lindo. Não fala muito mais, se não me emociono. Esperava outra reação, da tua parte. É que, escuta, eu preciso de segurança. Foi por isso que me mantive intacta. Eu simplesmente não quis seguir o rumo das circunstâncias, e ninguém que valesse à pena atravessou o meu caminho. Até agora. E na verdade, talvez eu tenha me fechado um pouco, sim. As pessoas me acostumaram tanto a ser só o meu corpo, a olhar apenas pra ele e nem pensar em alma, essência, que fui perdendo a esperança em ser creditada, realmente amada. Me querem apenas a carne. Enxergam nada além do que existe por fora, e eu acabo sentindo isso. Nas ações, nas palavras, no feeling. E daí, é a parte em que eu pulo fora. Tenho esse amontoado de relacionamentos desconstruídos, pela metade. Como quem sente o perigo, e corre pra longe. Uma chapéuzinho assustada, que sempre escapa do lobo. Por tanto fugir, se encontra cansada. Bem isso. Não sou produto, sabe? Nem quero me sentir assim. Prazo de validade, pra quê? Com você, como é? Não sei. Ainda é cedo, né. Tudo tem ido tão bem até agora, vamos indo no curso do rio, dos caminhos da vida. Bom é ouvir que pelo menos, você me respeita, e admira a minha condição. Fiquei feliz! E se não te falasse isso hoje, que pra mim é importante, além de te enganar quanto à tudo isso, por tempo e possibilidades, estaria enganando a mim mesma também, acredito. Foi na hora certa, essa nossa conversa. E os caras que eu ia, e voltava? Ah. Eles foram os que menos me levaram à sério, talvez. Faltava o que te falei, a segurança das atitudes, da presença ali, no dia seguinte. Ou depois, e sempre. Vi tantas amigas se despedaçarem, absortas em remorso e arrependimento. Prometi que, comigo não seria assim. Diferente, sim. Como tudo que eu gosto, em que coloco à mão. Ou vejo tudo isso como um jogo de baralho: quando não me sentia pronta, tinha pessoas que poderiamos chamar aqui de "certas". Entretanto, quando senti que era a hora, o momento tinha chegado, só me apareciam pessoas mais despreparadas que eu, em todos os quesitos. Não me vinham as cartas necessárias, sabe. E pode ser você. Como, pode não ser. Falei, e que alívio. Ah, você vai me respeitar? Esperar a minha hora? Tudo o que eu queria ouvir. Não dá pra ver o meu sorriso? Então, sinta ele. De perto..E aumenta o volume, que a cena de agora é forte!