sábado, 5 de fevereiro de 2011

auto retrato.

Discute, bate-boca, expõe seu lado da moeda com precisão e garra, força e convicção. Sobe as escadas pisando forte como quem quer estatelar a madeira, esvair a força, contando até o final, treze, quatorze, quinze. Rosto fechado, carrancudo e resmungos monossilábicos. Televisão desligada, mãeto, viável e plausível. Ataques de ciúme à meia-noite, não importa horário nem dia, mas sim moo fechada num soco pronto para revidar, ou dar, ou apenas mais uma vez a força querendo deixar o corpo. Opiniões opostas, e uma guerra. Parecidas, e convencer o outro de como seu modo de pensar é corrstrar que você sabe da existência de qualquer vagabunda menor de idade que continue se insinuando, e ele, dando corda. Impulsos incontroláveis que deixam no rastro apenas remorso, culpa e constrangimento. Atitudes travadas, e logo soltas, pulsantes e imediatas. Hoje achava que o mundo ia acabar, e amanhã sei que ele se refazerá algum dia. Ontem quis pintar as unhas de amarelo, e pela manhã decidi o rosa bebê, sem algum motivo forte e aparente. Certezas que acabam num segundo, num rompante que se desfaz apenas por sensibilidade ou intuição, mutação. Porta trancada, vontade de permanecer sozinha até a próxima eternidade, ou o passeio pelo calçadão, onde os fones desconectam de qualquer realidade suja e incompreendida. Raciocínio rápido, e incompreendido, tudo numa velocidade dilacerante e de um trem, o turbilhão existencial que algumas vezes se torna drama, noutras razão e em algumas, texto. Personalidade que marca com força e contorna relacionamentos conturbados e flutuantes. Afasta os superficiais, e aproxima os íntegros; capazes de entender, compreender e se encaixar, nas mais devidas circunstâncias. Inquieta, mas reconforta. Futuramente, sem pressa nenhuma ou alguma recompensa, apenas a certeza de que com alma intensa, e comportamento impensando, compreende qum pode - de melhor recebe, nos momentos de alegria; tão plena e reluzente que chega a cegar os mais apagados.a